FURNAS COMPLETA 56 ANOS COM RECORDE DE INVESTIMENTOS

Furnas
completou nesta quinta-feira (28/02) 56 anos de existência conduzindo o maior
processo de reestruturação da história da companhia e registrando, em 2012, o
maior orçamento de investimento dos últimos 12 anos, R$ 2,63 bilhões, executado
em percentual recorde, de 91%.

Durante
solenidade em comemoração à data, realizada na sede da companhia, no Rio, o
presidente Flavio Decat destacou as mudanças implementadas na estrutura da
empresa para adequá-la ao modelo de setor elétrico implantado em 2004 e
ajustado no ano passado pela Medida Provisória 579: “Nosso objetivo é que a reestruturação
resulte em uma empresa mais ágil, enxuta e em condições de competir em um
modelo de negócios que prioriza a modicidade tarifária. Nesse meio tempo, não
deixaremos de fazer os investimentos necessários”, afirmou.

O
presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto, ressaltou as
reformulações que irão conduzir Furnas nos próximos 50 anos: “Tenho certeza que
os novos desafios serão vencidos. Estamos mantendo todos os ativos do Sistema
Eletrobras cujas concessões venceriam até 2017. Os investimentos que já foram
remunerados para a empresa agora estão sendo remunerados em favor do consumidor
e do desenvolvimento do Brasil. Naturalmente que isso reduz a nossa receita,
mas as providências estão sendo tomadas para reduzirmos os impactos sem qualquer
ônus aos funcionários”, disse.

Na
ocasião foram homenageadas 28 personalidades que prestaram relevantes serviços
a Furnas, ao setor elétrico e ao país, entre elas o presidente da Autoridade
Pública Olímpica, Márcio Fortes, que agradeceu a colaboração da empresa para
receber os Jogos de 2016: “O projeto olímpico depende, sobretudo, de energia.
Não só para iluminação, mas para transmissão de dados, de televisão,
telecomunicações, logística, tudo demanda energia. O Comitê Olímpico Brasileiro
pede redundância. E para explicar que no Brasil não precisamos de redundância
porque o sistema é interligado, tive que falar da excelência de Furnas”,
elogiou.

Reestruturação

O
processo de reestruturação de Furnas teve início em agosto de 2011 com a
criação de uma Diretoria de Negócios, dedicada à formação de parcerias, busca
de novos empreendimentos rentáveis, participação em leilões, gestão societária
das 35 Sociedades de Propósito Específico das quais a empresa participa,
comercialização de energia e serviços. As antigas diretorias de Engenharia e de
Construção foram fundidas em uma única Diretoria de Expansão. A Diretoria de
Operação foi desonerada de atribuições administrativas e de suporte, para
melhor focar nas suas atividades de operação e manutenção, e as diretorias
Financeira e de Gestão foram otimizadas, inclusive com a criação de um Centro
de Serviços Compartilhados.

Com essa
reestruturação preliminar foi possível alinhar a empresa ao novo modelo
regulatório, e obter um melhor aproveitamento da sinergia entre os negócios de
geração e transmissão. Furnas passou a se apoiar em dois pilares básicos,
claros e distintos: o de empresa empreendedora, voltada para os novos negócios
e suportada pelos resultados de seus empreendimentos; e o de empresa operadora
e mantenedora de seus ativos, sustentada por receitas relativas a tais
serviços.

Uma
parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em 2012
possibilitou a contratação de uma consultoria de renome internacional para
complementação da reestruturação. Batizado de PRO-Furnas, o projeto tem como
escopo a otimização de processos e a elaboração de uma estrutura organizacional
de referência no mercado internacional. O PRO-Furnas já desenvolveu apurado
diagnóstico da situação da empresa, definiu ganhos em eficiência e redução de
custos. A previsão para conclusão dos trabalhos da reestruturação é abril de
2013.

O ajuste
do quadro funcional da empresa está sendo feito por meio do Plano de
Readequação do Quadro de Pessoal (PREQ), para desligamento voluntário de
empregados aposentáveis. Por meio de acordos com a Federação Nacional dos
Urbanitários e o Ministério Público do Trabalho, com aprovação do Tribunal de
Contas da União e do Superior Tribunal Federal, foi viabilizada a saída
escalonada dos empregados terceirizados.

Investimentos

Do
orçamento total de 2012, foram investidos R$ 665 milhões no reforço, manutenção
e implantação de novos empreendimentos de transmissão. Outros R$ 265 milhões
foram investidos na área de meio ambiente e infraestrutura. O parque gerador
recebeu cerca de R$ 1,7 bilhão, destacando-se as parcerias nas usinas de Santo
Antônio e Teles Pires e as conclusões de Simplício e Batalha. Furnas realizou
apenas no ano passado, 33 obras de modernização e reforço em 13 importantes subestações,
como parte de seu Plano Geral de Empreendimentos de Transmissão em Instalações
em Operação, o PGET.

Sobre Furnas

Mais de
40% da energia consumida no Brasil passa pelo sistema de Furnas, que utiliza a
força da água para gerar 95% de sua energia por meio de hidrelétricas, o
equivalente a 10.400 MW. São 15 usinas hidrelétricas, duas termelétricas,
aproximadamente 20 mil quilômetros de linhas de transmissão e 54 subestações.

A empresa
reafirma o seu compromisso com a produção de energia limpa e renovável a partir
da diversificação de suas fontes de geração, sobretudo no segmento eólico, com
a construção de 17 parques no Nordeste do país. Juntas, as centrais geradoras eólicas somam 502 MW de
potência instalada.

No
segmento hídrico, a empresa segue seu plano de
expansão e está construindo quatro novas usinas hidrelétricas – Santo Antonio
(RO), Teles Pires (MT/PA), Simplício (RJ/MG) e Batalha (GO/MG), além de 28
linhas de transmissão e 15 subestações, com recursos próprios e em parceria com
a iniciativa privada.

Até 2016, Furnas acrescentará
mais 5.859 MW ao Sistema Elétrico Brasileiro, um crescimento de 50% em relação
aos 11.366 MW atuais, superando 17 mil MW de capacidade instalada. Esses novos
projetos representam 131 mil empregos e energia para mais 18,6 milhões de
brasileiros.
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