EMPRESÁRIOS ESTÃO PREOCUPADOS COM RELAÇÃO AO AJUSTE FISCAL

04 de maio de 2015.
Pesquisa de sondagem industrial elaborada pelo Centro das
Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) regional Campinas em parceria
com  o Centro de Pesquisas Econômicas da
Facamp (Faculdades de Campinas) revelou que os empresários estão pessimistas
com relação às medidas de ajuste fiscal do Governo Federal.
Foram realizados dois questionamentos. O primeiro enfocou
qual o impacto esperado do ajuste fiscal proposto pelo governo sobre o ambiente
de investimentos em seu setor? O segundo ponto abordado se referiu em relação
ao principal impacto de curto prazo das recentes mudanças de política econômica
sobre seu setor, você destacaria: a) redução do seu mercado consumidor; b)
elevação dos impostos; c) restrição para o financiamento junto aos bancos e d)
não espera mudanças relevantes.
Na primeira abordagem mostra que, para 62,5% dos
entrevistados, haverá piora nas condições de investimento, enquanto para apenas
8,3% as condições para o investimento melhorarão. Somente para 4,2% seria
indiferente e uma parcela não desprezível 25% não saberia informar sobre esse
assunto.
Com relação à segunda
questão, 50% dos entrevistados colocam a redução do mercado consumidor como
principal impacto de curto prazo. Para 29,2% dos envolvidos, o principal
impacto seria aumento de impostos e 12,5% dos participantes entendem a
restrição ao financiamento junto aos bancos como um impacto importante.
Finalmente, 8,3% não esperam mudanças relevantes.
Para
o diretor do Ciesp Campinas, José Nunes Filho, o ajuste fiscal é necessário,
mas desde que o governo faça a sua parte. “O que deixa perplexo o investidor, o
empreendedor e o industrial no Brasil é que ele não foi o responsável por essa
crise econômica, no entanto, todo o ônus da recuperação é do povo e do
empreendedor no país, ou seja, está sendo cobrado de nós 100%. O governo
deveria diminuir os gastos com custeio, diminuir o número de ministérios,
baixar o custo dele, entre outras ações”, avalia.
Segundo
o  professor de economia da Facamp, José
Augusto Ruas, o levantamento mostra que o empresário vê o ajuste fiscal com
sérias restrições. “O empresário percebe que na verdade o ajuste fiscal piora
as condições de demanda, ou seja, vai reduzir o número de consumidores porque
na verdade a economia vai parar, pois o consumo vai diminuir e isso vai se
refletir obviamente na sua expectativa de investimento”, diz.
Foto: Entrevista do diretor do Ciesp Campinas, José Nunes Filho
Crédito: Roncon & Graça Comunicações 
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