VOLTA À FASE AMARELA NO PLANO SÃO PAULO DEVE ACENTUAR AINDA MAIS OS PROBLEMAS FINANCEIROS DE BARES E RESTAURANTES

A volta de todo o Estado de São Paulo para a fase amarela no Plano São Paulo, com redução de atendimento de 60% para 40% e horário de funcionamento até às 22h, deverá aumentar ainda mais os problemas financeiros dos bares e restaurantes. A medida anunciada hoje pelo Governo do Estado também vai impactar nos empregos de final de ano e inicio de 2021, quando termina o apoio do Governo Federal. A avaliação é da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes da Região Metropolitana de Campinas (Abrasel RMC). A entidade acredita que ao contrário do Governo Estadual, o governo municipal foi sensível com o setor, mantendo duas horas extras para quem já se encontra dentro do estabelecimento.

Para a Abrasel RMC, a decisão do governador João Dória lembra decisões tomadas no Governo Fernando Henrique Cardoso, quando a inflação começava a crescer, o aumento da Taxa Selic foi segurada às vésperas das eleições. “Doria fez a mesma coisa agora. Se, eventualmente, as taxas de internações estavam subindo, subiram por conta da campanha política que levou de 5 a 10 milhões de pessoas trabalhando nas ruas por mais de 30 dias e não por causa dos comércios”, lembra Matheus Mason, presidente da Abrasel RMC.

Para a Abrasel, não se trata de uma segunda onda da pandemia, mas “um repique transitório provocado por uma campanha política e feriados”. “Se, eventualmente, tinha que tomar esta medida, deveria ter tomado no primeiro turno e não esperado até hoje. Ele optou por favorecer a campanha ao invés de favorecer a vida ou a técnica.”

Segundo Matheus Mason, a Abrasel quer transparência e respeito por parte das autoridades. “Queremos transparência, observância com os protocolos, decisões baseadas em fatos, ocupação de leitos. Se tinha de fazer alguma coisa, deveria ter feito na hora certa, e não de domingo para segunda, depois da eleição”, diz.

Desde março, quando o Estado entrou em Quarentena e os bares ficaram fechados por 141 dias, o setor contabilizou 4,2 mil estabelecimentos fechados e cerca de 15 mil vagas eliminadas somente da RMC. Parte dos bares e restaurantes que voltaram a operar foi obrigada a recorrer aos planos de apoio do governo federal para pagamento de salários e sobrevivência, que estão começando a ser pagos neste final de ano.

Na área de atuação da Abrasel RMC, desde o avanço à fase verde, em outubro, o setor vem operando com 50% a 60% do faturamento na comparação com o período pré-pandemia, em processo de retomada. Uma pesquisa realizada pela Abrasel nacional junto aos seus associados apontou que 53% das empresas que abriram suas portas ainda estão fazendo prejuízo. No Estado de São Paulo este número é pior ainda, com 65% das empresas funcionando com prejuízo.

O presidente da Abrasel RMC acredita que este retrocesso trará novos impactos para os estabelecimentos. Mas prefere esperar alguns dias para saber a reação e ter mais informações do setor para falar sobre quebras e demissões.

Matheus Mason finaliza que ao contrário do Governo Estadual, o governo municipal foi sensível com o setor, mantendo duas horas extras para quem já se encontra dentro do estabelecimento.

 

Foto: Matheus Mason, presidente da Abrasel RMC.

Crédito: Divulgação.

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