SARAU MULTISSENSORIAL EM CAMPINAS TERÁ LANÇAMENTO DE LIVRO, VERNISSAGE, MÚSICA E DANÇA

16 de setembro de 2015.
A vernissage de “Caminhos de Joaquim”, nova série de obras da artista plástica Lygia Eluf, e o lançamento do livro “República de Campinas – Cenas da memória afetiva e política da cidade”, do jornalista José Pedro Martins e do fotógrafo Martinho Caires, são algumas das atrações do Sarau Multissensorial, que será realizado nesta quinta feira (17/09), no A Cabrita Café, que fica na Rua Dr. Heitor Penteado, 1085, no distrito de Joaquim Egídio, em Campinas (SP).

Em cenário que evoca a preocupação com a proteção dos recursos naturais, na Área de Proteção Ambiental (APA) de Campinas, o evento acontece a partir das 17 horas e também terá apresentação música, dança e exibição de filmes, entre outras atrações. O encerramento está previsto para 23 horas. O evento foi organizado pelas curadoras Ligia Testa, Flávia Pupo Nogueira e Heloisa Cavaleri.

Referência na prática e no ensino das artes visuais, Lygia Eluf selecionou 11 dentre os quase duzentos desenhos em pastel para a exposição “Caminhos de Joaquim”, todos produzidos em 2014. A artista tem forte relação com o lugar onde vive e, atualmente, a sorte é do distrito de Joaquim Egídio, em Campinas. Ali, ela pode alimentar sua alma de paisagens e cores que redescobre solitária e cotidianamente em suas caminhadas por trilhas e matas. 

Flávia Pupo Nogueira, amiga e vizinha, que concebeu o projeto do Sarau Multissensorial, diz que Lygia Eluf respira arte e a arte é o lar de Lygia, basta vê-la deslizando soberana entre telas e esculturas que ocupam todos os cômodos de sua casa, de forma abundante, mas agradável, aquela casa típica de artistas raros, na qual tudo fala de estética e gosto apurados. “As cores que Lygia derrama sobre as telas dizem tudo sobre ela e sobre sua obra”, diz Flávia.

Para a curadora Lígia Testa, se esta exposição de Lygia requeresse acompanhamento poético, ele teria que vir de Manoel de Barros, pois ela nunca esteve tão próxima às coisas da terra como agora. E, de fato, poemas de Barros serão uma das atrações do Sarau Multissensorial, declamados pela Lisa França, artista e professora de Artes.

O livro “República de Campinas”, de José Pedro Martins e Martinho Caires, foi editado pela PCN Comunicação, como um projeto aprovado em 2014 pelo Fundo de Investimentos Culturais de Campinas (FICC), ligado à Secretaria Municipal de Cultura. O livro reúne 16 espaços e joias arquitetônicas que lembram a vocação republicana de Campinas. A cidade, lembram os autores, é o berço do movimento republicano, cuja vitória em 1889 representou o início de uma nova era para a política, a economia, a sociedade e a cultura no Brasil.

Entretanto, a intenção do livro não é apenas a lembrança do passado, mas destacar a vocação republicana como inspiração para as demandas da sociedade contemporânea. Afinal, a República ainda não foi conquistada na integridade. “Campinas é uma cidade com vocação republicana. A República brasileira em suas contradições, configurada como território de busca do bem comum, dos direitos fundamentais do ser humano e, ao mesmo tempo, pontilhada por ilhas de privilégio, salpicada com manchas de arbítrio e exclusão”, afirmam os autores, logo na introdução do livro.  

José Pedro Martins é jornalista e escritor. Tem livros publicados em história, meio ambiente, cultura e cidadania. “República de Campinas” é seu 70º livro publicado, de autoria própria ou em parceria, como este com  Martinho Caires.

Fotógrafo, fotojornalista e artista de imagens, Martinho Caires também é produtor cultural e profissional de marketing. Participou em mais de 60 exposições individuais e coletivas. Venceu os concursos Fotografe Campinas e Painel Fotográfico Hércules Florence. Para o livro “República de Campinas”, Martinho fotografou com sensibilidade, harmonia de sombras e luzes alguns edifícios, espaços públicos e episódios que trazem orgulho, seja ao campineiro seja ao morador, pelo pertencimento a estas  paragens. “Uma comunhão de sonhos e afetos”, como definem os autores.

Além da vernissage de “Caminhos de Joaquim”, lançamento do livro “República de Campinas” e leitura de poemas de Manoel de Barros, o Sarau Multissensorial terá outras atrações. Caso da apresentação do duo Katia Kato no oboé e Zuza Rodrigues no violão. Katia Kato é doutora em Música na pós da Unicamp, onde concluiu mestrado e bacharelado em Música. Foi oboísta da Orquestra Sinfônica da Unicamp por 16 anos. É docente do curso de licenciatura em música da Faculdade Nazarena do Brasil e desenvolve atividade camerística como oboísta. Zuza Rodrigues é violonista com uma longa trajetória. O duo apresentará obras populares e eruditas, de jazz a bossa nova.

O espaço escolhido pelas curadoras Ligia Testa e Flavia Pupo também não foi casual. Trata-se do café A Cabrita, que faz parte da ASSUMA – Associação para Sustentabilidade e Meio Ambiente, organização de promoção do convívio social, resgate da história e construção participativa do cotidiano cultural, artístico e educacional da comunidade do distrito de Joaquim Egídio. O nome Cabrita faz homenagem à antiga Maria Fumaça que percorria o Ramal Férreo Campineiro, no início do século passado, e até hoje boa parte da população a tem viva na memória. A proposta da cafeteria é apresentar alimentos orgânicos e matéria prima, na sua maioria, produzidos no local.

 

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