
O Banco Central (BC) se prepara para lançar oficialmente o Pix Parcelado, uma nova modalidade de pagamento que permitirá aos consumidores dividir suas compras em parcelas, sem a necessidade de cartão de crédito. A regulamentação, inicialmente prevista para setembro de 2025, foi adiada, e a expectativa agora é que o anúncio oficial ocorra até o fim de outubro.
A proposta surge como uma alternativa mais acessível e eficiente aos cartões tradicionais, ampliando o acesso ao crédito — especialmente para os cerca de 60 milhões de brasileiros que não possuem cartão de crédito, segundo dados da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (ABECS) e do próprio Banco Central.
Mais crédito, menos burocracia
O Pix Parcelado funcionará de forma semelhante ao Pix tradicional, mas com a possibilidade de o consumidor escolher o número de parcelas no momento da compra. As condições e taxas serão definidas pelas instituições financeiras responsáveis pela operação de crédito.
De acordo com José Barletta, diretor técnico da Ingenico, líder global em soluções de aceitação de pagamentos, a novidade representa um marco importante para o sistema financeiro brasileiro. “A chegada do Pix Parcelado representa uma grande oportunidade para democratizar o crédito no Brasil, aumentando o poder de compra dos consumidores e proporcionando mais segurança e liquidez para os lojistas. Com isso, o Banco Central avança na transformação digital dos pagamentos”, diz
Vantagens para consumidores e lojistas
Para os consumidores, o Pix Parcelado oferece maior flexibilidade financeira, podendo ser uma alternativa quando o limite do cartão está esgotado ou insuficiente. Além disso, as taxas de juros associadas ao Pix tendem a ser mais baixas que as do crédito rotativo do cartão, tornando o parcelamento uma opção mais barata e transparente.
Já para os lojistas, a modalidade garante recebimento integral e imediato do valor da venda — sem os prazos e as taxas normalmente associados às transações com cartão de crédito. Essa característica traz mais segurança, fluxo de caixa e redução de inadimplência, além de potencializar as vendas ao tornar o processo de pagamento mais ágil.
Cuidados e considerações
Apesar dos benefícios, o uso consciente continua sendo essencial. Para os consumidores, é importante observar as taxas de juros e o IOF cobrados pelas instituições antes de optar pelo parcelamento. Já os lojistas devem garantir condições competitivas e transparentes, para que o custo do parcelamento não comprometa a atratividade da compra.
Pix: o sistema de pagamentos que virou referência global
O sucesso do Pix é um dos principais motores por trás dessa nova etapa. Segundo o Banco Central, em 2024 o Pix movimentou mais de R$ 26 trilhões, atingindo o recorde de 227 milhões de transações em um único dia. Esses números consolidam o Brasil como referência mundial em pagamentos instantâneos.
O avanço também chama a atenção de instituições internacionais. O Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco de Compensações Internacionais (BIS) destacam o Pix como um exemplo de como sistemas digitais podem ampliar a inclusão financeira e reduzir custos de remessas. O projeto Nexus, liderado pelo BIS, busca justamente conectar plataformas de pagamento instantâneo de diferentes países, abrindo caminho para transações transfronteiriças mais rápidas e baratas.
Presente em 32 países e com mais de 3.000 colaboradores, a Ingenico é líder global em aceitação de pagamentos. A empresa atua há mais de quatro décadas desenvolvendo soluções que simplificam e impulsionam o comércio, com milhões de dispositivos instalados no mundo e mais de 2.500 aplicativos que atendem milhões de consumidores diariamente.
Um passo adiante na inclusão financeira Com o Pix Parcelado, o Brasil dá mais um passo decisivo na democratização do crédito e na modernização dos meios de pagamento. A expectativa é que a novidade impulsione o consumo, aumente o poder de compra da população e fortaleça ainda mais o ecossistema financeiro digital do país.
Foto: José Barletta, diretor técnico da Ingenico.
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