VENDAS DO COMÉRCIO EM JUNHO SUPERAM MAIO EM CAMPINAS

A Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC) divulgou os índices de vendas registrados no comércio de Campinas e região referentes ao mês de junho. Tradicionalmente, as vendas de maio são consideradas como a 2ª maior do ano, perdendo apenas para as vendas de Natal em dezembro, que é a 1ª do ano. Em junho de 2016, pela primeira vez nos últimos 20 anos, o índice de vendas superou o mês de maio em 1,56%, mas em avaliação com junho de 2015 teve uma redução de 6,29%.

Evento: Comércio dia dos Pais , Na foto: Fachada das lojas na rua 13 de Maio, no Centro de Campinas,. Data: 31/07/2014. Local: Campinas/SP. Foto: Ricardo Lima/A2 FOTOGRAFIA

Segundo o economista da ACIC, Laerte Martins as vendas de maio de 2016 foram afetadas pela baixa movimentação nas vendas do “Dia das Mães” que ficaram 5,0% abaixo do “Dia das Mães” de 2015, no entanto, o economista explica porque junho teve um bom desempenho. “Com a onda fria que chegou em junho, afetou positivamente o comércio nas vendas dos produtos de vestuário, cama, banho, cobertores, lãs e até mesmo, aquecedores, para aquecer o clima de inverno. Além desses fatores em junho, o índice de confiança medido pela Fecomercio, apresentou uma elevação, o que faz prever uma melhora nas atividades da equipe que assumiu provisoriamente o governo e a economia”, justifica.

Em Campinas, as vendas no acumulado do ano de janeiro a junho de 2016 atingiram cerca de R$ 6,3 bilhões, que representa uma redução de 4,31% em comparação com os R$ 6,6 bilhões do acumulado de janeiro a Junho de 2015.

A inadimplência evoluiu em 36,66% frente a maio de 2016, e em 7,94% frente a junho de 2015. No acumulado do ano a inadimplência evoluiu em 5,98%, com 123.138 carnês/boletos vencidos e não pagos a mais de 30 dias, representando cerca de R$ 88,7 milhões, um crescimento de 36,46% em relação ao endividamento de maio deste ano.

Na Região Metropolitana e Campinas (RMC), os números projetados para o comércio varejista também apresentaram uma redução de 3,56% no período janeiro a junho de 2016, com uma arrecadação de R$ 15,3 bi abaixo dos R$ 15,8 bi de janeiro a junho de 2015.

A inadimplência também apresentou no período janeiro a junho de 2016, uma variação de 3,61% com 300.336 boletos/carnês vencidos e não pagos a mais de 30 dias, representando cerca de R$ 216,2 milhões no endividamento dos consumidores da RMC. “A expectativa que se verifica para o próximo semestre, é uma definição final para o “impeachment” da Presidente, e uma ação mais positiva, reformista e executora, no ajuste fiscal da economia, atacando efetivamente para a reversão do desemprego, das taxas de juros, inflação e o poder de compra, cujo os efeitos devam ser sentidos a partir do início do 2º semestre de 2017”, avalia.

Laerte Martins disse que as festas juninas, que tradicionalmente são promovidas nesta época do ano, e que em algumas oportunidades se alastram até julho ganhando até nome de “festas Julhinas”, movimentam o comércio mais nas compras dos produtos típicos, como amendoim, pipocas, quentão, vinhos, fogueiras, quermesses, os arraiais e outras atividades correlatas, cujo o valor agregado, não é muito elevado. “O ano passado, essa movimentação correspondeu a cerca de 2,1% de todo o faturamento do comércio varejista, em termos de bens e serviços adquiridos, o que representou R$ 15,3 milhões”, diz.

O economista da ACIC prevê que para este ano, a expectativa é que esse montante deva atingir cerca de R$ 14,5 milhões, uma redução de 6,5%, no comércio varejista de Campinas, principalmente, pelos efeitos da crise econômica porque passa o País, com inflação alta e baixo poder de compra dos consumidores e a elevada taxa de desemprego que já atinge os 11,2% da PEA.

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