CIESP CAMPINAS REGISTRA PREOCUPAÇÃO COM COVID-19

O diretor do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) regional Campinas, José Nunes Filho, afirma que a entidade está preocupada diante dos primeiros impactos provocados pela pandemia do Coronavírus na indústria. “O Brasil atravessa um momento extremamente excepcional. Vivemos um clima de guerra com a pandemia do Covid-19 e a nossa região não está livre disso. Foi um choque. A indústria regional está sentido muito isso. As coisas acontecem muito rapidamente. Precisamos de socorro do governo para atravessar essa crise, principalmente para as pequenas e médias empresas, que vão ter que parar e estão ligadas à cadeia automotiva, de confecção, de linha branca e de eletroeletrônicos. Essas vão sentir os maiores efeitos”, explicou o diretor.

Nunes afirmou que as empresas das cadeias produtivas de alimentação, saúde e fármacos poderão continuar em operação, seguindo com os devidos cuidados e de acordo com os protocolos sanitários e, portanto não deverão sentir tanto os efeitos da pandemia do Covid-19.

O diretor do Ciesp-Campinas comentou que as empresas têm diversas alternativas para colocar os seus funcionários em isolamento, como banco de horas, teletrabalho, licença remunerada, férias coletivas e até redução de jornada de trabalho e salário. “Isso tem que ser colocado em funcionamento, para evitar o desemprego e diminuir os custos das empresas. É preciso que pare a cobrança de impostos. O governo federal já está fazendo isso com relação ao recolhimento do Simples, prorrogado por 184 dias. No entanto, os impostos estaduais e municipais continuam sendo cobrados. É importante que esses impostos sejam suspensos, para que as empresas não sofram ainda mais durante esse período difícil, que deveremos passar pelos próximos 60 a 70 dias. Até lá todos têm que continuar vivos – pessoas, empresas e empregos”, enfatiza Nunes.

Pesquisa de sondagem industrial realizada pelo Ciesp Campinas junto a seus associados revela que com relação a pandemia do novo coronavírus 22.22%  dos respondentes estão enfrentando problemas com a importação de insumos. Para 33.33%, seus insumos importados tiveram aumento de preços e 44.44%, seus custos de produção aumentaram com a alta do dólar.

Confiança do empresário paulista recua pelo segundo mês consecutivo

O Índice de Confiança do Empresário Industrial paulista (ICEI-SP) apresentou queda em março, passando de 62,8 para 57,6 pontos. Este é o segundo resultado negativo consecutivo do indicador, que acumula queda de 4,8 pontos no ano. O ICEI-SP encontra-se abaixo do registrado em março do ano passado (59,8 pontos), porém acima de sua média histórica (50,4 pontos). Ademais, ao permanecer acima dos 50,0 pontos, indica otimismo por parte do setor.

Dentre seus componentes, tanto o Indicador de Condições quanto o Indicador de Expectativas recuaram na passagem mensal. O primeiro recuou 4,5 pontos no mês e acumula queda de 4,6 pontos no ano. As expectativas recuaram 5,6 pontos em março e acumulam queda de 4,9 pontos no primeiro trimestre.

 

Foto: Diretor do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) riegonal Campinas, José Nunes Filho.

Crédito: Ronco & Graça Comunicações

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