ASSOCIAÇÃO CAMPINAS PARKINSON TEM COMO PRINCIPAL MISSÃO BUSCAR E AUXILIAR PORTADORES DA DOENÇA

O Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença de Parkinson – 11 de abril, marca a data de nascimento de James Parkinson, médico inglês, que em 1817 publicou pela primeira vez um estudo sobre a doença, que assim seria denominada em sua homenagem. Passados 206 anos, a discriminação ainda é um dos principais problemas, conforme a Associação Campinas Parkinson (ACP). Para a diretoria da ACP, o maior desafio é descobrir os portadores de Parkinson. Pelas características do Parkinson, que em geral provoca tremores nas pessoas, elas têm vergonha, se sentem discriminadas e se escondem dentro de casa. O trabalho da entidade está voltado para a inclusão social dessas pessoas. Em torno de 0,1% da população mundial tem essa doença e a sua presença nas faixas mais jovens de idade tem aumentado nos últimos anos. No Brasil, a estimativa é de mais de 200 mil portadores de Parkinson.

A médica neurologista, Laura Moriyama, que atua como voluntária na Associação Campinas Parkinson (ACP), afirma que a doença de Parkinson é uma condição neurológica, que pode levar a dificuldades para realizar movimentos, caminhar e até mesmo executar tarefas domésticas. “No Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença de Parkinson, é importante abordarmos sobre formas para enfrentar melhor essa condição, incluindo como equalizar a necessidade de socialização e exercício físico”, acrescentou. Moriyama recomenda que para a saúde de todos é fundamental a atividade física e para os portadores da doença de Parkinson é especialmente importante alongar os flexores, ou seja, tudo o que dobra.

A Associação Campinas Parkinson foi fundada em 15 de setembro de 2007 e é uma entidade sem fins lucrativos e declarada de utilidade pública municipal. Sua missão é ajudar e compreender a enfermidade, o tratamento e os recursos existentes para a melhoria da qualidade de vida da pessoa com Parkinson e de seus familiares. Seu objeto é acolher, apoiar, informar e incluir, por meio de eventos, palestras, festas, passeios e orientações dos direitos do portador da doença.

A diretoria da Associação Campinas Parkinson (ACP) para o período 2022-2025 tem como foco a realização de atividades múltiplas para a melhoria da qualidade de vida dos portadores da doença de Parkinson, envolvendo a participação de familiares e cuidadores. A diretoria da ACP tem como presidente Rita Queiroz e como vice Vlademir Soares da Rosa. Compõem a diretoria Douglas Morandi (Tesouraria), Patrícia Bianchi Juliano (Secretaria), Natal Antonio Bianchi Juliano (Conselho Fiscal) e Alcides Maiorino Filho (Conselho Fiscal – Suplente). A entidade concedeu o título de  Presidente  de Honra à Omar Abel Rodrigues, que atuou à frente da ACP desde 2012, realizando diversas ações inclusivas, como campanhas de conscientização  para a população sobre a doença de Parkinson.

A presidente Rita Queiroz é Fonoaudióloga (aposentada) e esposa do parkinsoniano Alcides Maiorino. Ela ocupou o cargo de vice-presidente de 2019 a 2022 e participa desde a fundação da ACP em 2007. O vice Vlademir Soares da Rosa é Técnico em Eletrônica  (aposentado) e parkinsoniano há 20 anos. Ele ocupou o cargo de Secretário até 2018, participa da ACP desde 2010 e é casado com Geni Cardoso da Rosa, vice-presidente da entidade até 2018.

Os principais sintomas da doença de Parkinson são tremor de repouso, rigidez muscular, lentidão dos movimentos e alteração no equilíbrio. Como a doença é progressiva e degenerativa, o paciente deve procurar suporte médico para realizar o diagnóstico precoce e o tratamento adequado. Por isso, o Dia Mundial da Doença de Parkinson é uma data propícia para a conscientização da sociedade.

A doença costuma aparecer depois dos 60 anos, mas 10% dos pacientes têm menos de 50 anos e 5% têm menos de 40. Ela ocorre pela perda de neurônios do Sistema Nervoso Central (SNC), em uma região conhecida como substância negra. Os neurônios dessa região sintetizam o neurotransmissor dopamina, cuja diminuição nessa área provoca sintomas clínicos, principalmente motores, característicos da doença de Parkinson.

A dopamina produzida pelos neurônios pertence a uma classe de substância denominada neurotransmissores, cuja função básica é levar adiante a informação recebida na forma de sinais elétricos, de um neurônio para outro formando sinapses. A dopamina atua especificamente em centros cerebrais ligados às sensações de prazer e dor, tendo papel comprovado nos mecanismos que geram dependência e vícios e também no controle motor. Nos casos de Parkinson, o movimento se mostra claramente afetado devido à falta da dopamina. A causa da doença é ainda desconhecida. Sabe-se que fatores genéticos, ambientais e envelhecimento podem ser alguns de seus causadores.

 

Foto: Médica neurologista, Laura Moriyama e a presidente da ACP  Rita Queiroz.

Crédito: Divulgação.

 

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