FATURAMENTO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS CRESCE 0,3% EM OUTUBRO

15 de dezembro de 2014.
Baixo nível de crescimento da economia,
inflação relativamente elevada e piora nas condições de crédito e na confiança
do consumidor. Esse cenário fez com que o faturamento das micro e pequenas
empresas (MPEs) paulistas crescesse apenas 0,3% em outubro na comparação com o
mesmo mês de 2013. No acumulado do ano, de janeiro a outubro, o desempenho das
MPEs também não foi expressivo, com variação negativa de 0,2% na receita real comparado
a igual período de 2013. No resultado já está descontada a inflação. Os dados
são da pesquisa mensal Indicadores Sebrae-SP.
A receita total do universo das MPEs do
Estado foi de R$ 53,3 bilhões, R$ 169,6 milhões a mais do que em outubro do ano
passado e R$ 1,6 bilhão superior ao registrado em setembro de 2014.
O setor de serviços apresentou
desempenho positivo, com aumento de 9,9% no faturamento em outubro em relação a
igual mês de 2013. No mesmo período, o comércio teve queda de 5,2% e a
indústria recuo de 2,8%. Os serviços foram beneficiados pelo segmento de
transportes e armazenagem, que no ano passado registrou resultados fracos,
favorecendo o aumento mais significativo em 2014.
A Região Metropolitana de São Paulo se
destacou entre as demais regiões do Estado, em outubro, ao apresentar
crescimento de 6,6% em relação ao mesmo mês de 2013. Esse desempenho positivo
está relacionado ao setor de serviços que tem participação expressiva na
região. Por outro lado, o faturamento das MPEs do interior caiu 6%, o do Grande
ABC recuou 3,6% e o do município de São Paulo sofreu queda de 1,7%. “O fraco
desempenho da economia ao longo deste ano tem sido um grande problema para as
micro e pequenas empresas. O mercado interno é o principal consumidor de seus
produtos e como a conjuntura não é boa, o reflexo aparece no faturamento dos
negócios de pequeno porte”, afirma o diretor-superintendente do Sebrae-SP,
Bruno Caetano. “Com o pagamento do 13º salário e as vendas de Natal é possível
haver alguma melhora na situação das MPEs”, completa Caetano.
De janeiro a outubro, houve aumento de
0,7% no total de pessoal ocupado  envolvendo sócios-proprietários, familiares,
empregados e terceirizados nas MPEs do Estado. Em igual período, o rendimento
real dos empregados ficou praticamente estável, com variação positiva de apenas
0,1% já descontada a inflação e a folha de salários paga pelas MPEs paulistas
aumentou 2,1%.
A pesquisa do Sebrae-SP também levantou
as expectativas dos donos de micro e pequenas empresas para os próximos seis
meses. Em novembro, 55% dos entrevistados disseram esperar estabilidade no
faturamento do seu negócio. No mesmo mês de 2013, essa era a expectativa de
50%. No que diz respeito à economia brasileira, 49% deles acreditam na
manutenção no nível de atividade; um ano atrás, esse grupo era 54%. Mas os que
falam em piora agora são mais numerosos: 26% ante 10% em novembro de 2013. “Não
veremos este ano resultados expressivos por parte das micro e pequenas
empresas. A economia brasileira não está ajudando, há muita incerteza nesse
campo, a inflação está em patamar alto, houve uma piora na confiança dos
empresários, dos consumidores e das condições de crédito, fatores que
prejudicaram o desempenho dos empreendimentos pequenos”, explica o coordenador
de pesquisas do Sebrae-SP, Marcelo Moreira.
A pesquisa Indicadores Sebrae-SP é
realizada mensalmente, com apoio da Fundação Seade. São entrevistados 2.716
proprietários de MPEs do Estado de São Paulo por mês. No levantamento, as MPEs
são definidas como empresas de comércio e serviços com até 49 empregados e
empresas da indústria de transformação com até 99 empregados, com faturamento
bruto anual até R$ 3,6 milhões. Os dados reais apresentados foram deflacionados
pelo INPC-IBGE.
Foto: Diretor-superintendente do Sebrae-SP, Bruno Caetano.
Crédito: Divulgação.
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