BUSCANDO AGILIDADE E RECEBENDO MOROSIDADE

28 de junho de 2015.
COLUNA DO CONSULTOR DE EMPRESAS JORGE CALOS BAHIA
O momento econômico
atual exige das empresas agilidade e convicção em suas ações.

Essas ações são
voltadas, em alguns casos, a própria sobrevivência do negócio.
É fato o numero de
empresas encerrando as atividades  ou
diminuindo sensivelmente as suas operações.
Os motivos são os já
amplamente comentados e  divulgados.  Aumento de custos, aumento de impostos,  aumento de juros,  perda da competitividade e, finalmente, por
esses motivos todos, redução em cadeia da atividade econômica , retração do
mercado consumidor e outras consequências mais.
As empresas buscam
contornar essa fase com  trabalhos
voltados a redução de custos, prospecção de novos mercados racionalização de
aspectos  vinculados a logística e distribuição,  equilíbrio de estoques, negociação de preços
e prazos junto a fornecedores isso tudo entre outras entre outras ações.
De outro lado, temos
o Governo buscando também a seu modo e a sua forma  a identificação de soluções para o momento
atual.
Aspectos relacionados
ao momento político atual que apresenta relação a não aprovação de várias ações
governamentais, a falta de base do governo no congresso,  e mesmo o tamanho na máquina governamental,  são total contraponto a tudo que as empresas
estão buscando e realizando em termos de agilidade e racionalidade em decisões
estratégicas. Em resumo buscamos agilidade e encontramos morosidade quando o
tema é alternativa e solução para a rentabilidade operacional.
Um exemplo disso é o
recente plano de recuperação lançado pelo governo que traz a sua base  em concessões de serviços  públicos ao setor privado.  O plano fala em  montante de R$ 130 a 190 bilhões transferindo
para a iniciativa privada a administração de alguns aeroportos de capitais,
alguns aeroportos regionais, terminais portuários e trechos de rodovias e
ferrovias. O ênfase na apresentação do plano é a ferrovia transoceânica que
pretende-se partirá do Rio de Janeiro passando por Minas gerais, Goiás, Mato
Grosso, Rondônia, Acre indo até o Peru.
Outra alternativa
apresentada tem relação ao plano de exportação que esta sendo trabalhado pelo
Governo junto a vários setores produtivos. Basicamente fala-se no suporte ao
plano através de  cinco pontos principais
relacionados a: acesso a mercados, promoção comercial, facilitação de comércio,
financiamento as exportações, aperfeiçoamento de mecanismos tributários e de
regimes com a mesma qualificação (tributária); tudo voltado a incentivar  as exportações.
Analisando essas
propostas chama a atenção pontos como, por exemplo, a questão das concessões
ser uma nova fase do plano de investimento em logística (PIL) que é de agosto
de 2012 e o fato de termos nos próximos meses ações para estudos de viabilidade
a fim de se preparar os leilões que oficializarão essas concessões.
Já para o plano de
exportação a proposta é temos novos processos agilizadores das atividades de
comércio exterior e aduaneiras entre 2016 e 2017.
Voltando as empresas,
vamos aguardar até 2016, 2017 ou 2018 para tomarmos ações fundamentais a sustentabilidade
das operações?
O sentimento, às
vezes, é que estamos em lados opostos. As empresas buscam assimilar os duros
golpes relacionados a aumento de custos, aumento de impostos, fragilizações de
mercados, etc…. Reanalisam operações, reveem orçamentos, buscam alternativas
negociais rápidas. O tempo é questão crucial na sequencia das atividades.
Do outro lado as
propostas, ou seja, nem ações ainda são, sugerem datas que para qualquer plano
relacionado ao setor privado seria o caos. Como dizer para empresas que buscam
bravamente, atualmente,  ações de
sobrevivência que algo pode ocorrer em 2016, 2017 ou quiçá 2018.
Seria muito
importante que pudéssemos balancear todos os tipos de ações. Assim ações que repentinamente
aumentam impostos, aumentam custos como a tarifa de energia deveriam ser
margeados de ações que no mesmo período de tempo apresentassem opções ao
empresariado, como linhas de créditos acessíveis e não escorchantes,
racionalização tributária e não burocratização tributaria.
Enfim a busca da agilidade
tem como resposta a apresentação da morosidade.
Jorge
Carlos Bahia, bacharel em administração de empresas, contador, consultor de
empresas, palestrante, professor em cursos profissionalizantes, sócio
proprietário do Grupo Bahia Associados, 
com experiência profissional de mais de 20 anos em empresas multinacionais
atuando na área fiscal,  tributária,
contábil e controladoria.
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