GOVERNO BRASILEIRO LANÇA CERTFICAÇAO PARA IMPULSIONAR A INDÚSTRIA DE SOFTWARE

O mercado
brasileiro de softwares é o maior da América Latina e está entre os 10 maiores
do mundo, com crescimento de 8% ao ano. Está com mais de 600 mil empregos
diretos e é um mercado de US$ 19 bilhões. Nesta terça feira (18/06) um
importante passo foi dado beneficiando o setor. Em
cerimônia realizada no Centro de Tecnologia da Informação (CTI) Renato Archer,
em Campinas (SP), o secretário de Políticas de Informática do Ministério da
Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Virgilio Almeida,  anunciou o início do processo de certificação
CERTICS, que é um marco importante na construção do Brasil digital, por
valorizar as atividades de concepção, engenharia e desenvolvimento de software no
país. Toda a regulamentação da tecnologia em detalhes está publicada no Diário
Oficial da União desta quarta feira (19/06). Durante dois meses será realizado
o credenciamento de entidades e o treinamento de avaliadores. No dia 19 de
agosto começa o processo para as empresas pleitearem a certificação.

A CERTICS
é uma certificação que tem como objetivo verificar se um software é resultante
de desenvolvimento e inovação tecnológica realizados no Brasil. A princípio
será utilizada como referência para concessão de margem de preferência em
compras públicas, mas prevê-se também sua utilização em outros mecanismos de
fomento e incentivo ao setor de software no Brasil.

Segundo o coordenador-geral de Software e Serviços de TI da
Secretaria de Política de Informática (Sepin/MCTI), Rafael Moreira, empresas de capital
estrangeiro poderão ter software certificado, desde que comprovem que o seu
desenvolvimento promoveu a geração de competências em quatro áreas avaliadas
pela metodologia CERTICS que envolvem desenvolvimento tecnológico, gestão de
tecnologia, gestão de negócios e melhoria contínua.

O diretor presidente do CTI
Renato Archer, Victor Mammana, acredita que cerca de 500 certificações sejam emitidas
ainda este ano. A previsão é de 1.800 certificações em 2014. Para 2015, 2.600 certificações
e para 2016, 2.800 certificações. “De
imediato a gente imagina que tenha umas 3 mil empresas que vão poder se
beneficiar das certificações de softwares de imediato. No total é um mercado de
10 mil empresas. É um potencial muito significativo e crescente de certificação”,
diz

Uma
equipe multidisciplinar com, aproximadamente, 30 profissionais do CTI Renato Archer
(Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer) e da Facti (Fundação de
Apoio à Capacitação em Tecnologia da Informação) é responsável pela metodologia
da CERTICS. “O CTI é uma unidade de pesquisa que atua na fronteira do
conhecimento em tecnologia da informação, comprometida com a geração de
conhecimento voltado para as demandas da sociedade. Essa certificação é uma
nova oportunidade que temos de servir o país”, explicou Mammana.

Victor
Mammana deixou claro que a certificação é para produtos e não para empresas. “Não
é uma certificação para empresas. É uma certificação para produtos. Ele não vai
certificar se a empresa é nacional ou não, mas vai certificar se o produto gera
competências de valor agregado em inovação no Brasil. Uma empresa americana que
esteja no Brasil e que tenha feito o desenvolvimento, ela pode receber o
certificado por determinado produto. Qualquer empresa de software que tenha
interesse de comprovar que ela gerou competências na área de software no Brasil,
ela pode obter o certificado”, diz.

Durante seu desenvolvimento a
CERTICS contou com a participação de diversos públicos, tendo sido submetida a
dois painéis de especialistas, a uma aplicação piloto em 12 empresas de software, além de uma pesquisa com 49
micro e pequenas empresas para validação da adequação da CERTICS para empresas
destes portes.

Em seguida, a metodologia foi
apresentada à sociedade para apreciação em uma Consulta Pública, durante o
período de quatro meses entre 20 de agosto de 2012 e 12 de dezembro de 2012. O
objetivo foi colher contribuições e validar seus conceitos, estrutura lógica e
corpo de conhecimentos, além de também dar ciência da construção dessa Metodologia
à sociedade brasileira, recebendo um total de 333 comentários. “O pesquisador
brasileiro, o cientista e o engenheiro são muito criativos. São muito
inovadores e essa vocação como CERTICS vai ser muito estimulada. Os primeiros
trabalhos de certificação de âmbito nacional que a gente tentou fazer aqui no
CTI para atender algumas das normas que já existiam, pois algumas regras são
antigas e outras são mais recentes e datam do início dos anos 2.000 e era muito
difícil essa equação que conseguiu atender de uma forma uniforme todos os
modelos de negócios representados por várias associações e o Virgilio acertou
muito a mão porque ele produziu uma metodologia com a nossa equipe aqui de
ouvir as associações”, avaliou.

As
empresas com software certificado
serão as principais beneficiárias com a CERTICS, na medida em que passam a ter
preferência em licitações públicas. O certificado é também uma forma de
comunicar ao mercado, de forma legítima, suas práticas e competências
tecnológicas. A Certificação CERTICS de um software pode ser obtida de três a quatro semanas e é
válida por 24 meses.


também perspectiva de uso da CERTICS em outros instrumentos de políticas
públicas, tais como a concessão de crédito para investimento em pesquisa,
desenvolvimento e inovação. A certificação é voluntária e poderá ser pleiteada
a qualquer momento a partir do dia 19 de agosto de 2013.

Simples,
objetivo, rápido e acessível o processo é apoiado por uma plataforma dedicada
denominada CERTICSys. O processo é realizado em três etapas: Cadastramento on-line, Avaliação e Certificação. O cadastramento é o
primeiro passo. A empresa interessada faz sua inscrição para iniciar o processo
de avaliação na plataforma CERTICSys, que será disponibilizada no dia 18 de
julho de 2013 no site da CERTICS (www.certics.cti.gov.br). Nesta plataforma é possível fazer uma simulação
da avaliação de um determinado software.

Após
o cadastramento on-line, a organização interessada pode contratar uma
avaliação. A avaliação envolve a preparação e realização de uma visita à
organização por avaliadores CERTICS. Nessa visita, serão analisadas evidências
do desenvolvimento e inovação tecnológica do software. O resultado será validado pelo CTI Renato
Archer e comunicado à organização.

Foto 1 – Secretário de Políticas de Informática do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Virgilio Almeida.

Foto 2 – Diretor presidente do CTI Renato Archer, Victor Mammana.

Crédito: Divulgação.

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