SAÚDE MENTAL, O PONTO DE (DES) EQUILÍBRIO DA SOCIEDADE

COLUNA DO JORNALISTA NELSON TUCCI

Diz  o velho adágio que “um povo doente só produz doença”. Logo, é importante cuidar das pessoas por várias razões: a principal é a humanitária e a outra é a produtividade, para ficarmos no binômio. A primeira é óbvia e, portanto, se auto explica; já a segunda pode carregar um leque de situações. Então vamos lá.

A produtividade não pode ser medida somente no campo profissional. Uma pessoa, dedicada às tarefas de uma casa, por exemplo, pode chegar no fim do dia e dizer: “que maravilha, meu dia foi muito produtivo”; ou o inverso, “não fiz metade do que precisava. Ô dia improdutivo”…

Pessoas que sofrem de depressão, ou convivem com alguém assim, vão se encontrar nesta leitura. Pois se você não for depressivo/a, deve conviver ou pelo menos conhecer alguém assim. Com licença do lugar comum, este é um sinal dos tempos. E, creia, “depressão não é frescura” é doença psiquiátrica que precisa de tratamento.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é considerado o país mais ansioso do mundo e o quinto mais depressivo. E isto não é pouca coisa, antes pelo contrário. O pior nesse diagnóstico é que uma parte considerável dessas pessoas não possui assistência médica adequada quanto à saúde mental.

No pico da pandemia os transtornos mentais (depressão + ansiedade) cresceram. Segundo estatística oficial, 25% só no primeiro ano (de 2020 a 2021), criando um quadro de fragilidade social poucas vezes visto na história.

Passada a fase aguda da pandemia do Covid-19, ficaram sequelas no tecido social, pois muita gente morreu e parte dos que ficaram perdeu trabalho, casamento etc… criando-se um grau generalizado de perturbação na retomada da “vida comum”. O Brasil – como de resto, o mundo — vive ainda alguns perrengues. Faltam ocupação e bem-estar para todos.

Não é nada difícil encontrar alguém triste ou irritado/a hoje em dia. Pessoas, no geral, andam ansiosas demais e muitas alternam depressão com esperança, indo e vindo no seu humor. Lembre-se: há muitos/as afetados/as por transtornos mentais (em diferentes graus) no círculo de nossa convivência do dia a dia. Assim, quando vir este ser humano com problemas de equilíbrio, não tente destruí-lo (mais ainda) pois precisa de apoio, carinho, atenção, não de porradas ou julgamento.

E se ao invés de doença gerarmos felicidade e compreensão? A tal da empatia tem lugar cativo em nossa sociedade, basta exercitá-la no mundo corporativo ou em nossas relações sociais. Aproveite e dê um abraço na pessoa aí do lado e faça um elogio (por mais simples que seja). Lembre-se: pessoas felizes produzem felicidade !

 

Nelson Tucci é jornalista profissional diplomado, autor de três livros sobre História do Brasil, Mercado de Capitais e Terceiro Setor (Jovem Aprendiz). Trabalha no quarto livro, sobre pessoas com Esclerose Múltipla, escreve sobre sustentabilidade e é palestrante nas horas vagas.

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