IBEF CAMPINAS INTERIOR PAULISTA VISLUMBRA UM 2023 DE MUITOS DESAFIOS

Acompanhando cautelosamente a evolução do cenário macroeconômico e político do país,o IBEF Campinas Interior Paulista (Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças) acredita que somente quando iniciarem as ações efetivasda gestão do governo recém-empossado é que haverá um horizonte mais claro do rumo que a economia irá tomar. “Importante lembrar também que as incertezas não só se atêm ao Brasil, mas a toda a economia mundial, com a população saindo de uma pandemia, uma guerra no meio do caminhogerando a escassez e afetando os preços das comodities, problemas climáticos, problemas imigratórios, inflação e taxas de juros elevadas”, explica o presidente do IBEF Campinas Interior Paulista, Valdir Augusto de Assunção.

A despeito da recessão mundial em 2022 decorrente, principalmente, da pandemia,ele acredita que o Brasil teve avanços relevantes nos últimos anos com destaque para o agronegócio e a privatizaçãode empresas estatais, ainda que, neste último caso, aquém do esperado face a questões regulatórias. “Se por esse lado tivemos avanços, por outro andamos de lado nas aberturas de capital de empresas privadas, em investimentosem infraestrutura, além do impacto das commodities que tiveram seus preços lá em cima, entre elas o aumento do petróleo e minério de ferro no mundo, o que ajudou a frear a economia. Além disso, tivemos pouco crescimento da indústria de transformação e do comércio em função da inflação e das altas taxas de juros”, diz.

Para 2023, ainda com todas as incertezas, Augusto de Assunção acredita que haverá crescimento, mesmo que pouco. Segundo ele, o gasto do governo federal deve ser maior em função da PEC da Transição,que exclui do teto de gastos os valores com o Bolsa Família. Além disso, prevê que as taxas de juros e a inflação ainda continuarão elevadas em 2023.

Por outro lado, com o programa de transferência de renda, o consumo de bens e serviços deve aumentar com a elevação da renda média da população mais necessitada. “Também acredito que o real não deva se desvalorizar frente a outras moedas, pois temos reservas estrangeiras suficientes, balança comercial superavitária e somos um país com enorme potencial exportador de commodities e produtos manufaturados”, esclarece o presidente do IBEF.

De acordo com o executivo, existe uma expectativa grande de que as empresas retomem seus planos de investimento, afinal, o Brasil ainda tem muitas frentes para isso: saneamento, infraestrutura para rodovias, portos, aeroportos, energia limpa, agronegócio e muitas outras. “Somos um país estratégico e agora ainda mais privilegiado para investimentos de fora, pois reunimos diversos fatores positivosque outros países de nossa dimensão não tem,comouma legislação consolidada, cumprimos contratos, somos abertos à diversidade, não temos conflitos geopolíticos, temos contingente de mão de obra, nossas terras são férteis e temos as condições climáticas também a nosso favor. Tudo isso gera um ambiente de menor risco para os investidores e, portanto, mais segurança”.

Com relação ao índice de desemprego, o presidente do IBEF acredita que o patamar atual de cerca de 9% tende a reduzir para 2023 se mantido um ambiente político estável, apesar da escassez de mão-de-obra qualificada em áreas como tecnologia da informação, engenharia e finanças, inclusive em serviços técnicos mais especializados, por exemplo. “É comum os empresários se queixarem de que não conseguem preencher o quadro de funcionários por falta de profissionais qualificados”, afirma Augusto de Assunção.  “Nós não tivemos foco de investimento nisso quer seja com formação acadêmica ou cursos profissionalizantes, assim como tem feito países desenvolvidos. Portanto, hoje perdemos profissionais qualificados para empresas no exterior. Eles trabalham remotamente para essas empresas e ganham em dólar. Não dá para competir e será necessário se debruçar sobre esse assunto de qualificação e requalificação dos profissionais com vistas para o futuro”, afirma.

E para finalizar, o presidente do IBEF Campinas Interior Paulista espera que,dentre outras prioridades, o novo governo foque de fato na tão aguardada reforma tributária para propiciar um ambiente tributário mais competitivo e menos oneroso para as empresas e cidadãos e, acima de tudo, mais justo.

 

Foto: Presidente do IBEF Campinas Interior Paulista, Valdir Augusto de Assunção.

Crédito: Divulgação.

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