PESQUISA DA PwC APONTA QUE 39% DOS CEOS BRASILEIROS ESPERAM CRESCIMENTO DE RECEITAS EM 12 MESES

Os líderes empresariais brasileiros são os mais otimistas do mundo em relação à recuperação econômica: 80% acreditam na melhora da economia global nos próximos 12 meses. O otimismo, no entanto, não se reflete na mesma medida para as expectativas de faturamento de suas empresas, sendo apenas 39% dos executivos confiantes num aumento das receitas em curto prazo. Para os próximos três anos, as expectativas são melhores: 54% preveem crescimento das receitas. No cenário internacional, os três países mais estratégicos para os negócios das empresas brasileiras serão Estados Unidos, China e Argentina, na opinião dos CEOs. Predio_pwc_sp_land (1)

Os números foram revelados pela 21ª Pesquisa global com CEOs da PwC (21st Annual Global CEO Survey), que ouviu quase 1.300 líderes de empresas em 85 países. Em todo o mundo, 57% dos CEOs acreditam na melhora no cenário econômico nos próximos 12 meses e 42% prevêem crescimento nas receitas das empresas nos próximos 12 meses. “O otimismo em relação ao futuro é reflexo da recuperação econômica nas principais economias do mundo e os CEOs acreditam que este movimento deve se refletir positivamente em seus negócios. Para crescer neste contexto, as empresas devem estar alinhadas com as novas demandas da sociedade, tornando-se mais relevantes para seus stakeholders nos próximos anos”, explica Fernando Alves, sócio-presidente da PwC Brasil.

Para 7% dos executivos ouvidos na pesquisa globalmente, Brasil e França estão entre os três países mais importantes na estratégia de crescimento de suas empresas. Estados Unidos (46%), China (33%), Alemanha (20%) e Reino Unido (15%) figuram no topo da lista.

Crescimento no Brasil

O crescimento dos negócios, segundo os CEOs, ocorrerá de forma orgânica (87%), com redução de custos (83%) e parcerias com empreendedores ou startups (70%). No Brasil, 65% dos líderes pretendem fazer novas alianças estratégicas e 46%, fusões e aquisições para ampliar a rentabilidade dos negócios.

Dos CEOs entrevistados, 59% estão extremamente preocupados com a oferta de talentos com domínio de habilidades digitais e 35% têm planos de aumentar o quadro de funcionários das suas companhias nos próximos 12 meses. Globalmente, 54% dos executivos devem ampliar sua força de trabalho; na América Latina, 43% esperam aumentar seus quadros de colaboradores.

Em relação às principais ameaças ao crescimento dos negócios, 91% dos executivos brasileiros citam a falta de infraestrutura, 78% o excesso de regulação e 76% o aumento da carga tributária. Medidas populistas (67%), as mudanças nos hábitos de consumo (67%), velocidade das mudanças tecnológicas (72%) e ameaças cibernéticas (59%) também constituem dificuldades para as perspectivas de crescimento das empresas.

Desafios globais

Globalmente, as incertezas geopolíticas são citadas por 85% dos CEOs como uma das principais ameaças para as companhias. O excesso de regulação (83%), as ameaças cibernéticas(80%), o crescimento da carga tributária (78%), o terrorismo (77%), o populismo (77%) e o protecionismo (76%) constituem as principais barreiras para o crescimento das empresas em todo o mundo.

Os setores da economia mais confiantes com o crescimento dos negócios nos próximos 12 meses são: tecnologia (48%), serviços às empresas (46%) e farmacêutica (46%).  “O otimismo dos CEOs sobre a economia global está sendo impulsionado pela força dos indicadores econômicos. Com o crescimento acelerado do mercado de ações e a previsão de alta do PIB na maioria dos principais mercados em todo o mundo, não é surpresa que os CEOs estejam tão entusiasmados”, afirma Bob Moritz, chairman global da PwC.

A 21ª Pesquisa Global da PwC entrevistou 1.293 CEOs em 85 países entre agosto e novembro de 2017. Os homens somam 89% dos CEOs participantes e a maior parte dos executivos atua na Ásia (36%), seguida por Europa (21%), América Latina (11%) e América do Norte (11%).

Das empresas participantes, 40% tiveram receita de US$ 1 bilhão ou mais, 35% das empresas entre US$ 100 milhões e US$ 1 bilhão, 20% das empresas até US$ 100 milhões; 56% das empresas são companhias de capital fechado.

No Brasil, 85% dos participantes são homens e 15% mulheres. Mais da metade dos entrevistados tem entre 50 e 60 anos de idade.

Todas as entrevistas quantitativas foram realizadas de forma confidencial e os resultados foram divulgados nesta segunda-feira (22) no Encontro Anual do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.

 

Foto: Sede da PwC em São Paulo.

Crédito: Divulgação.

 

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