O GERENTE COMO AGENTE DE MUDANÇA

01 de abril de 2015.
COLUNA DO PROFESSOR ROBSON PANIAGO.
Os gerentes são catalisadores para a
mudança e administram o processo de mudança. A abordagem do agente de mudança
passou por três fases de evolução:
1.        Nos anos 1950, os gerentes concebiam e executavam programas de mudança
planejada.
2.        Nos anos 1980, os gerentes utilizavam a TQM para a mudança e a melhoria
contínua.
3.        No século XXI, os gerentes precisam implementar mudanças abruptas,
radicais.

A abordagem do
gerente-como-agente-de-mudança é compatível com o mundo inconstante do
trabalho. Os gerentes precisam adaptar-se à mudança e iniciá-la no interior de
suas organizações. Os gerentes modernos devem ser especialistas nas seguintes
habilidades: prosperar no caos, ser treinador, delegar poder aos funcionários,
compartilhar informações e ter sensibilidade às diferenças.
As ambiguidades do local de trabalho
têm aumentado o stress e a estafa entre os gerentes. Os gerentes de sucesso
prosperam na incerteza e convertem a mudança rápida em oportunidade.
Predominando na maior parte deste
século, o gerente-como-chefe tomava decisões, dava ordens e controlava as
atividades. Os gerentes de hoje precisam praticar a orientação, o encorajamento
e a motivação para criar um ambiente onde os trabalhadores possam se superar.
Os gerentes estão abrindo mão de sua
autoridade e delegando poder a seus funcionários. Aqueles aos quais se ensinou
que os gerentes deveriam ser pessoas que “assumem o comando” e não compartilham
a autoridade para tomar decisões têm encontrado dificuldades para adaptar-se à
delegação de poder aos funcionários.  A fonte de autoridade pode se basear
nos grupos de trabalho.
Os gerentes tradicionais controlavam
as informações porque compartilhá-las significaria aumentar o poder dos
trabalhadores. Uma vez que os indivíduos e as equipes aos quais se delega poder
precisam estar a par das informações para realizar seus trabalhos, os gerentes
contemporâneos devem ser “canais”, captando e compartilhando informações com os
membros de suas unidades. Alguns gerentes se sentem ameaçados por compartilhar
informações com os funcionários.
Embora os valores, necessidades,
interesses e expectativas dos trabalhadores nunca tenham sido homogêneos, esses
elementos variavam menos antes dos anos 1970 do que agora. Os gerentes de hoje
não podem supor que todos os trabalhadores tenham desejos, necessidades e
motivações semelhantes. Dessa forma, devem estar alertas a diferenças e
preconceitos como os de sexo, raça, idade no local de trabalho.
Apesar do downsizing, das hierarquias
organizacionais achatadas e da delegação de poder aos funcionários, os níveis
gerenciais da maioria das empresas permaneceram quase inalterados. Essa
estabilidade pode ser explicada por quatro fatores. Primeiro, pelo maior número
de funcionários que têm assumido responsabilidades gerenciais: planejando
orçamentos, organizando horários, contratando membros de equipe e representando
a organização. Segundo, porque o crescimento das pequenas empresas aumentou a
necessidade de gerentes. Terceiro, porque os cargos administrativos se
multiplicaram e se tornaram mais sofisticados, com isso exigindo mais gerentes.
Quarto, porque a expansão em escala mundial das companhias aumentou a
necessidade de gerentes.
Ser gerente é saber ser estratégico,
comportamental e operacional..
Robson Paniago é Administrador Tecnológico &
Social e professor da IBE-FGV
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