COLUNA DA ESPECIALISTA EM RH VIVIANE GONZALEZ

Retornar ou não
para sua ex empresa
 Viviane Gonzalez
Não é uma tendência, mas a prática
tem sido cada vez mais comum. Em tempos de carência de mão de obra,
concorrência acirrada e imediatismo no cumprimento de projetos e metas, as
empresas têm, sim, optado pela recontratação do antigo colaborador com vantagens
para os dois lados.  O que antigamente era uma alternativa completamente
descartada, hoje começa a ser vista com bons olhos tanto pelos empregadores
quanto pelos profissionais.
E essa é uma boa opção porque a
antiga empresa já conhece o perfil do profissional, recolocando-o de forma a
otimizar seu potencial, além de aproveitar a nova visão e conhecimento do
mercado de trabalho, bem como a experiência obtida em outra organização.
A adaptação de um ex colaborador em
sua antiga empresa é mais rápida do que a de um novo contratado. Afinal, ambos
já se conhecem e neste caso, todo o processo é mais simples. O conhecimento da
cultura e visão da companhia é um fator que pesa bastante na hora das empresas
decidirem qual profissional contratar.
A única restrição à volta de um
profissional depende dele próprio. Por isso, é necessário deixar sempre as
portas abertas. Lembre-se que mudar de emprego é saudável e hoje em dia isso
ocorre com frequência, mas é preciso fazê-lo pelas razões corretas e após uma
diagnóstico de todas as possibilidades existentes. A saída é tão ou mais
importante que a entrada em uma nova organização.
Quando, enfim, optar pela saída avise
com antecedência, comunique seus motivos, exerça suas atividades até o final do
contrato estabelecido e coloque-se à disposição para execução de tarefas
pendentes e treinamento da pessoa que vai substituí-lo.
O empregador entende que este
movimento de profissionais é normal, mas dificilmente irá recontratar alguém
que o deixou na mão. Além de encerrar seus trabalhos de maneira transparente,
essa assistência no final é uma boa maneira de deixar uma boa impressão na sua
saída.
Já o antigo trabalhador volta à
empresa por que sente confiança na organização, na estrutura e liderança do
local, bem como uma valorização no seu trabalho e quando ambas as partes
concordam com o retorno, há uma ótima oportunidade de sucesso, porque metade
das dificuldades de um novo colaborador já foi eliminada.
Mas é preciso ficar atento, porque
nem sempre o ex empregador estará de portas abertas. É excelente manter uma
rede de contatos, porém é necessário entender que o antigo empregador pode
estar procurando pensamentos diferentes.
E mais: não é aconselhável mudar de
emprego o tempo inteiro, pedir demissão para conseguir aumento de salário ou,
em pouco tempo, resolver voltar após não se dar bem na nova empreitada. O
mercado não vê com bons olhos estas movimentações muito rápidas. Portanto se
decidiu sair cumpra o ciclo na nova empresa antes de voltar.
Esses profissionais ficam marcados
pelo mercado.
Se o colaborador saiu com boas
referências, ele sempre será bem-vindo de volta. Nesse caso, cada vez mais, se
torna válida a recontratação e é verdade: o bom filho a casa torna.

Viviane Gonzalez é consultora de RH
com ampla experiência em Executive Search para todos os segmentos da indústria.
É graduada em Administração de Empresas pela PUC-RS e tem MBA em Marketing pela
FGV-RS. Tem Inglês fluente e vivência internacional.
Compartilhe:
Facebook
Twitter
LinkedIn

Veja também

LEGISLAÇÃO DE TRANSPORTE DE PETS PELAS COMPANHIAS AÉREAS

ARTIGO DA ADVOGADA LAURA FALSARELLA O recente caso do cão Joca causou uma comoção geral, …

Deixe uma resposta

Facebook
Twitter
LinkedIn