MUITO ALÉM DO ENSINO, PREPARANDO PARA A VIDA

MUITO ALÉM DO ENSINO, PREPARANDO PARA A VIDA

ARTIGO DA PROFESSORA ROBERTA GUIMARÃES

Estudos na área pedagógica indicam que primeiro o aprendizado é corporal, por isso é fundamental uma educação infantil voltada à prática, trazendo vivências para as crianças em diversas situações, inclusive na parte cognitiva e neuronal. Isso proporciona um amadurecimento ao aluno, até que conclua o ensino fundamental, com uma base sólida de aprendizado. Esse período vai desde o materno até o nono ano, abrangendo crianças e adolescentes, na faixa de 3 a 14 anos.

Nesse sentido, é importante alinhar a filosofia da formação integral do ser humano com a pedagogia educacional, onde o aluno aprende situações vivenciadas. A Educação Adventista busca ir muito além do ensino, através da ‘cultura do fazer’, desenvolvendo seu projeto educacional, voltado para formação integral do ser humano e ao desenvolvimento de habilidades para o século 21.

Um dos benefícios dessa filosofia educacional é desenvolver habilidades socioemocionais, onde a colaboração, a perseverança, a autonomia e a resiliência, características intrínsecas desse método de ensino, são essenciais para a formação do caráter.

Nessa educação multidisciplinar, prática e integrada, disciplinas como Língua Portuguesa, Geografia, História e Matemática, entre outras, têm o objetivo de despertar no aluno uma maior percepção do mundo que o cerca.

Nesse método pedagógico, os alunos participam de vivências onde constroem objetos, como uma maquete de uma cidade planejada, dentro de conceitos de um plano diretor real, com áreas comerciais e de serviços e espaços urbanísticos de vivência e lazer para os moradores, entre outros. Nessa atividade, diversas habilidades são estimuladas e desenvolvidas pelos alunos. Para os menores – maternos e infantis, essa pedagogia recomenda atividades, como incluídas da terra, aprendendo a plantar e acompanhar o crescimento de hortaliças e leguminosas.

Por outro lado, vivências na escola, como o recente “não uso” de aparelhos celulares pelos alunos, nos horários das aulas, nos mostram que essas novas experiências de relacionamento podem e devem evoluir de forma harmônica e positiva.

O que antes era a tecnologia, a modernidade nas mãos, hoje nos traz uma falta de foco e de comunicação. O vício pelas redes sociais e pelo acesso instantâneo a informações, na maior parte das vezes, pode ser extremamente superficial e rasas, falando sobre pessoas e relacionamentos. Informações de fontes duvidosas sendo recebidas como verdades incontestáveis, salvo, claro os grandes comunicadores e jornalistas sérios, bem como pensadores da atualidade.

A nossa reflexão baseia-se em como os jovens estão encarando esse momento. Surpreendentemente na escola vimos jovens que, aparentemente, lidaram de uma maneira “obediente” ou mesmo “interessante” com a exclusão.

Outro tema relevante na Educação é o ‘letramento científico’ para alunos do primeiro ao quinto ano, que pressupõe o desenvolvimento de pesquisas de campo, com noções, desde ecologia e sustentabilidade, passando pela destinação correta de resíduos, até aplicações tecnológicas. O conhecimento e o estímulo para a prática da Iniciação Científica são fundamentais para a geração de jovens cientistas.

A atuação na escola é fundamental para despertar e formar profissionais humanizados, éticos, dedicados e conscientes de seus desafios futuros.

A professora Roberta Guimarães é pedagoga, mestre em Educação com MBA em Tecnologias Educacionais e diretora do Colégio Adventista Taquaral-Campinas.

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