ARTIGO – EMPRESAS DE ALTO CRESCIMENTO E RENTABILIDADE NO BRASIL ATRAEM INVESTIDORES

Reginaldo Gonçalves*
As empresas brasileiras e as que estão instaladas aqui, principalmente
as que não possuem capital aberto, estão na mira de investidores
internacionais, através das modalidade de Private Equity e Venture Capital.
Embora estes modelos de investimentos tenham objetivos específicos, nada mais
são do que recursos novos colocados na instituição, buscando a melhoria
continua dos seus negócios e a oportunidade de gerar lucros consistentes.
O Private Equity tem como finalidade básica oportunizar a reestruturação
da empresa para abertura do seu capital. No Venture Capital, a preocupação é
estabelecer alicerces para pequenas e médias empresas que têm potencial para
crescer e remunerar o capital para que possam ter sócios ou acionistas novos,
que participam do empreendimento e cobram postura dos dirigentes contratados em
nível de resultado. Outras formas existem no mercado, mas essas vêm chamando a
atenção há algum tempo, em virtude da velocidade como os investidores estão aportando
esses fundos que buscam empresas emergentes.
Uma das situações que foi efetuada através do Private Equity foi o caso
da Tok & Stok, na qual, há algum tempo, o Banco BTC Pactual arquitetava a
venda para grupos brasileiros, como Casas Bahia, Magazines Luíza, Máquinas de
Vendas etc, mas, sem sucesso. Recentemente, foi confirmado pelo Banco BTC
Pactual a venda para a empresa multinacional Carlyle Group, por cerca de R$ 1
bilhão. No ano de 2011, o faturamento fechou em torno de R$ 750 milhões, mas a
meta é atingir em 2012 o patamar de R$ 900 milhões, contando com dois mil
colaboradores
Outra empresa com alto potencial de rentabilidade e controle familiar
negociada recentemente é a Daneva, através de Joint Venture com a Legrand. No
ano de 2011, o faturamento girou em torno de R$ 68,2 milhões aproximadamente.
Ela conta com 500 colaboradores. A participação adquirida foi de 51%, com a
perspectiva de compra da sua totalidade a partir de 2014. O preço da negociação
não foi revelado.
Os principais motivos da formação desses fundos privados é buscar
alternativas de investimentos em empresas que possuem como característica
rentabilidade e oportunidades de crescimento, objetivando-se garantir aos
investidores alternativas viáveis e seguras de negócio. Para as empresas
adquiridas muda significativamente a postura e forma da gestão, deixando muitas
delas de efetuar as transações de maneira doméstica e avançando para um padrão
mais profissional. A exigência em busca dos resultados é fator preponderante,
com necessidade de autoria interna e externa na condução da gestão empresarial.
Em algumas delas é implantada a governança corporativa, para que os
proprietários que fazem a gestão não se envolvam com a parte operacional e
passem a ser agentes fiscalizadores das diretorias contratadas.
Para o Brasil, essas modalidades de investimento podem auxiliar o
mercado como um todo a crescer de modo sustentável, permitindo vislumbrar
estratégias futuras de expansão, a troca de sinergia e aprendizado, com
melhoria dos produtos e/ou das estratégias de vendas. Trata-se de um processo
de aporte de recursos em atividades produtivas que poderão agregar valores e
melhorar a competitividade em diversos segmentos, tanto no mercado interno como
também no externo.
*Reginaldo Gonçalves é coordenador de Ciências Contábeis da FASM
(Faculdade Santa Marcelina).
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