CIESP DEFENDE CUMPRIMENTO DE DECISÕES DO STF SOBRE AS QUESTÕES TRABALHISTAS

O Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) manifesta firme posição quanto à necessidade de respeito às sentenças e jurisprudências do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre questões trabalhistas e correlatas. Para a entidade, julgamentos da Justiça do Trabalho, na primeira e na segunda instâncias, à revelia das decisões da Corte causam insegurança jurídica e prejudicam as empresas, os profissionais e o mercado de trabalho.

Rafael Cervone, presidente do Ciesp, lembra que, em 15 de junho de 2020, o Plenário do SFT julgou constitucional a Lei da Terceirização (nº 13.429/2017), que permitiu essa modalidade nas atividades-fim das empresas urbanas, ao considerar improcedentes cinco Ações Diretas de Inconstitucionalidade que questionavam as mudanças nas regras. Além disso, a Corte tem estabelecido várias jurisprudências referentes à contratação de profissionais liberais como PJ, inclusive remetendo a questão à alçada da Justiça Comum, considerando tratar-se de relação civil. “Assim, é incompreensível que magistrados e desembargadores ignorem as deliberações do STF e a própria Constituição, que não proíbe a existência de contratos de trabalhos temporários e a prestação de serviços a terceiros”, pondera Cervone, ressalvando: “A Carta Magna e a CLT, independentemente da reforma trabalhista (Lei nº 13.467/2017) e da nova norma sobre terceirização, sancionada naquele mesmo ano, têm uma série de regras garantidoras dos direitos sociais do trabalhador nos contratos tipicamente caracterizados como de vínculo empregatício”, diz.

O presidente do Ciesp afirma que as leis precisam ser cumpridas rigorosamente em cada caso. “Dessa maneira, é injustificável que se desacatem as normas aprovadas pelo Congresso Nacional, sancionadas pelo Poder Executivo e cuja constitucionalidade, quando contestada, tenha sido reafirmada pelo STF. No caso da terceirização, trata-se de uma evolução inevitável do arcabouço legal ante o avanço da tecnologia, o caráter liberal de várias profissões, o trabalho remoto e a prestação de serviços por um profissional a distintas organizações”, destaca.

Para Cervone, questões tão impactantes para os setores produtivos, os trabalhadores, profissionais liberais, o mercado de trabalho, a economia e a inserção competitiva do Brasil no cenário global não podem ser decididas à base de “cada cabeça uma sentença” e objeto de interpretações arbitrárias. “É crucial garantir a segurança jurídica, essencial para estimular investimentos, bem como os direitos e deveres de empresas, trabalhadores e prestadores de serviços em todas as modalidades de contrato hoje existentes, ampliando-se as oportunidades de emprego e renda para os brasileiros”, conclui.

 

Foto: Presidente do Ciesp, Rafael Cervone.

Crédito: Divulgação.

Compartilhe:
Facebook
Twitter
LinkedIn

Veja também

PALESTRA MARCA LANÇAMENTO DO PROGRAMA DE FORMAÇÃO DA FAMÍLIA EMPRESÁRIA EM CAMPINAS

As empresas familiares respondem por dois terços do total de empresas no mundo. No Brasil, …

Facebook
Twitter
LinkedIn