FITCH AFIRMA RATINGS DO BANCO BTG PACTUAL E DE SUAS SUBSIDIÁRIAS

A Fitch Ratings afirmou, nesta sexta-feira (1/02),
os ratings do BTG Pactual S.A. (BTG Pactual) e de suas subsidiárias Banco
Panamericano S.A. (BP), Brazilian Finance & Real Estate (BFRE), Brazilian
Mortgages Cia Hipotecaria (BM) e Brazilian Securities Cia de Securitizacão
(BS). A Perspectiva dos Ratings de todas as entidades é Estável.

Fundamentos dos Ratings

A afirmação dos ratings e a Perspectiva Estável do
BTG Pactual refletem sua forte franquia como banco de negócios e sua boa
rentabilidade através dos ciclos econômicos. A administração tem expandido o
balanço rapidamente nos últimos anos, embora os controles de risco sejam
fortes. Estes pontos positivos são contrabalançados pela fraca alavancagem e
pelo contínuo aumento dos ativos de menor liquidez, embora a captação de longo
prazo esteja crescendo no mesmo ritmo.

Nos últimos cinco anos, o BTG Pactual tem sido
beneficiado por injeções de capital (aportes de BRL4,5 bilhões desde 2010),
incluindo a recente oferta inicial de ações (IPO), realizada em 2012. Como
resultado, o banco expandiu suas atividades de financiamento ao consumo
(através do BP), serviços financeiros para o setor imobiliário (inclusive
financiamento imobiliário e securitização através da BFRE, BM e BS) e de
corretagem e banco de investimento em alguns países da América Latina (Chile,
Colômbia e Peru).

Todas essas aquisições foram custeados pelos
aportes de capital e devem possibilitar futura diversificação das receitas.
Atualmente, as subsidiárias têm proporcionado receitas limitadas ao BTG Pactual
devido aos modestos portes e/ou necessidades de reestruturação de seus modelos
de negócios. A maioria das aquisições tem sido concluída e uma nova
administração vem sendo formada em cada subsidiária. Assim, os riscos de
execução têm se reduzido, embora a monetização dos investimentos ainda seja um
desafio.

Os indicadores de capital e alavancagem do BTG
Pactual têm piorado consideravelmente desde o final de 2010, como resultado do
rápido crescimento do balanço. Os indicadores de alavancagem têm permanecido
razoavelmente estáveis recentemente, mas um tanto fracos em relação aos pares
com ratings similares. O patrimônio tangível em relação aos ativos tangíveis
permanece em torno de 7% desde 2010. A alavancagem bruta, medida pelo total de
ativos sobre índice núcleo de capital da Fitch (FCC), era de 14,6% em setembro
de 2012 (alavancagem ajustada de 7,5%). Este ponto negativo é compensado
parcialmente pelo histórico estável de rentabilidade do BTG Pactual. Isto
certamente demanda enfoque mais conservador pelo banco em períodos em que a
rentabilidade possa ser pressionada por taxas de juros menores e acirrada
competição.

O Rating de Viabilidade (RV) do BP permanece
limitado pela deficiente rentabilidade, pelos fracos índices de qualidade de
ativos e pela baixa capitalização. O BP é beneficiado por estáveis linhas de
captação e liquidez providas por seus acionistas controladores: BTG Pacual e
Caixa Econômica Federal (Caixa, IDR(Issuer Default Rating – Rating de
Probabilidade de Inadimplência do Emissor) em Moeda Estrangeira
‘BBB’/Perspectiva Estável).

Sensibilidade dos Ratings: RVs e IDRs

Os RVs e os IDRs do BTG Pactual podem ser
impactados negativamente pela deterioração de sua alavancagem (alavancagem
ajustada acima de 8,0 vezes), por um decréscimo de seu indicador de lucro
operacional ou por inesperadas grandes perdas em tesouraria. Além disso, uma
rápida piora do ambiente operacional ou um inoportuno desempenho de uma ou mais
de suas subsidiárias também podem afetar negativamente as classificações do
banco. A Fitch acredita que o potencial para aumentos dos ratings no curto
prazo é limitado pelo modelo de negócios do banco, com estrutura de captação de
atacado e fraca alavancagem. Futuros aumentos dos ratings dependerão da
obtenção de maior mix de negócios, da manutenção da alavancagem ajustada
abaixo de 5,0 vezes e da menor participação de receitas derivadas da tesouraria
proprietária.

A Fitch acredita que há também limitado espaço para
melhoras no curto prazo para o RV do BP. Uma demora maior que a esperada para
atingir o ponto de equilíbrio de suas operações e uma deterioração de seus
baixos índices de capital podem desencadear um rebaixamento do RV.

Rating de Suporte e Piso de Rating de Suporte

Os atuais IDRs do BTG Pactual são similares a seu
RV. Devido à sua natureza de banco de negócios/investimento e a uma base de
depósitos relativamente modesta, a Fitch acredita ser improvável um suporte do
governo, caso necessário.

Dívida Subordinada e Outros Instrumentos Híbridos

A dívida subordinada e outros instrumentos híbridos
de capital emitidos pelo BTG Pactual são classificados dois graus abaixo do RV
do banco. Destes dois graus da dívida abaixo do RV, um reflete as características
de severidade de perda e sua condição de dívida subordinada e outro contempla o
risco moderado de falha no desempenho. Os ratings da dívida subordinada e de
capital híbrido são fundamentalmente sensíveis a qualquer alteração no RV do
banco.

Ratings das Subsidiárias

BP, BFRE, BM e BS são subsidiárias estrategicamente
importantes para o BTG Pactual. Como resultado, os ratings são um grau abaixo
do IDR do controlador. A Fitch acredita que apesar de seus aportes
relativamente modestos e da baixa contribuição para os lucros, estas entidades
fazem parte dos planos de diversificação do BTG Pactual para além de banco de
negócios. Os IDRs e os ratings nacionais das subsidiárias seriam afetadas em
caso de alterações em sua importância estratégica e na habilidade de o BTG
Pactual lhes prover suporte. A Fitch acredita que a probabilidade desse cenário
é baixa.

 
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