IMAGEM CORPORATIVA AINDA É DESAFIO

COLUNA DO JORNALISTA NELSON TUCCI

Sabe aquele sujeito mal-ajambrado, achavascado, que ao chegar em uma festa, reunião de amigos ou mesmo no boteco tradicional da turma, espalha a roda? Então, ele pode até ser boa pessoa, ter um DNA irreprochável, mas a maioria vai querer se sentar longe dele.

Cá pra nós, se a imagem é ruim o que te encoraja a experimentar o produto? Isso acontece com pessoas (homens, principalmente, e mulheres) e também com empresas. A lei do produto de “segunda linha” não é favorável aos desleixados; a menos que este (a) consumidor (a) também o seja.

Quando você é fiel a uma marca (seja ervilha, massa, sabão em pó, refrigerante ou outro item) inconscientemente há uma identificação com ela, ao que ela representa, aquilo que te oferece. Perfume, beleza, rendimento, robustez, praticidade e por aí vai… Muitas vezes o laço com o consumidor é a credibilidade que a marca conquistou e, por isso, você joga no carrinho de compra qualquer produto por ela manufaturado, sem medo de errar.

Pessoas e empresas precisam ter uma boa imagem. E aqui não se trata de beleza plástica pura e simplesmente. Ninguém precisa nascer com a cara do Brad Pitt, a voz do Milton Paes, ou rosto, corpo e simpatia da Gisele Bündchen (pra ficar só nesses ícones maduros). No entanto, é importante que tenha cabelos limpos, barba feita/aparada, gestos civilizados, roupas cuidadas e hálito imperceptível.

Daí por diante cada qual vai acrescentando o “seu diferencial”.

Empresas precisam ser pró-ativas também nesta questão. Uma imagem forte e catalisadora gera valor. E disso não se tem mais dúvida, porque há marcas muito, mas muito mais caras que seus ativos físicos somados. É importante notar que nem todas as que você conhece são descoladas, agressivas ou estão na conta da maioria (aliás, a maioria não é assim), mas é necessário que ofereçam segurança ao consumidor. E esta “segurança” começa com uma contabilidade limpa, um RH eficiente, equipes treinadas, diretoria comprometida com as melhores práticas de governança e u ma comunicação assertiva.

Como se vê, não é passe de mágica. É propósito, honestidade. Dito isto, se alguém tem a ideia de “dar uma roupagem nova” para uma marca / produto capenga e não faz a lição de casa antes, se igualará – com as devidas proporções – ao sujeito achavascado do início desse texto. Resistir em fazer a coisa certa não é boa política. Faça-a enquanto é tempo.

Imagem corporativa é coisa séria e precisa ser solidamente construída, antes que alguma concorrente a mande chafurdar na última classificação do ranking e, pior ainda, o seu consumidor saiba disso.

 

Nelson Tucci é jornalista profissional diplomado, autor de três livros sobre História do Brasil, Mercado de Capitais e Terceiro Setor (Jovem Aprendiz). Trabalha no quarto livro, sobre pessoas com Esclerose Múltipla, escreve sobre sustentabilidade e é palestrante nas horas vagas.

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