YELLOW É DESTAQUE NA IMPLANTAÇÃO DE MICROGERADORES FOTOVOLTAICOS

A crise hídrica, o tarifaço de energia e a possibilidade de uma crise energética com risco de um blecaute nos anos de 2014 e 2015 gerou um incentivo por parte do governo brasileiro de imArão Bibe paineisplantação de energias alternativas, como a fotovoltaica. Cada vez mais o Brasil utiliza os microgeradores fotovoltaicos, sistemas de geração elétrica de pequena e média potência, conectados à rede elétrica, através da instalação de placas fotovoltaicas captando energia solar como alternativa para economia de energia. De acordo com dados da Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen), só em junho de 2016, o País ultrapassou 3.800 microgeradores individuais, um aumento de quase 400% na comparação com dezembro de 2015, quando o número de microgeradores individuais era de 1.025. Segundo a CPFL Paulista, só na cidade de Campinas, são 52 microgeradores fotovoltaicos. “Antes de 2012 o Brasil tinha uma capacidade instalada de 3 microgeradores individuais, praticamente de pesquisa. No final de 2015, o Brasil tinha 1.025 microgeradores fotovoltaicos conectados à rede. De janeiro a junho chegamos a 3.800 unidades conectadas à rede. A perspectiva é de chegar a 6 mil microgeradores instalados ao final de 2016”, afirma o presidente da Yellow Solar Energy, com sede em Campinas (SP), Arão Bibe.

Desses 3.800 microgeradores fotovoltaicos, 14% estão instalados no Estado de São Paulo, desse montante 23% na Região metropolitana de Campinas. A Yellow tem 1,5% de tudo que já foi instalado, ou seja, 68 sistemas em todo o Brasil. A perspectiva é de que até 2024 o Brasil chegue a 1.2 milhão de pontos conectados à rede. A Yellow completa um ano de existência em novembro desse ano e a perspectiva é de que chegue ao final e 2016 ao montante de R$ 90 milhões de negócios gerados.

Arão Bibe, afirma que tal crescimento se dá devido às vantagens proporcionadas por esse sistema. Primeiramente, porque é de fácil instalação, podendo ser integrado à arquitetura do prédio em fachadas, telhados e janelas. Segundo, porque podem ser instalados direto no solo e é totalmente modular, facilidade que permite o acréscimo de mais painéis quando as necessidades de sua família ou empresa crescerem. “A instalação do sistema é feita em pouco tempo e sem grandes alterações no esquema elétrico atual. Os microgeradores também são mais econômicos, pois são projetados para atender à demanda energética de sua edificação, gerando no máximo a energia consumida em um ano. É possível ainda considerar o uso de créditos para compensação em outros pontos de consumo no nome do usuário”, explica Bibe.

Para se ter uma ideia do investimento e da economia proporcionada pela energia fotovoltaica, para uma família que gasta R$ 250,00 por mês o investimento na instalação de um sistema fotovoltaico varia de R$ 12 mil a R$ 15 mil com retorno desse investimento em 6 anos gerando energia para os próximos 25 anos o que vai gerar uma economia no custo de energia elétrica da ordem de R$ 200 mil. Com a instalação do sistema, o custo da energia cai de R$ 250,00 por mês para R$ 50,00 por mês. As placas fotovoltaicas tem garantia de 10 anos.

O nível de irradiação solar do Brasil é um dos maiores do mundo e, por isso, o sistema fotovoltaico é tão eficiente. Também é considerada energia de baixíssimo impacto, limpa e não contaminante, contribuindo diretamente para o futuro sustentável das próximas gerações. Os sistemas fotovoltaicos beneficiam o setor elétrico, pois ajudam a estabilizar a rede elétrica, evitando perdas de energia durante a transmissão de grandes centrais, gerando energia no local onde ela é consumida.

Em novembro do ano passado uma nova resolução da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), determinou novas regras que, segundo o governo federal, deverão incentivar e facilitar a instalação de microgeradores de energia em casa, comércios e fábricas do Brasil.

Acredita-se que com as novas medidas a geração de energia solar ganhe ascensão no Brasil. Segundo a (Aneel, até 2024, cerca de 1,2 milhão de unidades consumidoras devem produzir sua própria energia elétrica passando de simples consumidores a também geradores.

Dentre as regras, destaca-se uma redução na burocracia. Com menos exigências, a redução nos prazos pode ser considerada como a principal mudança da nova resolução normativa n.687. Antes, o processo de registro do sistema solar pelas companhias de energia demoravam cerca de 90 dias ou mais. Com a simplificação do processo, esse número caiu para 34 dias.

O período para utilização dos créditos de energia para compensação também aumentou, passando de 36 para 60 meses. Essas alterações darão mais agilidade ao processo e garantia do uso dos créditos num prazo maior.

Por fim, com a modernização da resolução, os donos dos sistemas fotovoltaicos, que antes só podiam compensar os créditos de energia excedente em locais com o mesmo CPF ou CNPJ, agora poderão transferir percentuais de créditos de energia para compensar em outras unidades consumidoras com CPF ou CNPJ diferentes, bastando comprovar o vínculo entre os integrantes.

 

Foto: presidente da Yellow Solar Energy, Arão Bibe.

Crédito: Divulgação.

 

 

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