A busca por eficiência nas operações industriais vai muito além do retorno financeiro. Ela está diretamente ligada à segurança dos colaboradores, à confiabilidade dos ativos e à otimização de processos. Um exemplo disso é a transformação alcançada pela UMOE Bioenergy, empresa do setor sucroenergético localizada em Sandovalina (SP), que conquistou uma economia de R$ 600 mil após implementar soluções digitais da Fracttal, líder global em tecnologia inteligente para gestão de ativos e manutenção.
A companhia, que atua na produção de bioetanol sustentável e energia elétrica renovável a partir da biomassa, enfrentava desafios na gestão de suas torres de resfriamento — componentes críticos que abrigam ventiladores, motores e redutores. Antes da digitalização, as inspeções eram realizadas manualmente a cada sete dias, dificultando a detecção rápida de falhas e exigindo alto esforço operacional em áreas de difícil acesso.
Com a implantação do Fracttal Sense, sensor baseado em Internet das Coisas (IoT), a empresa transformou manutenções corretivas em ações preditivas, permitindo uma atuação antecipada diante de anomalias e reduzindo significativamente o tempo de parada dos equipamentos.
Transformação digital sem interrupções
O projeto, iniciado em junho de 2023, foi implementado gradualmente, sem necessidade de paralisação total das operações. Segundo Daniel Rodrigues, analista de manutenção preditiva da UMOE Bioenergy, a escolha da Fracttal foi decisiva por sua integração completa com sistemas de automação e pela geração de dados em tempo real. “A integração com sistemas supervisórios, a proteção direta dos ativos e os dados precisos para tomada de decisão foram diferenciais fundamentais. O processo foi ágil e trouxe ganhos operacionais imediatos”, destaca Rodrigues.
Inicialmente, 28 sensores foram instalados em 14 conjuntos de motores e redutores das torres de resfriamento. Na sequência, seis sensores adicionais foram aplicados ao desfibrador de cana. A integração ocorreu por meio da rede Modbus, que viabiliza a troca de informações entre dispositivos e o sistema de automação.
Os dados coletados são centralizados no Fracttal One, software de manutenção baseado em Inteligência Artificial (IA), que mede a confiabilidade dos equipamentos e sugere estratégias de uso eficiente e sustentável dos recursos.
Resultados expressivos e ganhos sustentáveis
Os resultados da transformação digital foram expressivos. O tempo de parada das pás de ventiladores foi reduzido de 480 horas para 32 horas, e a detecção precoce de falhas em rolamentos diminuiu as interrupções de 240 horas para 53 horas. Nas torres de resfriamento, as paradas caíram em 145 horas.
Ao todo, as soluções da Fracttal evitaram mais de 850 horas de inatividade, reduziram em 85% o tempo de intervenção e eliminaram inspeções manuais em áreas de risco. Cada ocorrência evitada gerou economia de cerca de R$ 200 mil para a empresa. “A combinação de IA e IoT foi decisiva para elevar nossa eficiência e sustentabilidade. A operação tornou-se mais estável, com menor desperdício de energia e insumos, e menos dependência de recursos externos”, reforça Rodrigues.
Além dos ganhos econômicos e operacionais, a UMOE consolidou uma nova cultura técnica, mais analítica e preventiva. “A prevenção passou a fazer parte da rotina da empresa. As equipes estão mais capacitadas, a segurança aumentou e os resultados se refletem diretamente na confiabilidade dos ativos industriais”, complementa o analista.
Parceria contínua e próximos passos
Segundo Bruno Rezende, especialista em IoT da Fracttal, o suporte à UMOE é permanente e vai além da implantação.“Acompanhamos de perto o uso da plataforma, oferecendo suporte técnico remoto e presencial, treinamentos e materiais educativos. Nosso objetivo é garantir que a empresa aproveite ao máximo os recursos das soluções Fracttal”, afirma.
Diante dos resultados, a UMOE Bioenergy planeja expandir a rede de dispositivos IoT para outros ativos críticos da planta industrial e avançar rumo à manutenção totalmente inteligente, com sistemas capazes de recomendar ações ideais com base nos dados operacionais. “Queremos evoluir para um modelo que não apenas antecipe falhas, mas também indique soluções automáticas, potencializando a tomada de decisão e a eficiência operacional”, projeta Rodrigues.
Foto: Operação da UMOE Bioenergy.
Crédito: Divulgação.
