EMBRAPA PROMOVE DEBATE SOBRE INTERAÇÃO ENTRE PESQUISA E EXTENSÃO RURAL

Desenvolver mecanismos e
instrumentos para coordenar extensão rural e pesquisa nos níveis locais e
regionais é um dos grandes desafios do governo brasileiro. Essa foi a ideia
comum apontada em debate promovido pela Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa), em Brasília, nesta segunda-feira (7/10), durante a
Reunião de chefes de transferência de tecnologia.

O secretário da Agricultura Familiar, Valter
Bianchini, representou o ministro do Desenvolvimento Agrário, no
encontro.  Bianchini apresentou um histórico sobre a articulação entre
pesquisa e extensão, mostrando uma análise histórica da criação da Agência Nacional
de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater). Na mesa, o tema central foi
Integração Pesquisa/Extensão para Transferência de Tecnologia com enfoque na
Anater. “Quem conhece a história da pesquisa e extensão
sabe da dificuldade que é articular as duas atividades”, disse Bianchini. No
relato dos vários momentos históricos, o secretário lembrou que nos anos 90,
essa articulação ficou com as Emateres, as empresas estaduais de Assistência
Técnica e Extensão Rural (Ater). Nos últimos dez anos, houve um “processo
ascendente, uma reestruturação da política de Ater”, citou. Bianchini destacou
que atualmente o quadro brasileiro do setor inclui Ater pública e não
governamental, com mais de 20 mil extensionistas e cresceu também a Ater
privada.

“Podemos organizar um bom serviço junto a mais de
dois milhões de agricultores”, afirmou o secretário do Ministério do Desenvolvimento Agrário, que reforçou a
importância da ação da Anater para que esse objetivo seja alcançado. Entre os
principais avanços apontados, está o diálogo constante entre a Anater e a área
de transferência de tecnologia da Embrapa.  “Seja a partir dos grandes
biomas, seja  a partir da compreensão de áreas menores, temos que
articular redes e fazer um trabalho integrado”, Bianchini enfatizou.

“A Anater é mais um componente que vai nos ajudar
no processo de interlocução com a sociedade”, acrescentou o moderador do
debate, o diretor-executivo de Transferência de Tecnolgia da Embrapa, Waldyr
Stumpf Jr.

O debate contou com o secretário de Segurança
Alimentar e Nutricional, Arnoldo de Campos, do Ministério do Desenvolvimento
Social e Combate à Fome (MDS), e do secretário do Desenvolvimento Agropecuário
e Cooperativismo, Caio Tibério, do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa)

A Anater será um serviço social autônomo de direito
privado, sem fins lucrativos e interesse coletivo. A Agência terá atuação por
contrato de gestão com o poder público, estatuto próprio de contratos e
convênio e contratação de prestadores serviços de Ater.

A estrutura do novo órgão será
formada por um Conselho Administrativo (poder Executivo e entidades
representativas da agricultura familiar), um Conselho Fiscal e um Conselho
Assessor Nacional, com entidades públicas e privadas de representação de
produtores ou atuação no meio rural.  A organização terá ainda três
diretorias, ligadas à Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), à
administração e à transferência de tecnologia.  O diretor da Anater será o
mesmo diretor de tecnologia da Embrapa.

Foto: Secretário da Agricultura Familiar, Valter Bianchini
Crédito – Agência Senado.

 
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