TRANSPORTADORAS PARTICIPAM DE PROJETO PILOTO CONTRA ACIDENTES NAS ESTRADAS

A Comjovem Campinas, uma
comissão de jovens empresários dentro do SindiCamp (Sindicato das Empresas de
Transportes de Cargas de Campinas e Região) está lançando o programa “Trânsito
Consciente – Zero Acidente”. A ação foi motivada pelo número elevado de
acidentes de trânsito registrado no Brasil. Anualmente, 1 milhão de acidentes
de trânsito são registrados no Brasil, com saldo de 500 mil feridos e 40.610
mortos, além de um custo de R$ 30 bilhões com despesas médicas, seguros, dentre
outras. Do total de acidentes, cerca de 4% deles envolvem veículos pesados como
caminhões, o que gera grandes impactos nas ruas e estradas do País por seu
tamanho.

Com o apoio do Serviço
Social do Transporte (SEST) e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte
(SENAT), o programa piloto conta inicialmente com 20 empresas de transportes da
região de Campinas (SP). Elas passarão a informar mensalmente ao programa os números
de acidentes envolvendo suas frotas, com o objetivo de se criar um índice
estatístico para mensurar os acidentes, vítimas e prejuízos. Em cima desses
dados, serão criadas políticas e programas junto aos empresários e motoristas
para redução dos índices, melhorar a imagem dos transportadores em relação à
segurança e aumentar a cultura de segurança nas ruas e estradas.
Além da criação de dados
estatísticos e monitoramento dos acidentes, o programa também contará com ações
de conscientização nas estradas da região de Campinas, através do envolvimento
da Polícia Rodoviária, Concessionárias de estradas e palestras em escolas da
região, com representantes da Emdec (Empresa Municipal de Desenvolvimento de
Campinas), além de parcerias a serem fechadas nos próximos meses com
universidades e instituições de ensino.
O presidente do SindiCamp,
Carlos Panzan reconhece que se trata de um trabalho intenso e ambicioso, mas
importante para baixar os dados estatísticos atuais. “Nosso objetivo com este
programa é zerar os acidentes e as fatalidades, incentivar o acompanhamento
estatístico dos acidentes, implantar medidas preventivas e premiar o desempenho
dos motoristas nos quesitos saúde e meio ambiente”, diz.
O coordenador da Comjovem
Campinas, Walter Darri, disse que existem inúmeras campanhas em todo o Brasil,
cerca de 10 mil, mas nenhuma campanha saindo do setor. Walter afirma que os
objetivos da campanha seriam melhorar a imagem do transportador, pois qualquer
acidente que ocorra, mesmo não sendo de responsabilidade da transportadora,
esta acaba sendo a vilã da história devido ao estrago muitas vezes registrado
em um acidente envolvendo caminhão, melhorar a cultura de segurança na
transportadora em si não só com o motorista e desenvolver e mostrar isso para a
sociedade. “O projeto piloto começa com 20 transportadoras onde a gente já
realizou os dados estatísticos, as principais causas de acidentes, o que pode
ser melhorado, as investigações que foram feitas e em cima dessas 20
transportadoras a gente vai desenvolver o manual de segurança e vamos convidar
as outras empresas. Campinas são mais de 2 mil transportadoras na região, então
desenvolvendo essa cultura de segurança na região a gente acredita que vai
conseguir reduzir fatalidades e acidentes”, diz.
Segundo Walter Darri, esta
iniciativa inédita é um piloto que está começando pela região de Campinas, mas
com o objetivo de ser estendido para todo o Brasil nos próximos anos.
A vice coordenadora da Comjovem,
Daniella Mori Kujiraoka, aponta que outro ponto importante do Programa
“Trânsito Consciente – Zero Acidente”, é a relação conflituosa que hoje existe
entre motoristas de veículos pesados (caminhões e ônibus) com motoristas de
carros leves, principalmente quando há registros de acidentes. “A grande
maioria das pessoas desconhece a visão de um motorista ao volante de um veículo
pesado, que possui vários pontos cegos, o que provoca muitos acidentes”,
explica. “Queremos mudar este cenário através de palestras, ensinando as
pessoas como elas devem se comportar nas ruas e estradas quando circularem
próximo aos ônibus e caminhões, buscando a redução dos acidentes e dos conflitos”,
completa.
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