CAMPINAS DECOR DEVE RECEBER 35 MIL VISITANTES EM ÁREA HISTÓRICA DO PRÉDIO DO RELÓGIO

CAMPINAS DECOR DEVE RECEBER 35 MIL VISITANTES EM ÁREA HISTÓRICA DO PRÉDIO DO RELÓGIO

Com um investimento de R$ 35 milhões, a Campinas Decor 2024 abriu as portas ao público nesta sexta-feira (29/04) tendo como cenário a histórica Oficina de Locomotiva da Companhia Mogiana de Estrada de Ferro (Prédio do Relógio). A 26ª edição da mostra segue até o dia 26 de maio unindo passado, presente e futuro em mais uma edição memorável da principal mostra de arquitetura, decoração e paisagismo do interior paulista. A preparação envolveu cerca de R$ 25 milhões em investimentos, além de outros R$ 10 milhões aplicados somente na recuperação do imóvel, cotizados entre a organização, expositores, patrocinadores e fornecedores.

A Campinas Decor tem parceria da Prefeitura de Campinas, que investiu R$ 7,74 milhões, por meio de EIV (Estudo de Impacto de Vizinhança), para a revitalização da Oficina de Locomotiva da Companhia Mogiana de Estrada de Ferro (Prédio do Relógio). Desse total, R$ 7,5 milhões foram utilizados para a reforma do telhado, parte elétrica e hidráulica. Outros R$ 240 mil foram utilizados para o pagamento da taxa de AVCB ao Corpo de Bombeiros para o prédio.

O prefeito Dário Saadi considerou  a parceria muito importante na recuperação desta área e do histórico Prédio do Relógio. “A Campinas Decor entrou com todos os vidors, banheiros e com mais adequações e a prefeitura com a reforma do telhado, da hidráulica e elétrica. Essa parceria foi muito importante. É um prédio icônico do pátio ferroviário de mais de 7 mil m² que vai agora abrigar a Campinas Decor e no mês de junho vai abrigar o Campinas Innovation Week que é uma feira de tecnologia e de varejo fantástica que vai levar Campinas ainda mais como uma referência de inovação”, declarou.

A secretária de Urbanismo de Campinas, Carolina Baracat Lazinho disse que a recuperação do local foi um grande desafio e está sendo entregue um espaço para eventos totalmente legalizado com AVCB. “Campinas precisa desses espaços na região central. A gente precisa trazer pessoas para morar no Centro e devolver o patrimônio histórico à cidade, então a iniciativa da Campinas Decor foi fundamental”, disse.

Carolina Baracat também falou sobre o projeto da prefeitura para a região central que é transformar essa área num parque urbano. “Por isso que nós estamos com tratativa  com o setor de patrimônio da União para além da guarda provisória que hoje nós temos para uma guarda definitiva para que a prefeitura possa buscar investimentos a níveis até internacionais ou a níveis nacionais para transformar essa grande área no centro da cidade que divide o Centro e a Vila Industrial de um grande projeto de um parque urbano voltado não só ao entretenimento para crianças e adolescentes, mas também um HUB de tecnologia”, concluiu.

A expectativa da organização é de que 35 mil pessoas visitem a 26ª edição da mostra. Emoldurados pela arquitetura original e pelo amplo pé direito do prédio, que traz como destaque a presença de vidro nas laterais e em sua cobertura, propiciando muita luz natural, o amplo galpão de 130 metros de comprimento e mais de 6 mil metros quadrados de área abriga ambientes espaçosos, erguidos do zero, nos quais o público poderá conferir o que há de mais moderno em artigos para decoração, revestimentos, mobiliário, luminotécnica, automação residencial e tudo o que envolve esse universo.

O diretor da Campinas Decor, Fernando Penteado Filho, fez questão de destacar a importância desse espaço histórico para Campinas, para todo o interior do estado de São Paulo e Minas Gerais. “Aqui eram fabricadas todas as locomotivas da Companhia Mogiana. Dezenas de milhares de pessoas e de famílias vieram para Campinas para participar dessa verdadeira transferência de tecnologia que ocorreu no início do século passado através do engenheiro Charles Stevenson que virou Carlos Stevenson e cuja a família reside até hoje no Brasil, em Americana. Um dos profissionais, inclusive, avô dele trabalhava aqui fixando as bitolas da ferrovia”, contou. “Nós temos a rotunda ao fundo de onde se manobrava os trens para se interligar nos linhões. Tem até as bitolas diferentes para interligar a Sorocabana e a Mogiana, a partir daqui”, completou.

Desde 2003, a organização do evento tem renovado prédios públicos como o Lago do Café, a Estação Guanabara, as edificações do Instituto Agronômico de Campinas, a Estação Cultura, a Fazenda Argentina, o casarão do antigo Colégio Ateneu e o prédio do Cotuca (Colégio Técnico da Unicamp). O processo de revitalização também foi realizado em imóveis de propriedade privada de valor representativo na cidade, como a Fazenda Santa Margarida, agora um importante local de eventos. “Foi um legado muito importante da minha mãe Sueli Cardoso e da Stella Tozo que ficaram mais de 20 anos à frente da mostra”, finalizou.

Criada em 1996 para fortalecer o mercado da arquitetura e decoração da cidade, a Campinas Decor consolidou-se como a principal mostra de arquitetura, decoração e paisagismo do interior de São Paulo e ganhou projeção nacional.

Ao longo dos anos, tornou-se uma grande vitrine do trabalho realizado pelos expositores, além de uma oportunidade única para fornecedores e patrocinadores divulgarem sua marca e seus últimos lançamentos.

Ao assumir o legado deixado por Sueli Cardoso, que dirigiu a Campinas Decor com maestria por mais de duas décadas ao lado da sócia Stella Pastana Tozo, a gestão atual, composta por Fernando Penteado Filho, Hebe Fontenele, Arthur Penteado e Cris Soutello, está comprometida em manter a excelência e representatividade do evento.

 

Foto 1 – Diretor da Campinas Decor, Fernando Penteado Filho.

Foto 2 –  Secretária de Urbanismo de Campinas, Carolina Baracat Lazinho.

Fotos 3 e 4 – Estação Gourmet da arquiteta e urbanista Patrícia Moreno.

Crédito: Divulgação.

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