COLUNA DO PROFESSOR PAULO GRANDI

16 de setembro de 2014.
O papel do gestor nas organizações
Paulo Grandi
Os dirigentes e donos das
empresas nem sempre sabem construir uma estratégia e colocá-la no papel para
que ela sirva de uma direção. Mas já basta que ela esteja na cabeça do diretor
para que possamos construir um conjunto de ações para decidir sobre como
maximixar à alocação dos recursos disponíveis e manter um foco. Por isso, cabe
ao administrador, contratado para assumir algum cargo dentro da estrutura
organizacional, compreender e aprender quais são os objetivos do sócio e
orientar a empresa para atingir esse desejo. É assim que um setor financeiro,
de produção, RH, marketing pode ser estratégico.
A formação em
administração seria o ideal para os sócios e os componentes da diretoria, mas,
por falta dessa formação, é o gestor quem deve organizar o processo para
conduzir a empresa a atingir as metas e criar valor para a organização. Fazer a
análise da viabilidade dos objetivos que o dirigente pretende alcançar deve ser
a prioridade. Decidir se as capacidades da empresa são compatíveis com o que é
desejado. Algumas vezes a diretoria quer obter um aumento substancial nas
vendas em um ano. Um objetivo ousado, mas que depende de recursos, processos e
valores para que isso se torne viável. E a grande visão dos dirigentes se torna
um fracasso. Coloca-se a culpa na crise, na falta de vontade dos gerentes e
funcionários. Mas ninguém teve coragem de dizer que não é de qualquer maneira
que se cria um planejamento. Não se pode viver de utopias e devaneios. Usar
boas técnicas e ferramentas de gestão são fundamentais.
Para obtermos resultados
ousados temos que dividir a meta em etapas, não se pode aumentar os resultados
de 80%, por exemplo, de um dia para o outro. Se projetarmos o crescimento para
o futuro, devemos dividi-lo em períodos e elaborar e descrever iniciativas para
cada período, assim como, medir o resultado dessas iniciativas periodicamente.
Avaliar se a empresa  conseguiu atingir as metas parciais  e reforçar
iniciativas caso não se tenha atingido o que se queria,   para que
numa fase final se possa atingir uma meta grande. É claro que se deve
considerar também os fatores externos à empresa compostos do mercado e do
extramercado, isto é, que existem os rivais e que as circunstâncias são
possíveis de interferir na estratégia e devem ser monitorados.
O planejamento deve buscar
metas exeqüíveis, o exagero, também, pode comprometer os resultados. Cabe ao
gestor, também, instruir a empresa a ajustar as capacidades, os recursos, os
processos e valores ao plano de ação para que a empresa atinja o objetivo nos
prazos previstos. A diretoria deve apresentar aos setores o orçamento e seu
plano de desembolso para o projeto. Mas também cabe a diretoria: Ensinar a
todos os setores de atividades como a empresa deverá executar o plano de ação e
o qual será a função e a meta de cada um. Quais os produtos e quantidades com
que a empresa pretende atingir esses objetivos, em que mercados irá se
expandir, com que força de vendas e quais os números que deverão ser atingidos
por cada um. Assim todos irão saber quanto deverão contribuir com resultados no
tempo previsto.
Se o empreendedor se valer
de um especialista para realizar e executar o planejamento, deve criar as
condições e ambiente para que a o choque de cultura não seja obstáculo para o
profissional que se juta a organização.
Com a experiência em
planos de ação uma equipe estará preparada para outros desafios, será possível
a empresa criar outros objetivos mais ousados e impor aos rivais sua liderança
setorial. ​
Paulo
Augusto Grandi é especialista em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio
Vargas e Bacharel em Administração de Empresas pela Universidade de Caxias do
Sul. Atualmente está cursando Mestrado em Gestão de Negócios Internacionais
pela Ohio University. È diretor da Semeq Inc, professor do FGV Management e Diretor
da GForte Incorporações.
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