USO DA VACINA CONTRA BRUCELOSE, RB51, PASSA A SER OBRIGATÓRIA NO TOCANTINS

No estado
de Tocantins, a Agência de Defesa Agropecuária (Adapec), assinou este mês, a
portaria de número 162, que torna obrigatório o uso da vacina RB-51, uma nova
ferramenta de combate à brucelose. Hoje a vacinação é feita por meio da vacina
cepa B19, sendo obrigatória para animais fêmeas de 3 a 8 meses de idade. Já a
RB51 permite a vacinação das fêmeas em idade acima de 8 meses, que não foram
vacinadas com a cepa B19.

A RB51 é
uma vacina que pode ser utilizada tanto em animais jovens como animais adultos.
A proteção conferida por essa vacina é semelhante à conferida pela vacina com a
amostra B19, com a vantagem de não interferir no diagnóstico sorológico da
brucelose, pois os animais vacinados com a amostra RB51 são negativos nos
testes diagnósticos de rotina. O Ministério da Agricultura já publicou um
memorando em março de 2012, onde destaca que a RB51 é uma ferramenta importante
no Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose –
PNCEBT, e afirma que ela reforça a imunização do rebanho sem interferir nos
resultados dos testes realizados para diagnósticos da doença.

Segundo o
Médico Veterinário e Gerente da Linha Reprodutiva da MSD Saúde Animal, Denis
Alves Antonio, a assinatura desse documento faz parte de um cronograma para o
retorno efetivo da vacina RB®-51 como ferramenta do Programa Nacional de
Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose (PNCEBT). “Precisamos mostrar
aos produtores rurais que a RB®-51 veio para somar no combate a brucelose”,
afirma Denis.
 

Ele
complementa que a pecuária brasileira acelera a modernização tecnológica para
aperfeiçoar o controle sanitário e ampliar seu acesso aos mercados. Sendo
assim, o uso obrigatório da amostra RB51 em bezerras acima de 8 meses, não
vacinadas entre 3 e 8 meses de idade, com a amostra B-19, é um passo importante
para o controle da brucelose no estado do Tocantins. A vacina RB51 também pode
ser usada para novilhas e vacas adultas, como revacinação, aumentando a
proteção do rebanho e garantindo eficiência reprodutiva e maior lucro ao
produtor.

Para o
presidente da Adapec, Marcelo Aguiar Inocente, a obrigatoriedade da RB-51
reforça o compromisso do Estado no controle e erradicação da brucelose no
Tocantins. “Este é um passo importante para erradicar a brucelose. Esta nova
ferramenta proporcionará um aumento significativo da produtividade do nosso
rebanho, e, sobretudo a proteção à saúde humana, por ser a brucelose uma
zoonose.”

Segundo a
responsável técnica pelo Programa Estadual de Controle e Erradicação da
Brucelose e Tuberculose – PECEBT, Regina Barbosa, a utilização desta vacina já
era regulamentada no Tocantins, por meio de portaria, desde 2007, porém, o que
muda agora, é que ela passa para uma condição de obrigatoriedade.

A emissão
de Guia de Trânsito Animal (GTA) para bezerras que não tomaram esta vacina foi condicionada,
pela Agência de Defesa Agropecuária (ADAPEC), à assinatura de um termo de
compromisso, no qual o pecuarista se compromete a vacinar essas fêmeas com a
RB51 ou com a cepa B-19, caso ainda estejam dentro da idade limite. 
“Precisamos promover o aumento da cobertura vacinal do rebanho, protegendo o
rebanho e aumentando a lucratividade do produtor rural”, afirma Antonio.

Desde
2001, o Brasil conta com o Programa Nacional de Controle e Erradicação da
Brucelose e Tuberculose Animal – PNCEBT, nascido de uma exemplar ação
coordenada entre a classe veterinária e o setor público para o combate a estas
zoonoses. No caso da brucelose, o Programa trabalha nesta fase para reduzir
significativamente a prevalência da doença, apoiado nas ferramentas de
diagnóstico e eliminação dos animais soropositivos e de vacinação das bezerras
com a cepa B-19.

Causadora
de abortamentos, nascimento de bezerros fracos, retenção de placenta e
infertilidade, a brucelose produz grandes perdas econômicas devidas à redução
da eficiência reprodutiva. Em saúde pública, destaca-se como uma zoonose –
doença transmitida de animais para seres humanos – que acomete principalmente
pessoas que trabalham com bovinos, como vaqueiros e veterinários.

Todavia,
por induzir a formação de anticorpos aglutinantes que interferem nas provas
diagnósticas, a cepa B-19 não pode ser aplicada em animais acima dos oito meses
de idade. Esta restrição impede a revacinação  com a cepa B19. Para
aumento da imunidade de rebanho, essencial à segurança na saúde reprodutiva, ao
controle em áreas próximas de focos da doença e à erradicação nas propriedades
que atingiram baixos índices de prevalência é indicada a amostra RB-51.

Antonio
lembra que um programa sanitário completo não se resume à vacinação. “É preciso
manter todas as medidas sanitárias, como sorologia e descarte dos animais
soropositivos”.  O que muda, segundo o Gerente, é que o combate à
brucelose ganha uma nova ferramenta: “Agora, com a RB®-51, o pecuarista tem a
oportunidade de revacinar as fêmeas e aumentar sua segurança”.

Sobre a
MSD Saúde Animal

Hoje a
Merck (conhecida como MSD fora dos Estados Unidos e do Canadá) é a líder
mundial em assistência à saúde, trabalhando para ajudar o mundo a viver
bem.  A MSD Animal Health, conhecida no Brasil como MSD Saúde Animal e nos Estados
Unidos e Canadá como Merck Animal Health, é a unidade de negócios global
de saúde animal da Merck.  A MSD
Saúde Animal oferece a veterinários, fazendeiros, proprietários de
animais de estimação e governos a mais ampla variedade de produtos
farmacêuticos veterinários, vacinas e soluções e serviços de gerenciamento de
saúde.  A MSD Saúde Animal se
dedica a preservar e melhorar a saúde, o bem estar e o desempenho dos animais,
investindo extensivamente em recursos de pesquisa e desenvolvimento amplos e
dinâmicos e em uma rede de suprimentos global e moderna.  A MSD Saúde Animal está presente em mais
de 50 países, enquanto seus produtos estão disponíveis em 150 mercados. 
Fotos 1 e 2 – Vacinação contra brucelose.
Crédito Divulgação

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