NA HORA DE CONTRATAR: TAMANHO DE MULTINACIONAL, CABEÇA DE STARTUP

ARTIGO DE MATEUS BAUMER

Quantas vezes você viu sua área ou empresa dispender tempo e recursos para realizar um projeto que demorou muito mais tempo que o previsto e, quando ele foi concluído, nem o implementou? Esta realidade é muito comum, ainda mais nesse período de revolução tecnológica. Os motivos são diversos: vão desde erros de definição do escopo, falta de patrocinador, atrasos inaceitáveis, mudança de cenário ao longo do projeto, escolha do fornecedor ou tecnologia.Matheus_CEOs_baixa.jpg180326_161428180607_111225

Tanto empresas quanto fornecedores sabem que os processos de contratação realizados via RFIs e RFPs são muito burocráticos. E é justamente essa falta de agilidade no processo que faz com que o produto ou o serviço esteja defasado em relação à proposta inicial: seja por uma questão mercadológica ou de necessidade interna da própria empresa contratante, que pode mudar nesse período.

Por essa razão, alguns fornecedores e clientes já iniciaram mudanças importantes para minimizar os problemas apontados. As empresas, com novos processos para contratação via um tipo de hackaton, nos qual, inicialmente, selecionam um grupo de fornecedores e disponibilizam equipe de colaboradores multidiciplinares por alguns dias, exclusivos para cada fornecedor que, juntos, desenvolvem um projeto piloto o mais próximo possível de seus objetivos.

Já os fornecedores estão adaptando seus modelos de negócios a essas transformações, excluindo da sua oferta de valor o risco, porque sabem que as empresas querem, e precisam, inovar mais rapidamente. Querem um fornecedor que traga mais velocidade. Nesses casos, o mais comum é desenvolver projetos pilotos de maneira gratuita, e cobrar 100% por uso e performance.

Neste novo cenário, após esse período com os diversos fornecedores, quando as empresas chegam à decisão sobre quem contratar, as equipes já se conhecem, sabem do cenário, a solução já foi testada e o projeto faz sentido para ambos, minimizando eventuais desconhecimentos do cenário X proposta de valor.

Essa é uma tendência que curiosamente começa em empresas de grande porte (clientes) e startups (fornecedoras), principalmente em projetos mais inovadores. Além da segurança de adquirir uma tecnologia que realmente funciona e está adequada às suas necessidades, as empresas conseguiram reduzir o tempo de implantação de novos projetos a cerca de ¼ do período que levava para concluir esse processo.

Os benefícios desse cenário já são concretos e só reforçam que a mudança na relação empresa X fornecedor tem tudo para se estabelecer em todas as áreas de companhias dos mais variados segmentos. Quem ainda não se atentou a isso, vai ter que correr contra o tempo para, pelo menos, tentar se manter competitivo em seu mercado de atuação. De qualquer maneira, já correrá atrasado.

Mateus Baumer é formado em Administração pela ESPM (SP), com pós-graduação em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral, Mateus é um dos sócios da BlueLab, responsável pela diretoria de marketing e vendas da companhia. Nessa função, desenvolve a estratégia de vendas, sempre com foco na evolução do modelo de negócios, na experiência do usuário e nas diversas plataformas tecnológicas. Além disso, faz questão de participar da contratação de todos os novos profissionais da empresa.

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