CUSTO DE ENERGIA ELÉTRICA NÃO VAI AFETAR OS NEGÓCIOS DA ROMI

O aumento do custo da energia elétrica previsto para 2015 para
os consumidores residenciais e industriais para compensar o empréstimo de R$
11,2 bilhões contratado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica
(CCEE) para ajudar financeiramente as distribuidoras de energia como cobertura
das despesas com a compra de energia mais cara no curto prazo, em função da
maior utilização das usinas termelétricas diante do baixo nível dos
reservatórios das usinas hidrelétricas pode causar um impacto considerável para
as empresas em 2015.
No caso das Indústrias Romi S.A, empresa líder brasileira na fabricação de
máquinas-ferramenta, máquinas para plásticos e fundidos e usinados, a questão
da energia não trará impactos representativos em seu desempenho. O presidente
da Romi, Livaldo Aguiar dos Santos, disse que o custo de energia é bastante
baixo e representa 1,8% do custo total de operações da companhia. Além disso, a
empresa possui compra de energia livre de longo prazo e as condições do contrato
já estão estabelecidas inclusive para 2015. “A gente não deve sofrer nada em
termos de custo de energia, pois esse impacto é pequeno na nossa composição de
custo”, afirma.
Livaldo Aguiar, no entanto, disse que se esse quadro de aumento
significativo da energia elétrica se configurar em 2015 pode representar uma
oportunidade de negócio para a empresa. “Onde tem possibilidade de impactar
mais são com os nossos clientes e aí abre outra oportunidade para a Romi, que é
cliente com máquina antiga com tecnologia ultrapassada e que precisa economizar
energia por causa do aumento de custo. Na área de plástico todas as máquinas
que estamos vendendo hoje são máquinas que em média podem produzir economia de
energia de 30% a 50% dependendo dos picos de fechamento da máquina. Ao mesmo
tempo que atrapalha o nosso cliente leva a possibilidade de renovação ao parque
industrial máquinas mais modernas e com características técnicas mais adequadas
ao nosso perfil de máquinas que é diferente daquele perfil do concorrente chinês.
A nossa máquina tem um perfil de desempenho mais parecido com o europeu”,
explica.
A Indústrias Romi S.A. registrou no primeiro trimestre de 2014 receita
operacional líquida R$ 150,7 milhões, um aumento de 7,4% em relação ao mesmo
período de 2013. O lucro líquido foi de R$ 3 milhões, crescimento significativo
em relação ao prejuízo de R$ 5,5 milhões obtido no mesmo período do ano
passado.
A Companhia alcançou avanço na margem bruta, que foi de 29%, de 3,2
pontos percentuais em relação ao obtido no primeiro trimestre de 2013. Já a
geração operacional de caixa das Operações Continuadas medida pelo EBITDA foi
de R$ 12,6 milhões, representando uma margem EBITDA de 8,4% no primeiro
trimestre de 2014.
O presidente da Romi, Livaldo Aguiar dos Santos, considerou o resultado
positivo, pois segundo ele, no ano passado durante o seu planejamento para 2014
já se previa um ano difícil. A Romi tem uma carteira sólida, principalmente de
máquinas ferramenta e o segundo trimestre baseado nesta carteira pode manter um
quadro positivo.  “A gente visualizou um
ano bastante difícil, um ano bastante volátil em função de todos os eventos
como a copa do mundo e as eleições. A gente ainda acha que 2015 não vai ser um
ano fácil porque seja quem for o novo presidente vai ter que tomar medidas
bastante duras no sentido de contenção de gastos públicos para por o trem no
trilho de novo visando a continuidade que todo esse plano de estabilidade que o
Real nos deu e que o país hoje já não aceita mais conviver comesses níveis de
inflação”, disse.
Em Máquinas-Ferramenta, a receita operacional líquida atingiu R$ 101,3
milhões nos três primeiros meses de 2014, dos quais R$ 20,3 milhões referem-se
à consolidação da receita operacional líquida da B+W. Este montante consolidado
representou um acréscimo de 2,5%, se comparado com o mesmo período do ano
anterior. A entrada de pedidos dessa unidade teve uma performance 41,5%
superior à observada no 1T13. O crescimento da entrada de pedidos da B+W neste
período foi muito significativo, ainda assim, as máquinas Romi tiveram um
aumento de demanda de 21,1%.
Livaldo Aguiar dos Santos, disse que o maior destaque verificado nas
operações alcançados pela empresa no primeiro trimestre de 2014 foi com relação
a unidade de máquinas para plásticos. O faturamento líquido da unidade
totalizou R$ 27,8 milhões, aumento de 59,5%, em relação ao mesmo trimestre de
2013 e 22,6% acima do obtido no quarto trimestre do mesmo ano. Nesse período,
foram vendidas 53 máquinas novas, quantidade 20,5% superior à obtida no mesmo
período de 2013  que foram 44 máquinas.
Destaque para as vendas no mercado de embalagens, automobilístico, móveis,
utilidades domésticas e prestação de serviços. “O principal ponto positivo foi
a volta do negócio de máquinas para plástico gerado em caixa já com uma margem
EBITDA de 6,4% e isto de certa forma o mercado ficou um pouco surpreso
positivamente com essa performance”, conta.
A unidade de negócio Fundidos e Usinados teve receita
operacional líquida de R$ 21,6 milhões no primeiro trimestre de 2014. Foram
vendidas no período 3.731 toneladas de produtos fundidos e usinados, volume
3,7% superior ao obtido nos primeiros três meses de 2013 qe foi de 3.598
toneladas. “A recuperação gradual dos preços dos produtos Romi, as medidas
de eficiência operacional e as constantes iniciativas voltadas à contenção de
custos e despesas têm sido os principais responsáveis pelos resultados
consistentes da Companhia”, afirma.
Foto: Presidente das Indústrias Romi, Livaldo Aguiar dos Santos.
Crédito: Divulgação.

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