ESPECIALISTA AFIRMA QUE AUMENTO DE TARIFA DE ENERGIA PODE CHEGAR A 15% EM 2015

02 de fevereiro de 2015.
Enfrentando uma das maiores crises
hídricas da história do sudeste do país, os brasileiros encaram um dos momentos
mais críticos do setor elétrico. Com apagões se tornando mais frequentes e
temidos, o coordenador do MBA do Setor Elétrico da IBE-FGV Diogo Faria fala dos fatores que devem ser
considerados para analisar a situação atual.
De acordo com Faria, os principais
desafios que o setor enfrenta são a falta de planejamento e equilíbrio das
normas utilizadas. “Hoje temos um desequilíbrio estrutural no setor elétrico,
nós só não vivemos um racionamento em 2014 porque o país não cresceu o
esperado. Nós temos um déficit na geração de energia e essa é a primeira coisa
que precisa ser resolvida para garantir a oferta de energia nos próximos anos,”
afirma.
O segundo desafio, segundo o
coordenador, se relaciona a estabilidade das regras que a população vive desde
o final de 2012, um cenário complicado que tornou-se instável com o decorrer
dos anos. “O segmento foi visto por muito tempo como equilibrado, confiável,
mas de dois anos para cá ele sofreu muito com mudanças de regras, o que gerou
uma insegurança jurídica. Isso afugentou alguns investidores,” explica.
Além dos dois principais fatores,
Faria fala sobre o aumento vulnerável de profissionais da área, que precisam se
atualizar diariamente e buscar frequentemente na Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel) as novas
soluções normativas. Ele ainda ressalta as dificuldades enfrentadas pelas
concessionárias. “Os funcionários devem estar atualizados para entender o
funcionamento da empresa, que por sua vez sofre com as regras por trabalhar em
modelos institucionais. Por exemplo, quando sofre algum déficit ou prejuízo nas
operações, a empresa não pode inflacionar seus gastos e aumentar as tarifas,
porque, para isso, é necessária autorização da Aneel,” ressalta Faria.
Sobre o aumento atual das tarifas,
Faria explica que é um ajuste necessário que pode variar entre 10% a 15% no
decorrer de 2015. “O Brasil ainda depende muito das térmicas, que possuem um
custo 30% maior que as hidrelétricas. O gasto para produzir energia é muito
maior que o valor pelo qual ela é vendida. Aumentar as tarifas é necessário
para estabilizar e manter um equilíbrio no setor”, finaliza.
Foto: Coordenador do MBA do Setor Elétrico da IBE-FGV Diogo Faria.
Crédito: Divulgação.
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