CIESP-CAMPINAS APONTA DIFICULDADE DA INDÚSTRIA EM UTILIZAR SALDO DE CRÉDITO ACUMULADO DO ICMS

O Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) – regional Campinas, apresentou nesta quinta-feira  (28/03), pesquisa de Sondagem Industrial referente ao mês de março, onde 44% das empresas associadas apontaram dificuldades em utilizar o saldo de créditos acumulados do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) no sistema e-CredAc, da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo. Já 25% afirmaram não encontrar dificuldades e 31% não se aplica.

O diretor do Ciesp-Campinas, José Henrique Toledo Corrêa, afirmou que somente as empresas associadas têm mais de R$1,2 bilhão retidos na Secretaria da Fazenda de São Paulo e poderiam estar sendo utilizados no dia a dia delas.

Em relação aos valores dos créditos acumulados requeridos, 8% das associadas têm valores de até R$ 500 mil e 46% valores acima de R$ 5 milhões. Outras 46% das respondentes não têm valores de créditos acumulados requeridos. “O Governo do Estado tem que tornar mais fácil a ferramenta e-CredAc, que é difícil de ser utilizada pelas empresas. Nossa intenção, é sensibilizar e mostrar ao governador e à Secretaria da Fazenda que o empresário precisa da recuperação desse crédito, que é um dinheiro dele. Esse dinheiro faz uma diferença e vai gerar mais atividade industrial e voltará para o Governo através dos impostos de consumo”, acrescentou o diretor titular do Ciesp-Campinas.

Nessa mesma pesquisa, 44% das indústrias afirmaram também ter dificuldades em homologar o pedido de transferência dos seus créditos acumulados. Não encontraram dificuldades 19% e não se aplica para 37% delas.

Para confirmar a necessidade de capital de giro, por parte das empresas, Toledo Corrêa cita os principais tópicos apresentados nessa Sondagem do Ciesp-Campinas, que mostram queda bastante significativa da atividade industrial, tais como capacidade produtiva e instalada e vendas.

Com relação aos investimentos das indústrias na ampliação da sua capacidade produtiva para os próximos 12 meses, Corrêa citou que é preocupante o fato de 62% delas afirmarem que não irão investir.

O primeiro vice-diretor do Ciesp-Campinas, Valmir Caldana, comentou os números da Balança Comercial Regional. Em fevereiro de 2024, o valor exportado foi de US$ 231,8 milhões, 1,5% menor que fevereiro de 2023. Em fevereiro de 2024 o valor importado foi de US$ 833,8 milhões, 13,4% maior que no mesmo mês do ano passado. O saldo em fevereiro foi negativo em US$ 602,1 milhões, 20,4% maior que em fevereiro de 2023.

Caldana comentou que a tendência para o ano, da balança comercial da região de Campinas deverá se manter nos mesmos patamares do primeiro trimestre, tendo em vista a característica da indústria regional, focada em produtos de alta tecnologia e setor de autopeças.

A corrente de comércio exterior (a soma das exportações e importações), em fevereiro de 2024 foi de US$ 1,065 bilhão, 9,8% maior que em fevereiro de 2023.

Em fevereiro de 2024, os principais municípios exportadores da Regional Campinas do Ciesp foram, pela ordem: Campinas (30,2%), Paulínia (23,8%), Mogi Guaçu (12,1%), Sumaré (11%) e Santo Antônio de Posse (5,4%).

Os municípios que mais importaram foram Campinas (33,8%), Paulínia (30,6%), Sumaré (9,9%), Hortolândia (8,3%) e Jaguariúna (7,2%). O percentual do município refere-se a sua participação em relação ao total da regional no Balanço Mensal.

Os três principais destinos das exportações da indústria regional em fevereiro de 2024 foram os Estados Unidos (US$ 50,87 milhões – 22%), Argentina (US$ 32,24 milhões -13,9%) e México (US$ 14,94 milhões – 6,5%).

Principais países de origem das importações para a região são a China (US$ 231,59 milhões – 27,8%), Estados Unidos (US$ 113,91 milhões – 13,7%) e Suíça (US$ 61,79 milhões – 7,4%).

 

Foto: Diretor d Ciesp Campinas, José Henrique Toledo Corrêa e o primeiro vice-diretor do Ciesp Campinas, Valmir Caldana.

Crédito: Roncon & Graça Comunicações

 

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