REDES DE CINEMA CORREM PARA ADAPTAR CONTEÚDO A CEGOS E SURDOS E EXPOCINE EXIBE TECNOLOGIAS COM ESTE OBJETIVO

Em 2017, 50% dos cinemas das redes com mais de 21 salas deverão estar equipados com tecnologias capazes de fornecer conteúdo acessível a deficientes visuais e auditivos. Para os exibidores menores, 30% das salas serão obrigadas a apresentar estes recursos no mesmo prazo. E, em 2018, todos os complexos de cinema do País precisarão estar completamente adaptados a esta image001realidade.

A corrida das redes para atender à nova legislação já havia se iniciado em janeiro deste ano, com a entrada em vigor do Estatuto da Pessoa com Deficiência. Mas teve de ser acelerada após a divulgação da Instrução Normativa 128/2016, da Agência Nacional do Cinema (Ancine), que antecipou em dois anos a obrigatoriedade. “É um tempo muito curto de adaptação e é necessário um amplo estudo das tecnologias disponíveis dentro e fora do País até se chegar à conclusão de qual solução melhor se enquadra para cada tipo de cinema. O mercado está agitado diante deste cenário”, afirma Marcelo Lima, diretor da Expocine, maior feira voltada ao mercado cinematográfico na América Latina.

Algumas dessas tecnologias serão exibidas na capital paulista entre os dias 16 e 18 de novembro, durante a Expocine, que reunirá os principais exibidores, distribuidores e fornecedores nacionais e internacionais do setor audiovisual. A Expocine acontece no Centro de Exposições Rebouças, que fica na Avenida Rebouças, 600, em Pinheiros, em São Paulo. O evento acontece entre 9h e 18h.

Dispositivos colocados nas poltronas para o espectador ler as legendas closed caption, óculos eletrônicos que exibem nas lentes a imagem do intérprete ou o texto das legendas, aplicativos de celular que amplificam o áudio do filme e ferramentas que fornecem a audiodescrição em tempo real são algumas das soluções que o mercado conhecerá de perto na feira. “Trata-se de uma realidade propagaimage002da internacionalmente, com efeitos positivos para o mercado e o público. O grande problema da legislação brasileira que precisa ser solucionado é a obrigatoriedade da adoção de linguagem de Libras (Língua Brasileira de Sinais). Não está claro se este recurso deverá aparecer na tela para todos os espectadores e como fazer isso sem atrapalhar a experiência de assistir ao filme”, explica Marcelo Lima.

A Ancine divulgou na última sexta-feira (16/09) a Instrução Normativa 128/2016, que dispõe sobre as normas gerais e critérios básicos de acessibilidade visual e auditiva a serem observados nos segmentos de distribuição e exibição cinematográfica.

Trata-se de um complemento à IN 116, de 2014, publicada com este mesmo objetivo. De acordo com o Estatuto da Pessoa com Deficiência, as salas de cinema deveriam se adaptar até 2020 para atender ao público com deficiências auditiva e visual.

Pela nova IN 128 da Ancine, este prazo foi antecipado para 2018. Mas os grupos exibidores que detêm a partir de 21 salas deverão já disponibilizar em 50% delas, no prazo de 14 meses, os recursos de legendagem, legendagem descritiva, audiodescrição e Libras. Já nos grupos menores, 30% das salas deverão apresentar os recursos em 14 meses e os 70% restantes dentro do prazo de 24 meses.

A Expocine é o maior evento da América Latina voltado à indústria cinematográfica de exibição, distribuição e empresas fornecedoras de tecnologias, serviços e produtos para o mercado. A convenção em 2015 – sua segunda edição – conquistou o posto de segundo maior evento do gênero no mundo em número de participantes.

Neste ano, o evento terá palestras e painéis de discussão com profissionais do mercado, apresentações dos estúdios e distribuidoras cinematográficas e uma feira com mais de 70 estandes de expositores de diferentes países.

 

Fotos 1 e 2 – Dispositivos colocados nas poltronas para o espectador ler as legendas closed caption, óculos eletrônicos que exibem nas lentes a imagem do intérprete ou o texto das legendas, aplicativos de celular que amplificam o áudio do filme e ferramentas que fornecem a audiodescrição.

Crédito: Divulgação.

 

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