Conflitos de ponto de vista são inerentes aos mais diversos ambientes, sendo natural discordar da opinião do outro não apenas na esfera íntima, mas também na profissional — estabelecida, muitas vezes, no âmbito corporativo. Porém, para alcançar uma convivência mais harmoniosa, é fundamental encontrar maneiras eficazes de lidar com essas divergências.
Uma das abordagens que está ganhando destaque é a Comunicação Não Violenta (CNV), um conceito desenvolvido por Marshall Rosenberg, psicólogo americano falecido em 2015. A jornalista e especialista em comunicação, Karina Pachiega, ressalta a relevância dessa abordagem para uma comunicação mais efetiva e respeitosa.
De acordo com Pachiega, a CNV é um manual prático que mostra um caminho para a resolução de conflitos e para a melhoria constante da comunicação. “Muitos dos problemas em nossa vida pessoal e profissional derivam de falhas na comunicação, que poderiam ser evitadas com uma abordagem mais cuidadosa”, explica a especialista.
Segundo Peter Drucker, considerado o pai da administração moderna, 60% de todos os problemas nas empresas resultam de falhas na comunicação. Karina concorda com a afirmação do escritor e ressalta a necessidade de as empresas buscarem melhorias em seus processos de comunicação. “Nos treinamentos que dou em empresas, já ouvi histórias difíceis de acreditar, que acabaram em cancelamentos de contratos e até em demissões porque houve ruídos graves de comunicação”, explica Pachiega, que enxerga na Comunicação Não Violenta uma solução para companhias que estão dispostas a alinhar os processos de comunicação de seus departamentos e funcionários.
Resumidamente, a CNV sugere quatro passos quando surgem divergências que precisam ser solucionadas. O primeiro ponto é observação, que consiste em pontuar um fato sem juízo de valor, evitando fazer julgamentos precipitados. O segundo passo é sentimento que serve para identificar e expressar como nos sentimos em relação ao que estamos observando, evitando culpar ou criticar o outro. O terceiro ponto é focado na necessidade que é comunicar como a atitude do outro afeta nossas necessidades e expectativas pessoais. O quarto passo é pedido de forma especificar uma ação concreta que esperamos do outro, garantindo que nossas expectativas estejam claras.
Karina Pachiega destaca que a CNV oferece uma maneira direta de abordar conflitos, mostrando o que está acontecendo, como a pessoa se sente diante disso, o impacto da ação e, por fim, propondo uma ação concreta para solucionar a questão.
Karina Pachiega é jornalista com 23 anos de carreira que traz toda a bagagem da TV para o treinamento de Oratória com dicas práticas, sem rodeios e fácil aplicação no dia a dia. Atuou durante 17 anos como repórter e apresentadora de telejornais das maiores emissoras do País como afiliadas da TV Globo, TV Globo SP e SBT. Desde 2018 atua no mercado corporativo, no desenvolvimento de projetos de comunicação em treinamentos individuais e In Company de Oratória e Media Training, além de ser mestre de cerimônias, locutora e apresentadora de vídeos institucionais.
Foto – Jornalista e especialista em comunicação, Karina Pachiega.
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