
O Brasil representa apenas 2% do mercado global de entretenimento, mas vem apresentando avanços significativos no setor de parques de diversões, considerado um dos mais promissores da América Latina. Em 2024, esses empreendimentos receberam 138 milhões de visitantes e registraram faturamento de R$ 8,4 bilhões — um salto de 11 milhões de visitantes e de R$ 7,6 bilhões em lucro em comparação com 2023, segundo dados do Sistema Integrado de Parques e Atrações Turísticas (SINDEPAT) e da Associação Brasileira de Parques e Atrações (Adibra).
Nos próximos anos, o crescimento deve se intensificar com a chegada de 78 novos projetos no país, que juntos somam R$ 9,4 bilhões em investimentos. Do total, 23 serão parques aquáticos e 15 temáticos, sendo que cerca de 60% já estão em construção.
Piracicaba recebe o primeiro kart de realidade mista do Brasil
A onda de expansão também traz propostas inéditas. Em Piracicaba, interior de São Paulo, foi inaugurado o VR LAND, o maior parque indoor de realidade mista do Brasil instalado em shopping center. O empreendimento pertence à Mixtou Experience, grupo que já opera outros quatro parques em cidades como Araçatuba, Araraquara, Bauru e Mogi-Guaçu.
Com investimento de R$ 10 milhões, a novidade ocupa mil metros quadrados e já desponta como um marco no segmento. Sua principal atração é o primeiro kart de realidade mista fora da China, que combina obstáculos reais em uma pista de 400 metros com cenários e efeitos digitais. “Nosso diferencial não está apenas na diversão. Queremos entregar experiências memoráveis, capazes de conectar toda a família”, afirma Rodrigo Martins, fundador da Mixtou Experience e idealizador do VR LAND.
Planos de expansão e mercado de tecnologia imersiva
O grupo projeta abrir 80 parques em cinco anos, com investimento de R$ 100 milhões, consolidando-se como um dos principais agentes do setor. A estratégia acompanha tendências globais do entretenimento, que têm na tecnologia digital e nas experiências imersivas seu maior diferencial competitivo.
De acordo com projeções internacionais, o mercado global de realidade virtual e aumentada deve ultrapassar US$ 100 milhões em receita até 2026. No Brasil, esse segmento já movimenta cerca de R$ 500 milhões anuais, reforçando seu potencial de crescimento.
A chegada de empreendimentos como o VR LAND não apenas amplia as opções de lazer, mas também impulsiona a economia e diversifica o perfil do setor de parques, que ganha novas linguagens para atrair diferentes gerações.
Foto: Rodrigo Martins, fundador da Mixtou Experience e idealizador do VR LAND.
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