INOVAÇÃO E TECNOLOGIA ESTIMULAM A EXPERIÊNCIA DO MORAR BEM

Não é de hoje que a jornada do cliente tem mudado em relação à  forma como faz suas compras. Um setor que sentiu os impactos dessa mudança foi o mercado imobiliário, que se manteve em expansão, ao contrário de outros segmentos. Em 2020, apesar da pandemia do novo coronavírus, o setor cresceu 26%, de acordo com dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). E uma nova projeção da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) divulgada em março deste ano estima que as vendas de imóveis devem crescer aproximadamente 35% em 2021.

Juliano Depiné, CEO do Imóveis-SC, maior portal imobiliário de Santa Catarina, afirma que, apenas no primeiro semestre de 2021, foram registrados mais de 1 milhão de acessos no portal – o dobro do volume no semestre anterior, o que mostra que o consumidor está muito mais habituado e próximo da tecnologia . “A expectativa é de que haja um aumento de 40% no número de contratos de aluguel em todo o Brasil, chegando a 20 milhões no país nos próximos nove anos, o que revela a mudança no comportamento dos novos jovens locatários, que preferem viver experiências Brasil ou mundo afora do que acumular posses, como as gerações anteriores”, ressalta. O empresário afirma que mesmo assim, comprar ou alugar um imóvel é algo de grande impacto na vida de uma pessoa. E o cliente está mais empoderado, com mais informações em mãos e maior poder de decisão. “Hoje ele compara muito mais, acumula uma longa lista de referências, pesquisa tudo e até simula o financiamento online, antes de entrar em contato com o locatário ou vendedor”, diz.

O mercado imobiliário também tem mostrado inovações como a  praticidade na hora de buscar o imóvel dos sonhos, através de portais completos e intuitivos. Uma pesquisa divulgada pelo Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci) mostrou que os profissionais do mercado passaram a usar com mais intensidade os recursos digitais para vender e alugar imóveis, como o uso de videoconferência, adotada por 51% dos mais de 400 mil participantes, e visitas aos imóveis por vídeo, empregada por 47% deles. O tradicional apartamento decorado, que serve de modelo para os clientes visualizarem o espaço pronto, vem dando lugar ao tour virtual pelo ambiente. “Visitas e reuniões podem ser feitas on-line, a burocracia tem se abrandado um pouco, com assinaturas podendo ser feitas digitalmente, por exemplo. A tecnologia realmente vem se tornando um aliado na hora de oferecer as melhores experiências e se adequar à realidade do cliente”, destaca Depiné.

Ainda na construção de um empreendimento, a transformação digital já está impactando a jornada do cliente, mesmo sem ele saber. O uso de tecnologia no levantamento da obra disponibiliza o registro do passo a passo da edificação, o que resulta em mais informações para a construtora, que pode repassá-las ao corretor para fomentar a venda dos apartamentos. A gestão de um canteiro de obras mais efetivo e econômico pode reduzir custos para a empresa. Jean Ferrari, CEO da FastBuilt, empresa que desenvolve uma plataforma para aproximar construtoras de seus clientes,  declara que o cliente só tem a se beneficiar dessas inovações no pós-obra, através de informações disponíveis na palma da mão. “Com o uso do aplicativo o cliente tem acesso a informações como o manual do proprietário digital, que disponibiliza informações técnicas sobre o apartamento na necessidade de fazer alguma manutenção. O morador pode ainda resolver pendências de forma mais célere, sem precisar aguardar o retorno da construtora sobre o tópico. Após a entrega de um produto, o consumidor espera não se deparar com nenhum imprevisto, porém problemas estão sempre suscetíveis a acontecer, então fazer a melhor gestão da resolução destas situações, para que o cliente saia satisfeito mesmo após passar por uma situação indesejada é o objetivo de todo empresário, o que é estimulado pelo uso inteligente da tecnologia”, conclui.

 

Foro 1 – Juliano Depiné, CEO do Imóveis-SC.

Foto 2 – Jean Ferrari, CEO da FastBuilt.

Crédito: Daniel Zimmermann.

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