BRADESCO FAZ DOAÇÃO PARA RESTAURO DE CATEDRAL

A Associação Comercial e
Industrial de Campinas (ACIC) anunciou na última sexta feira (09/08) que o Banco
Bradesco doou R$ 1,1 milhão para a fase II do projeto, de restauro da Catedral
Metropolitana de Campinas (SP) por meio da Lei de Incentivos Fiscais (Lei Rouanet).
A verba, somada à doação de R$ 350 mil feita pelo Banco Itaú em 2012, atinge os
20% do valor total da obra que está orçada em R$ 7,1 milhões, que a lei exige
que estejam depositados em conta específica para o início da execução dos
trabalhos. Até o final de 2013 o Bradesco deve destinar mais R$ 400 mil para
esta fase do projeto totalizando R$ 1,5 milhão.

O aporte feito pelo Bradesco
é o segundo que chega desde que o Ministério da Cultura autorizou a
Arquidiocese de Campinas a captar o montante necessário para essa etapa das
obras e foi obtido graças à iniciativa conjunta da ACIC e do deputado federal
Guilherme Campos, vice-presidente da entidade, também responsáveis pela
primeira captação de R$ 350 mil junto ao Itaú.

Ao anunciar a boa notícia
para a população de Campinas a presidente da ACIC, Adriana Flosi, assinou um
ofício endereçado ao Instituto de Preservação do Patrimônio Artístico e
Nacional (IPHAN), órgão vinculado ao Ministério da Cultura, solicitando o
tombamento da edificação. “O deputado Guilherme Campos, que é o nosso
vice-presidente em contato com o Ministério da Cultura viu que para que a
Catedral recebesse determinadas verbas diretamente do ministério precisaria ter
também o tombamento do IPHAN. O pessoal da Catedral sabe que para fazer qualquer
tipo de indicação precisa uma entidade solicitar a indicação, daí me deram esse
presente de ser a ACIC”, conta

De acordo com o arquiteto
Ricardo Leite, coordenador do projeto de restauro da catedral, a fase II,
iniciada em 2007 com a elaboração dos projetos, compreende a recuperação das
quatro fachadas, da torre e do campanário. Ele explica que os recursos serão
destinados para a contratação dos projetos executivos como o de arquitetura,
elétrico, luminotécnico, sonorização, prospecção de pintura, ensaios de
argamassa e também para a contratação da empresa Concrejato, responsável pela
execução das fachadas.

As obras devem ter início em
seis meses a partir da assinatura do contrato com a Concrejato, prevista para
setembro, e começarão pela torre. Ricardo Leite explica que nesta etapa será
feito mais de 25% do trabalho, uma vez que a fachada principal é a mais
trabalhosa.

À frente do projeto desde o
início da fase I, em janeiro de 2004 , Ricardo Leite faz um chamamento para
toda a comunidade para que haja um maior envolvimento e para que todos
colaborem com a restauração. “É necessário uma maior mobilização principalmente
por parte dos empresários com respeito à identidade cultural e histórica da
cidade. Pela lei, eles podem destinar até 4% do imposto de renda devido a
projetos culturais aprovados – como o da catedral – e, assim, contribuir para
recuperar o maior patrimônio histórico, artístico, cultural e religioso de
Campinas”, explica.

A presidente da ACIC Adriana
Flosi disse que o único prédio em Campinas que é tombado pelo IPHAN, pelo
Condepac (Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas ) e pelo
Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico
e Turístico) do governo do Estado de São Paulo é o Palácio dos Azulejos. No
caso da Catedral Metropolitana de Campinas o prédio é tombado pelo Condepac e
pelo Condephaat. “Nós vamos encaminhar toda a documentação e vamos ter que
receber a visita de técnicos do IPHAN para fazer a avaliação do imóvel e das
condições, do valr histórico de fato e relevante porque hoje o IPHAN tem feito
muito tombamento de conjuntos, de cidades e de centros históricos. Nós temos o
pedido de um imóvel único porque não temos o entorno. Essas solicitações que
vem de todo o Brasil, elas acabam entrando na pauta de uma reunião do CNIC, que
é o Conselho Nacional de Incentivo à Cultura que dá o parecer sevai acatar o
pedido de tombamento e do restauro através de leis de incentivo à cultura”,
explica. 

A preservação da memória de
Campinas é uma causa abraçada pela associação, que sempre participou ativamente
de projetos de revalorização da região central e de resgate de patrimônios
culturais e arquitetônicos de Campinas, como a revitalização da Estação
Cultura, o restauro do Palácio dos Azulejos e a reforma do Palácio da Mogiana,
de acordo com as normas do Condepacc – Conselho de Defesa do Patrimônio
Cultural de Campinas. “No processo de restauração da catedral, a ACIC está
empenhada desde 2000 quando, sob a presidência do Guilherme Campos, foi a
primeira entidade a dar apoio institucional ao projeto”, diz Adriana Flosi.

O deputado Guilherme Campos
também destaca a importância do empenho dos poderes público e privado em prol
da causa da catedral: “Conseguimos nos mobilizar para a retirada dos
carros-fortes das agências bancárias ao lado da catedral, que traziam riscos
para o calçamento e provocavam ruídos, atrapalhando os frequentadores da missa.
Agora estamos novamente empenhados em trazer este recurso para o restauro de um
dos maiores símbolos da cidade, nossa Catedral Metropolitana”, afirma. Ainda de
acordo com o deputado, o próximo passo já foi dado: o agendamento de uma
audiência com a ministra da cultura, Marta Suplicy, para apresentar o projeto
de restauro na tentativa de captar mais recursos via ministério.

Localizada na Praça José
Bonifácio, s/n, no Centro, junto ao calçadão da Rua 13 de Maio, uma das
principais artérias do comércio e por onde circula um grande fluxo de
pedestres, a Catedral Metropolitana de Campinas é tombada pelo Condephaat
(Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e
Turístico) e pelo Condepacc. É a principal igreja da Diocese de Campinas e uma
das mais antigas da região. Sua construção data do século 19 e sua ornamentação
interna foi executada pelo escultor baiano Vitoriano dos Anjos e pelo
fluminense Bernardinino de Sena.

Atualmente, o local recebe
mais de três mil pessoas por dia e, durante a Jornada Mundial da Juventude, o
Museu Arquidiocesano, alocado no interior da catedral, registrou a visitação de
mais de mil jovens de diversos países como França, Chile, Indonésia, Polônia,
Espanha, Estados Unidos e Canadá, entre outros.

O projeto de restauro visa
promover a reabilitação física do edifício e sua readequação funcional, a
partir dos parâmetros gerais que regem e regulamentam os procedimentos de
restauro, com o objetivo de tornar a catedral um complexo religioso e cultural,
apto a tornar-se referência turística da cidade durante os eventos esportivos
que ocorrerão no Brasil em 2014 (Copa do Mundo) e 2016 (Olimpíadas).

Na fase I do projeto foi
captado R$ 1,58 milhão, valor que foi destinado para a troca do telhado do
templo, a restauração do teto, parte da reforma das partes elétrica e
hidráulica e a restauração dos três lustres de cristais.

 

 
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