03 de abril de 2015.
Com a grave situação na economia do
país, muitos produtos sofreram um grande aumento no preço. Outro agravante fez
com que os valores disparassem: a alta do dólar. Comemorada neste domingo, 5 de
abril, os itens mais comuns da Páscoa, como, ovos de chocolate, bacalhau e
azeite, também sofreram reajustes ocasionados pela crise e estão impactando
negativamente o bolso do consumidor.
país, muitos produtos sofreram um grande aumento no preço. Outro agravante fez
com que os valores disparassem: a alta do dólar. Comemorada neste domingo, 5 de
abril, os itens mais comuns da Páscoa, como, ovos de chocolate, bacalhau e
azeite, também sofreram reajustes ocasionados pela crise e estão impactando
negativamente o bolso do consumidor.
A Páscoa é a sexta
data comemorativa mais importante para o varejo, só perdendo em volume de
vendas para o Natal, o Dia das Mães, o Dia dos Pais, o Dia das Crianças e o Dia
dos Namorados. De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens,
Serviços e Turismo (CNC), a Páscoa deverá movimentar R$ 2,60 bilhões este ano
em todo o Brasil. Os números representam a primeira queda em 11 anos se comparadas com os resultados até o ano passado.
Segundo uma
pesquisa publicada em meados de março pelo departamento de economia da ABRAS
(Associação Brasileira de Supermercados), para a maioria dos supermercadistas,
a data deverá registrar queda ou manutenção no volume de vendas em relação ao
último ano.
pesquisa publicada em meados de março pelo departamento de economia da ABRAS
(Associação Brasileira de Supermercados), para a maioria dos supermercadistas,
a data deverá registrar queda ou manutenção no volume de vendas em relação ao
último ano.
A projeção aponta um recuo de 0,5% em
relação à Semana Santa de 2014. No ano passado, as vendas cresceram 3% em
relação às de 2013, já descontada a inflação. Desde 2004, quando o faturamento
real apontado foi 4,8% menor que o do ano anterior, a Páscoa não apresentava
queda.
relação à Semana Santa de 2014. No ano passado, as vendas cresceram 3% em
relação às de 2013, já descontada a inflação. Desde 2004, quando o faturamento
real apontado foi 4,8% menor que o do ano anterior, a Páscoa não apresentava
queda.
Para o professor de
Economia da IBE-FGV, Paulo Ferreira, além desses fatores, outros aspectos
fizeram com que esses itens assustassem o consumidor na hora da compra. “Em
2014 não havia o efeito do desemprego, tivemos aumento nesse índice e neste ano
o número de desempregados é grande”, ressalta.
Economia da IBE-FGV, Paulo Ferreira, além desses fatores, outros aspectos
fizeram com que esses itens assustassem o consumidor na hora da compra. “Em
2014 não havia o efeito do desemprego, tivemos aumento nesse índice e neste ano
o número de desempregados é grande”, ressalta.
Outro aspecto a ser
considerado é a quantidade de cacau consumida no país. Em 2014, o aumento no
consumo do produto fez com que especialistas afirmassem que a matéria-prima
poderia acabar em alguns anos, pois os produtores não conseguem mais produzir a
quantidade de cacau consumida pela população.
considerado é a quantidade de cacau consumida no país. Em 2014, o aumento no
consumo do produto fez com que especialistas afirmassem que a matéria-prima
poderia acabar em alguns anos, pois os produtores não conseguem mais produzir a
quantidade de cacau consumida pela população.
O Brasil é o
terceiro maior consumidor de produtos de chocolates em todo o mundo. O consumo
per capita é de 2,8 kg/ano. Considerando a demanda maior que a oferta do
produto, os preços tendem a subir. É o que revela a ABICAB (Associação
Brasileira da Indústria de chocolates, cacau, amendoim, balas e derivados). “Não só o consumidor sentiu o impacto
da crise, a indústria chocolateira também. Essa situação interferiu na produção
e importação dos produtos. Muitos empresários tentaram segurar os repasses, mas
acabaram passando o reajuste para o consumidor final. A expectativa econômica é
de ajustes nas contas públicas, menos gastos do governo, ajuste fiscal,
inflação e juros altos”, diz o professor.
terceiro maior consumidor de produtos de chocolates em todo o mundo. O consumo
per capita é de 2,8 kg/ano. Considerando a demanda maior que a oferta do
produto, os preços tendem a subir. É o que revela a ABICAB (Associação
Brasileira da Indústria de chocolates, cacau, amendoim, balas e derivados). “Não só o consumidor sentiu o impacto
da crise, a indústria chocolateira também. Essa situação interferiu na produção
e importação dos produtos. Muitos empresários tentaram segurar os repasses, mas
acabaram passando o reajuste para o consumidor final. A expectativa econômica é
de ajustes nas contas públicas, menos gastos do governo, ajuste fiscal,
inflação e juros altos”, diz o professor.
De acordo com dados
mais recentes do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15), os bens e
serviços mais demandados durante a Semana Santa acumularam alta de 9,1% nos 12
meses encerrados em março de 2015, destacando-se o aumento nos preços de
chocolates (+10,9%) e pescados (9,3%). “O dia das mães pode repetir o fraco
desempenho da Páscoa, talvez menos, pelo significado da data”, é o alerta do
economista, Paulo Ferreira.
mais recentes do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15), os bens e
serviços mais demandados durante a Semana Santa acumularam alta de 9,1% nos 12
meses encerrados em março de 2015, destacando-se o aumento nos preços de
chocolates (+10,9%) e pescados (9,3%). “O dia das mães pode repetir o fraco
desempenho da Páscoa, talvez menos, pelo significado da data”, é o alerta do
economista, Paulo Ferreira.
Foto: Compras de Páscoa.
Crédito: Divulgação.