ATIVIDADES EXTRAS IMPULSIONAM APRENDIZADO NO UNIVERSO ESCOLAR

21 de dezembro de 2015.
ARTIGO DO PROFESSOR ADILSON MADEIRA
Desenvolver um
projeto de atividades complementares no universo da escola não é reproduzir de
maneira simplista uma prática pela prática. É preciso desenvolver um
referencial que sustente de maneira conceitual, procedimental e atitudinal
todas as ações compreendidas no projeto. Podemos e devemos sempre que
necessário questionar essa prática e refletir sobre a mesma.
Como? Buscando sempre
a compreensão do conhecimento que vai proporcionar o desenvolvimento do aluno,
com justificativas que garantam uma prática capaz de atender às necessidades
pedagógicas em sua respectiva fase de aprendizagem.
Autores como GARDNER,
VYGOTSKY, entre outros, referenciam que o desenvolvimento do cérebro, está
diretamente ligado com as experiências que o indivíduo vivencia durante a sua
vida. Quando essa vivência é estimulada no momento adequado, a assimilação do
conhecimento é mais rápido. Ao passo que, perder o tempo ideal é traduzir num
esforço e dedicação maior para o aprendiz. Este momento é conhecido como
“Janela de Oportunidades”, ou seja, na medida em que crescemos, o tempo aciona
as funções cerebrais e seu desenvolvimento, sendo a oportunidade para estimular
novos conhecimentos, principalmente pela obtenção do prazer e da satisfação
pessoal pela aprendizagem.
Nesse sentido ao
relacionar as atividades que vão integrar esses projetos é preciso ter um
embasamento científico capaz de orientar estratégias que favoreçam o
desenvolvimento de habilidades e competências.
De modo geral esse
programa precisa se relacionar com três aspectos importantes para sua
composição: (1) Estar em sintonia com o sistema educacional, que contempla toda
Educação Básica, modalidades e fases do ensino, passando pela Educação
Infantil, o Ensino Fundamental obrigatório de nove anos e o Ensino Médio. (2)
Ser um projeto parceiro do período curricular. O modelo de agrupar as
atividades por eixos formam o sentido da multidisciplinaridade, ou seja,
aumenta a interação com toda rede curricular. (3) Valorizar o universo da Educação
Não Formal, abrindo possibilidades para que os alunos possam agregar novos
conhecimentos, mesclando a sua cultura e o seu interesse por novas atividades.
Compreende-se que
existem diferentes problemas que acercam o processo de ensino e aprendizagem, podendo
se relacionar com o contexto emocional vivido, pelos alunos; em casa, na escola
e na rua. Sendo assim, essa relação pode muito bem ser refletida e
compartilhada pedagogicamente dentro do programa de atividades
extracurriculares, possibilitando a liberdade de expressão; aprofundar o
conhecimento; contribuir com o processo de ensino e aprendizagem e contemplar
os estudos da prática de atividades complementares como estratégia para o
desenvolvimento do aluno.
Nesse sentido o
programa extracurricular pode propor uma interação maior com os saberes que se
opõem aos trabalhos não acadêmicos, evitando a simplificação pragmática, mas,
buscando a compreensão dos conhecimentos que possam engajar com um universo
maior em sua totalidade e realidade contemporânea.
A partir dessas
reflexões, entende-se que oportunizar um projeto extracurricular no universo da
educação básica é refletir sobre o mundo ao qual o aluno se insere, sendo
facilitador para sua formação pessoal e social.
Adilson Madeira é
professor de Educação Física com ênfase em Educação e Saúde do Objetivo Barão
Geraldo em Campinas (Sp) e Coordenador do Programa de Atividades
Extracurriculares – Eixo Esportes, do Grupo Atmo Educação.              
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