ASSOCIAÇÃO COMERCIAL E INDUSTRIAL DE CAMPINAS APONTA CRESCIMENTO DE EMPREGOS EM CAMPINAS

Levantamento
feito pelo Departamento de Economia da Associação Comercial e Industrial de
Campinas (ACIC) revelou que Campinas gerou 3.707 postos de trabalho de janeiro
a março deste ano, 0,50% a mais que o mesmo período do ano passado, quando
foram criados 3.689 postos. Os serviços se destacam como o setor que mais
contratou até o momento, responsável por 2.603 postos de trabalho, apesar de
ter gerado 27,9% menos empregos se comparado com 2013.
A
construção civil foi o setor que melhor apresentou recuperação em relação ao
ano passado, criando 1.299 postos até agora, 31,3% a mais que o ano passado. A
indústria, embora tenha gerado a quantidade de 333 empregos, também demonstra
recuperação sobre 2013, quando gerou apenas 51 postos, alcançando um aumento de
552,9%. O comércio é o único setor que foi na contramão e, ao invés de
contratar, eliminou 527 postos de trabalho em 2014, mantendo a tendência do ano
passado, quando dispensou 1.081 empregos, uma diferença de 48,8%.
Quando
avaliado isoladamente, o mês de março não apresentou resultados tão positivos
em relação à geração de emprego em Campinas. Foram criados cerca de 471 postos
de trabalho no último mês, 44,3% a menos que o mesmo período do ano anterior,
quando esse número foi de 846. Este é o pior mês de março em geração de emprego
dos últimos 5 anos. Em 2009, o número de contratações foi de 401.
Na Região
Metropolitana de Campinas (RMC) como um todo, no mês de março de 2014,
ocorreram 41.494 demissões e 43.589 admissões, resultando em 2.095 postos de
trabalho criados, um montante 43,7% menor que o do ano passado, quando foram
gerados 3.719 empregos. Considerando o acumulado de 2014, entre janeiro e
março, a quantidade de empregos criados foi de 12.700, 12,6% a menos que 2013,
cuja quantidade foi de 14.525. Para a RMC, este também foi o pior mês de março
dos últimos 5 anos. Em 2009, a região totalizou apenas 292 contratações.
Os
serviços também são na RMC o setor que se destaca até o momento em
contratações, com 6.252 postos de trabalho gerados. Em seguida, estão a
indústria (3.159), a construção civil (2.479), a agropecuária (445) e, por fim,
o comércio, único setor também na RMC que somente demitiu, tendo eliminado 961
postos de trabalho, uma diferença de 23% em relação a 2013, quando, neste mesmo
período, havia eliminado 1.248 empregos.
Para
Laerte Martins, economista da ACIC, o mau desempenho em geração de empregos no
comércio está atrelado à contratação temporária realizada no final de ano. “A
indústria e a construção civil vêm mostrando recuperações neste trimestre, mas
o comércio ainda se ressente das demissões dos temporários contratados para as
vendas de Natal”, acredita.
De acordo
com o economista, há de se considerar as perspectivas positivas e negativas
deste cenário. “A geração de postos de trabalho em Campinas e Região neste
primeiro trimestre, apesar de ser positiva, cresce em proporções menores que
2013, em cerca de 13% a menos”, avalia.
A
situação da geração de emprego no comércio pode melhorar nos próximos meses,
que serão movimentados por importantes datas comemorativas. Segundo previsão do
departamento de economia da ACIC, no Dia da Mães o comércio de Campinas irá
gerar 3.324 contratações, no Dia dos Namorados, 1.339, e na Copa do Mundo, 651.
Isso representa um total de 8.694 contratações em mão de obra temporária,
motivadas pela sazonalidade das datas comemorativas.  “É provável que no 2º trimestre, com as datas
marcantes do comércio: Páscoa, Mães e Copa do Mundo, tenhamos expansões nas
contratações temporárias de mão de obra, superiores ao 1º trimestre”, prevê o
economista Laerte Martins. 

Foto: Economista da ACIC, Laerte Martins
Crédito: Divulgação.

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