BALANÇA COMERCIAL DE CAMPINAS DEVE FECHAR 2014 COM DÉFICIT DE US$ 8 BILHÕES

24 de outubro de 2014.
O saldo da balança
comercial das 19 cidades de cobertura do Centro das Indústrias do Estado de São
Paulo (Ciesp) regional Campinas registra um déficit de janeiro a setembro desse
ano de US$ 6,2 bilhões, 3,8%  superior ao
do mesmo período do ano passado. No mês de setembro o déficit é de US$ 861,5
milhões, 18,3% superior a setembro de 2013. No acumulado do ano as exportações
somaram US$ 2,5 bilhões com queda de 5,8% em relação ao mesmo período do ano
passado. Em setembro, o total exportado foi de US$ 425,5 milhões, 11,7% a menos
que setembro de 2013. As importações apresentaram alta de 6,4% no mês de
setembro, somando US$ 1,3 bilhão. Houve uma pequena alta de 0,4% no acumulado
do ano em relação a igual período do ano anterior, totalizando US$ 8,7 bilhões.
Para o diretor do Departamento
de Comércio Exterior do Ciesp Campinas, Anselmo Riso, a perspectiva é de que o
saldo da balança comercial feche 2014 com um déficit superior a US$ 8 bilhões. Segundo
Anselmo Riso o grande problema verificado no comércio exterior regional é a
falta de competitividade devido ao alto valor do emprego e a alta cadeia
tributária, o que influencia diretamente nos produtos produzidos na região. “Nossas  exportações são de produtos de alto valor
agregado. Nós não temos  commodities. Os
nossos principais mercados aproximadamente de 45% a 55% era o mercado sul
americano , principalmente a Argentina que representava 27% do nosso total de
exportações e que caiu para 17%. Tínhamos o México, a Bolívia, enfim a gente não
tem como recompor isso nessas exportações. Os principais segmentos que nós
temos que são máquinas, equipamentos eletrônicos e principalmente automotivos e
suas partes perderam totalmente a competitividade, então as perspectivas são
das piores que a gente tem para o final do ano e principalmente para a o início
do próximo ano”, diz.
A Argentina apresenta
a maior participação respondendo das exportações com 17,8% do total, somando
US$ 400 milhões, embora tenha apresentado uma variação negativa de 27,6% quando
comparado ao mesmo período de 2013. Os Estados Unidos aparecem na segunda
posição com 16,9% do total, e variação positiva de 9,5% em relação ao ano
anterior. As exportações para a China ocupam o terceiro lugar e, apesar de terem
correspondido a apenas 5,9% do total, variaram positivamente, entre 2013 e
2014, em 125,3%.

As principais origens
das importações realizadas pela região foram a  China, com 23,7% de participação, os Estados
Unidos, com 16,6% de participação, e a Alemanha, com 6,4% de participação. Há
um aumento de 4 pontos percentuais na participação da China, em relação ao acumulado
até setembro de 2013, ao passo que os Estados Unidos perdem 1,2 ponto
percentual de sua participação. Esse comportamento das participações reflete a
taxa de variação percentual de cada país, uma vez que as importações oriundas
da China aumentaram 22,0%, enquanto as americanas caíram 10,4%, entre 2013 e
2014.
Coletiva do Ciesp Campinas.
Crédito: Roncon & Graça Comunicações.
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