EMPRESA DE SANEAMENTO ECONOMIZA COM PREGÃO ELETRÔNICO

A Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S/A (Sanasa)
Campinas (SP) conseguiu no primeiro semestre deste ano uma economia superior a
R$ 34 milhões em relação aos valores anteriormente previstos com a implantação
no início deste ano do sistema de pregão eletrônico. O sistema proporciona mais transparência,
maior competitividade e melhores preços. Nesse primeiro semestre já foram
efetivados quase 140 pregões eletrônicos para compra de materiais e
equipamentos e para a contratação de serviços.

Aquisições
que vão desde produtos químicos até medidores e válvulas, além de outros tipos
de equipamentos e materiais de uso interno e externo são feitas agora por meio
de pregões eletrônicos. Serviços como transporte e retirada de lodo, de limpeza
e conservação e locação de esgota fossa, entre outros, também são contratados
pelo novo sistema.

A gerente
de compras e licitações da Sanasa Campinas, Solange Maroneze, explica que o
pregão eletrônico trouxe ainda mais agilidade, pois no sistema anterior o
processo chegava a demorar até 90 dias, entre a aprovação da solicitação de
compra e/ou serviço até a autorização do fornecimento. “Hoje todo o processo
dura em média 60 dias”, compara. O processo também aumentou a competitividade
da empresa, já que o número de participantes cresceu quase 100%, pois não é
mais necessária a presença física de seus representantes.

Para a
realização dos pregões não é necessário um espaço físico. “Antes a Sanasa
dispunha de uma sala equipada, exclusiva para abertura dos pregões presenciais
e só podíamos marcar duas por dia. Hoje nossa realidade é outra, todos os 10
pregoeiros podem fazer a abertura simultânea, na sua própria estação de
trabalho, utilizando o seu próprio computador, uma vez que o pregão eletrônico
é desenvolvido por intermédio de uma página específica na internet (www.licitacoes-e.com.br)
no site do Banco do Brasil”, detalha Solange.

Durante o
processo, que dura cerca de 30 minutos, as empresas inscritas podem dar seus lances
e acompanhar o lance dos concorrentes. Ganha quem apresentar o menor preço.
“Dessa forma a empresa ganha em vários aspectos, tanto em transparência e
economia como em agilidade e acessibilidade”, acrescenta. Os fornecedores que
se utilizam do pregão eletrônico também ganham otimizando tempo.

O
prefeito de Campinas, Pedro Serafim Jr, disse que determinou à secretaria  de administração pública que preferencialmente
só se faça compra na cidade de Campinas através da modalidade de pregão
eletrônico. “Com essa modalidade nós já chegamos a efetivar uma economia fde
88% em alguns itens para a administração municipal. A partir de fevereiro
quando eu incrementei essa ordem de serviço na prefeitura nós já temos
economizado muito. Estamos colocando 
absolutamente tudo que se diz respeito ao poder público municipal,
inclusive das autarquias, empresas públicas no site de transparência, não só
licitações, mas acompanhamento de contrato, entrega de material, ou seja, tudo
está no site da prefeitura. É a transparência que evita a corrupção”, declarou.
  

Redução de perdas

Após dois anos de testes a Sociedade de Abastecimento de
Água e Saneamento S/A (Sanasa Campinas) pretende implantar até o final do ano a
leitura remota feita através de um sistema de telefonia que permite monitorar
simultaneamente em poucos minutos 11 hidrômetros fazendo a leitura, controlando
a vazão e a pressão da água. A nova tecnologia vem sendo testada pela Sanasa na
rede de distribuição de água da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Com investimentos iniciais de R$ 2 milhões, o novo sistema
dispensa a necessidade da presença física durante o processo de leitura dos
hidrômetros, já que todo o controle é feito através de comunicação via radio e
computadores instalados na sede da Sanasa.

Uma das principais vantagens em relação ao processo atual
de leitura, que é feita somente a cada 30 dias, é que essa nova tecnologia
permite que a empresa detecte qualquer tipo de vazamento logo no início,
diminuindo consideravelmente a quantidade de perdas. “Hoje o nosso índice de
perdas é de aproximadamente 19%, comparável a países de primeiro mundo. Nossa
meta é chegar aos 15% nos próximos anos”, planeja o diretor comercial da
Sanasa, Rogério Stracialano Parada.

O novo sistema beneficiará diretamente o consumidor, que
não precisará mais arcar com o rateio pela água não consumida em casos de
vazamentos e perdas do sistema. “Além da justiça social tem ainda a questão do
meio ambiente, pois economizaremos os recursos hídricos não desperdiçados.
Também haverá diminuição na quantidade de rupturas na rede e consequentemente,
das reclamações. Trata-se de um projeto inovador”, resume Parada.

A implantação da leitura remota será feita aos poucos. A
previsão é que dentro de 90 dias o novo processo seja instalado em cem escolas
municipais de Campinas. Em seguida, deverá ser adotado também por empresas e
condomínios. “A ideia, a longo prazo, é expandir o conceito para toda a
cidade”, acrescenta o diretor comercial da Sanasa.

O projeto de leitura remota integra o Programa Estadual de
Apoio à Recuperação das Águas (Reágua), do governo do Estado de São Paulo. O
objetivo é apoiar ações de saneamento básico que contribuem para a ampliação da
disponibilidade hídrica no Estado.

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