ATITUDE PODE SER A PALAVRA-CHAVE PARA UM AMANHÃ MELHOR

30 de dezembro de 2015.
ARTIGO DE JARIB FOGAÇA

“Amanhã, será um
lindo dia … mesmo que uns não queiram, será de outros que esperam …”
A canção do cantor e
compositor Guilherme Arantes nos leva a pensar: em qual grupo você está?
Naquele dos que não querem que o amanhã chegue, ou no dos que esperam, desejam,
anseiam pelo amanhã para vicejar?  Onde
está sua esperança? Ou ela já se foi?
São tantas notícias
de danos ambientais que se espalham, com consequências desastrosas decorrentes
do mau trato e até mesmo do descuido humano com a natureza. Outras notícias da
miséria humana, das condições e, até melhor dizendo, da falta de condições
sociais mínimas aceitáveis de vida. E ainda temos as notícias econômicas que
apesar de não assolarem o mundo todo, nos afetam pesadamente e ainda nosso país
de forma devastadora!
Mas voltando ao nosso
tema, sobre o amanhã, em qual grupo você estará?
Muitos estudiosos
afirmam que tudo depende de cada um de nós, individualmente.  Tudo que acontece a nossa volta e conosco,
seja no meio ambiente, na sociedade, na economia, e assim por diante.  Mas será que somos tão poderosos assim,
individualmente?
Se tomarmos como
referência, por exemplo, o meio ambiente, a natureza e suas consequências em
nossas vidas, nem sempre, e em muitas circunstâncias, não temos como evitá-las.
Temos, sim, como nos preparar para sobrevivermos a elas, muitas vezes sem dano
algum, algumas vezes com algum eventualmente passageiro e reversível e em
poucas, mas concretas vezes, com danos permanentes. Evidentemente com respeito
à natureza e ao meio ambiente, o que podemos e devemos sempre fazer, é sermos
prudentes na nossa relação com eles.
Entretanto,
coletivamente, não é tão simples assim. 
Dependemos do governo do nosso país, que os responsáveis tenham
discernimento e clareza para, juntos, encontrarem algo em comum entre eles, e
por consequência trazerem algo benéfico para nós. Acredito que individualmente
temos, sim, responsabilidade, mas de apenas uma parte menor dessa equação,
sendo o restante substancialmente alocado aos governantes, que são de forma
direta ou indireta eleitos por nós.
E quanto às
circunstâncias sociais do ser humano? Podemos ou não controlar o efeito delas
em nossas vidas? A miséria humana que está presente em todo lugar, a falta de
condições sociais minimamente aceitáveis de vida? Os indicadores do Banco
Mundial sobre os percentuais da população de cada país que estão vivendo, ou
melhor, sobrevivendo em condições abaixo da linha da pobreza, classificados
como vivendo em condições de miséria, são alarmantes. E não precisamos ler os
relatórios do Banco Mundial para ver isso, basta percorrermos alguns
quarteirões próximos a nossa residência. Não importa nossa classe social,
certamente veremos muitos vivendo próximos a nós, em condições de miséria.
Nosso contato com essa realidade é constante e contínuo, entretanto, nossa ação
em prol da transformação dessa realidade é limitado. Seja por nossa real
incapacidade [o que ocorre certamente] de poder ajudar nessa transformação, ou pelas
circunstâncias estruturais de nossa sociedade que dispersam os efeitos da ajuda
que cada um de nós provê. Essa dispersão ocorre tanto na origem como no
destino, e até poderíamos argumentar aqui os prováveis motivos, mas ainda não
resolveríamos a questão da miséria.
Consequentemente,
permanecemos com a sensação de incapacidade, seja de nossa própria ação ou
pelas condições, ou ainda pela falta delas, que nos possibilitariam uma ação
transformadora. Nem tudo depende de nós, uma parte desta realidade e das
condições de transformações depende dos governantes. Acredito ainda que também
depende daqueles que queremos transformar. É uma combinação tripla, precisamos
da nossa ação individual e de condições estruturais, mas nada disso terá efeito
sem uma reação daqueles que estão sendo ajudados, sem ela nenhuma transformação
ocorrerá.
E as notícias
econômicas, negativas obviamente, que nos perturbam diariamente? Não somente
nos perturbam, elas nos assolam pesadamente e também nosso país de forma
devastadora. Seja provocando a perda do emprego de um amigo, de um parente, ou
mesmo nosso próprio emprego. E aqui temos notícias continuamente atribuindo
total responsabilidade pela crise em nosso país ao nosso governo. Talvez alguém
até consiga defender uma tese comprovando essa responsabilidade se não levarmos
em conta que, em nosso caso, tivemos eleições, e votamos individualmente, para
um grupo que nos governará coletivamente. É a democracia, e não temos nada
contra ela. Temos, entretanto, que nos posicionarmos.  Afinal, vamos viver uma tese de que a
responsabilidade é total do governo, e, portanto, perdemos nosso emprego!  Sim, podemos perder nosso emprego, mas não
perdemos nossa habilidade e capacidade para o trabalho, nossa capacidade de
trabalhar e transformar nossa própria realidade. Talvez alguns tenham ótimos
argumentos que justificam sua miséria econômica, sua perda de emprego, mas tais
argumentos não nos proporcionam solução alguma.
Aqui eu concordo, em
parte, com os estudiosos, que afirmam que algumas consequências na nossa vida
dependem de cada um de nós.  O trabalho,
não o emprego, é inerente ao ser humano, é inerente a criação. Do nosso
trabalho é que tiramos nosso sustento, seja ele para apenas nossa
sobrevivência, ou até mesmo para nossa riqueza. Não importa, não haverá
sobrevivência, nem riqueza individual, nem coletiva, sem o trabalho de cada um
de nós. E digo, temos que buscar e ter trabalho, não emprego, no dia de amanhã!
“Amanhã, está
toda esperança, por menor que pareça. O que existe é pra vicejar. Amanhã apesar
de hoje será a estrada que surge, pra se trilhar”.  Guilherme Arantes.
Afinal em que grupo
você está? Pois eu espero que cada um de vocês seja alguém que está no grupo
daqueles que esperam, desejam, anseiam pelo amanhã. Para desfrutar do seu
trabalho ou mesmo buscar um e para dele tirar seu sustento, sua riqueza, sua
honra, e poder vicejar!
Um feliz amanhã, um
feliz 2016!
Jarib B D Fogaça,
conselheiro independente e diretor na ANEFAC Campinas; Foi sócio na KPMG
Auditores Independentes por mais de 20 anos e trabalhou na KPMG Brasil e
Estados Unidos, conjuntamente, por mais de 35 anos, até 30 de setembro de 2015.
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