AGRONEGÓCIO BRASILEIRO AMPLIA MERCADO EM 2014

26 de dezembro de 2014.
O ano de 2014 foi marcado pela ampliação e
manutenção de mercados no agronegócio brasileiro, com ênfase em questões
sanitárias e fitossanitárias. Dentre os países que abriram o mercado para os
produtos brasileiros estão: Rússia, México, Japão, África do Sul, China, Coreia
do Sul, Colômbia, Iraque, Irã, Egito e Tailândia.
Dentre as negociações, na área de produtos de
origem animal, destacam-se a abertura do mercado russo, grande importador
mundial para. Em agosto deste ano, a Rússia anunciou uma liberação recorde de
estabelecimentos brasileiros habilitados para exportar carne de aves, suínos e
bovinos, miúdos de bovinos, além de produtos lácteos para aquele país. 
Atualmente, o Brasil possui 162 estabelecimentos habilitados para exportar para
a Rússia.
Este ano foi marcado ainda pelo início das
exportações de carne suína pelo estado de Santa Catarina ao Japão e de carne de
frango para o México. Em ambos os casos, o Brasil estava habilitado desde 2013
para exportar, mas foi este ano que os embarques começaram a ganhar volume:
para o Japão foram exportados, entre janeiro e novembro, US$ 15,92 milhões em
carne suína e para o México, US$ 32,99 milhões em carne de frango.
Após nove anos de negociações, a África do Sul
finalmente suspendeu o embargo à carne suína brasileira. O embargo estava em
vigor desde 2005, quando o Brasil teve os últimos casos de febre aftosa.
 Além disso, a Colômbia habilitou o Brasil para exportação de couro
bovino, a Coreia do Sul, para gelatina, Tailândia para o tabaco, e Iraque, para
exportação de bovinos vivos.
O registro de dois casos de Encefalopatia Espongiforme
Bovina (EEB), em 2012 e 2014, resultou no embargo à carne bovina brasileira
pelo Irã, Egito e China. Mas após negociações com as autoridades, os embargos
também foram suspensos este ano. Com a Arábia Saudita e Japão, as negociações
encontram-se em estágio avançado para a exportação do produto. Nestes casos,
com exceção do Japão, houve missões do Ministro da Agricultura Neri Geller a
esses países.
O Ministério da Agricultura participou ativamente
dos trabalhos de preparação de contencioso contra a Indonésia para acesso ao
mercado de carne de frango, utilizando-se o sistema de solução de controvérsias
da Organização Mundial de Comércio – OMC. O país asiático, com população
aproximada de 250 milhões de habitantes, tem potencial comprador do produto
brasileiro, mas atualmente restringe o acesso ao seu mercado de forma
incompatível com as regras da OMC, segundo entendimento do governo brasileiro.
Além disso, o Mapa contribuiu para as negociações
que resultaram na assinatura do Memorando de Entendimento relativo ao
Contencioso do Algodão entre o Brasil e os Estados Unidos, encerrando uma
disputa de mais de uma década. O acordo bilateral incluiu pagamento final de
US$ 300 milhões pelo governo dos EUA, com maior liberdade para a aplicação dos
recursos, o que contribuiu para diminuir os prejuízos dos cotonicultores
brasileiros. O acordo firmado se restringe apenas ao setor cotonicultor,
preservando os direitos brasileiros de questionar a legalidade da Lei Agrícola
norte-americana para as demais culturas ante a Organização, caso necessário.

Com o objetivo de promover as exportações
brasileiras em mercados estratégicos, foram realizadas ações comerciais nos
Estados Unidos, China, Japão, Rússia, Canadá, África do Sul, Itália e Peru, que
criaram oportunidades de negócio para mais de vinte setores da agropecuária e
agroindústria. Entre eles estão: carne bovina, carne de frango, carne suína,
pescados, café, mate, chás, refrigerantes, energéticos, arroz, lácteos, açúcar,
frutas frescas, polpas e sucos de fruta, castanhas, água de coco, cachaça,
cervejas, vinhos e espumantes, chocolate, doces e confeitos, massas, produtos
de panificação, produtos apícolas, pratos congelados e outros produtos de
conveniência, conservas, molhos, temperos e condimentos.
Também foram realizadas ações de promoção da imagem
do agronegócio brasileiro junto à Organização Mundial da Saúde Animal e Codex
Alimentarius, abrangendo autoridades sanitárias de mais de 150 países. Com o
objetivo de dar visibilidade ao dinamismo e alto padrão tecnológico da produção
brasileira, foi realizado o VI Programa de Imersão no Agronegócio, voltado para
diplomatas estrangeiros em missão no Brasil. Igualmente, deu-se continuidade ao
programa de seminários “Agroex”, que tem o objetivo de sensibilizar o setor
produtivo para o comércio internacional, com vistas à ampliação da base e da
pauta exportadoras. Ao longo de sete anos, o programa registra mais de 17 mil
participantes em todas as regiões brasileiras.
Outro destaque em 2014 foi o encontro do Ministro
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller, com o Vice-Ministro de
Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Florestas e Pesca do
Japão, Hisao Harihara, por ocasião da visita do Primeiro Ministro do Japão,
Shinzo Abe à presidenta Dilma Rouseff. Como desdobramento do evento, foi
realizado ainda 2014 o Primeiro Diálogo Brasil-Japão sobre Agricultura e
Alimentos, fórum de empresários e representantes de governo que selou o início
de um novo ciclo da relação entre os dois países na área do agronegócio,
visando a intensificação dos fluxos de comércio, conhecimento e principalmente
de investimento, com foco em infraestrutura e logística. Ainda em relação a
atração de investimentos, 2014 registrou avanços importantes em negociações com
investidores da China e Argélia.
Para 2015, o calendário preliminar de ações de
promoção internacional do agronegócio prevê a continuidade e reforço das ações
nos Estados Unidos, China,  apão, Canadá, Rússia, Canadá, África do Sul e
Peru, bem como a ampliação da atuação no Oriente Médio, além de ações de imagem
que agreguem valor aos produtos brasileiros em mercados de referência,
particularmente no Japão e União Européia. Também está prevista a participação
do Mapa no pavilhão brasileiro da Expo Milão, exposição mundial que ocorrerá
entre maio e outubro na Itália, e que terá como tema “Alimentando o Mundo,
Energia para a Vida”. No Brasil, as ações previstas incluem a ampliação do
programa de seminários “Agroex” e continuidade dos programas de imersão no
agronegócio.
    

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