CIESP CAMPINAS APONTA QUE CONGELAMENTO DE PREÇOS NA ARGENTINA PODE TRAZER EFEITOS DESASTROSOS PARA A REGIÃO

O diretor em exercício do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) regional Campinas, José Henrique Toledo Corrêa, vê com preocupação o recente pacote econômico anunciado pelo governo argentino, que incluiu congelamento de preços. Segundo José Henrique, a medida tomada pelo governo argentino pode trazer impactos negativos para a indústria da região de Campinas.  “A economia da Argentina parada do jeito que está é ruim porque a Argentina é o terceiro cliente do Brasil. Na RMC, a Argentina só perde para os Estados Unidos, ou seja, nós compramos e vendemos muito para a Argentina e esse congelamento geral dos preços da economia para com tudo e atinge diretamente o Brasil. Eu acho que a gente tem que tomar iniciativas que possam melhorar o comércio neste momento para girar a economia Argentina”, diz.

Na avaliação de Jose Henrique Toledo Corrêa, a medida tomada pelo governo argentino de congelamento de preços pode não ser a medida correta, pois no Brasil isso não deu certo. “A Argentina é um caso típico de América Latina de má gestão de governos e política em que há uma pressão popular que quer a intervenção do governo. Eu tenho uma visão mais liberal. A partir do momento em que o governo parar de intervir pode ser que a própria economia naturalmente se adéqüe. As vezes pode ter sido necessário que o Macri tomasse essa atitude, mas isso ocorreu com uma decisão radical e drástica de evitar que houvesse uma quebra rápida do país e havendo uma quebra do país todo mundo é prejudicado”, diz.

Na média dos últimos anos, a participação das exportações de produtos da região de Campinas para a Argentina gira em torno de 15 a 17%. No período de janeiro a outubro de 2018 o volume exportado atingiu US$ 452,4 milhões.

Tanto o diretor em exercício do Ciesp-Campinas, José Henrique Toledo Corrêa, como a diretora adjunta do departamento de Comércio Exterior da entidade, Carmen Pavin, manifestaram preocupação com o prolongamento da crise argentina, que a médio prazo pode refletir na queda das exportações regionais para aquele país. Os principais produtos exportados pela região para a Argentina são veículos e autopeças, equipamentos de informática e produtos eletrônicos e papel e celulose.

Os diretores do Ciesp-Campinas avaliaram que uma possível saída para a queda no fluxo comercial, pode estar na intensificação dos contatos comerciais, com missões de empresários dos dois países buscando novos nichos de negócios. “A criatividade sempre vai bem. Eu acho que os empresários brasileiros podem vislumbrar conhecer produtos e serviços que tenham lá e possam ser comprados pelas empresas brasileiras. Durante muitos anos os empresários compram da China e por que não comprar da Argentina. Lá eles tem fábrica com produtos muito bons que podem ser comprados e o prazo de entrega é muito mais rápido”, sugere.

 

Foto: Diretor em exercício do Ciesp-Campinas, José Henrique Toledo Corrêa e a diretora adjunta do departamento de Comércio Exterior, Carmen Pavin.

Crédito: Roncon & Graça Comunicações

 

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