ALPHAGO: ALÉM DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

ARTIGO DE ENIO KLEIN

O antigo jogo de tabuleiro chinês Go é a estrela do filme AlphaGo, do diretor Greg Kohs, que traz à tona diversas questões importantes que cercam o universo da inteligência artificial.Foto Enio 2

Este documentário relata a experiência da DeepMind, uma empresa da Alphabet Inc. Holding que controla diversas empresas que foram ou pertenceram ao Google, inclusive o próprio Google, ao anunciar uma partida contra nada menos que o campeão mundial do jogo chinês, Lee Sedol.

O Go é considerado o cálice sagrado da inteligência artificial por ter regras simples, mas que, por ter um número perto do infinito de possibilidades, o faz ser exponencialmente mais complexo que o xadrez.

O filme, longe de ter qualquer questão técnica, explora com muita precisão e visão lúdica o contexto humano da interação com a tecnologia e, principalmente, a relação naturalmente antagônica entre seres humanos e máquinas. Este antagonismo vem naturalmente a partir de todo o contexto em que a proximidade eventual da singularidade faz a coisa se parecer com os romances de ficção científica, e levantam afirmações assustadoras de que “a singularidade, se chegar no ponto que se fala, irá posicionar a humanidade da mesma forma que nós humanos posicionamos as baratas”.

O que começou como um confronto da raça humana contra as máquinas e com a presunção do coreano de que seria um jogo fácil, se transforma em um profundo drama onde tanto o jogador humano quanto o programa que joga aprendem e se relacionam de uma maneira ímpar. Humano e máquina se analisando e compreendendo cada jogada, tentando entender “porquês” resultam em um painel muito rico sobre as possibilidades do jogo e na evolução de ambos.

A certa altura de uma das partidas – o jogo é composto de cinco partidas – a máquina fez uma jogada improvável, que praticamente nenhum humano seria capaz de fazer, e determinou a vitória. Na partida seguinte, o coreano fez uma jogada igualmente diferenciada que determinou a vitória do humano. Ficou nítido de que a máquina aprendia com o jogo do humano na mesma medida em que o humano aprendia com a máquina e melhorava sua perspetiva. O jogo terminou em 4 a 1 para o AlphaGo, e a experiência foi considerada riquíssima por todos no meio de uma forte emoção, tanto do jogador coreano quanto na equipe da DeepMind.

O documentário e seus resultados nos trazem a visão e a esperança de que a singularidade não seja o fim dos humanos, mas o início de uma era de aprendizado e crescimento. Assistir ao filme foi uma experiência muito positiva e emocionante para mim. Acho que pode ser para você também. Recomendo!

Enio Klein, CEO & General Partner da Doxa Advisers, professor nas disciplinas de Vendas e Marketing da Business School São Paulo e Coach pessoal e profissional pela International Association of Coaching – IAC/SLAC

A Doxa Advisers é uma empresa dedicada a aumentar a produtividade dos negócios de seus clientes para o benefício de indivíduos, empresas e sociedade de forma ética e sustentável. O aumento da produtividade é obtido em uma combinação de Inovação e Gestão. Acreditamos que esta é a base para uma sociedade com maior produtividade, riqueza e oportunidades. Seu propósito é prover aos seus clientes conhecimento e orientação em sua utilização, de maneira efetiva, racional com custo-benefício adequado para alcançar seus objetivos, utilizando-se de uma combinação de tecnologia e da experiência.

Compartilhe:
Facebook
Twitter
LinkedIn

Veja também

IBEF CAMPINAS INTERIOR PAULISTA PROMOVE EVENTO ORIENTANDO EMPRESÁRIOS SOBRE INVESTIMENTOS NO EXTERIOR

Muitos executivos desejam diversificar seus investimentos no exterior, mas não sabem como, têm muitas dúvidas …

Deixe uma resposta

Facebook
Twitter
LinkedIn