FATURAMENTO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS CAI NOVAMENTE EM MAIO

21 de julho de 2015.
De acordo com a
pesquisa mensal Indicadores Sebrae-SP, o faturamento real das micro e
pequenas empresas (MPEs) paulistas caiu pela quinta vez consecutiva e recuou
10,2% em maio, na comparação com o mesmo mês de 2014. 
A queda do poder de
compra da população tem reduzido o nível de consumo interno e, em maio de 2015
ante maio de 2014, os reflexos foram sentidos pela indústria
(-17,4%), comércio (-4,5%) e serviços (-13,6%).
Segundo o
Sebrae-SP, o fraco desempenho da economia brasileira tem impactado negativamente
todos os setores. É um cenário preocupante, porque o ambiente permanece
desfavorável às micro e pequenas empresas, que têm menos margem para contornar
as adversidades.
Fatores como o
aumento do desemprego, o aumento da inflação e a decorrente piora na
confiança estão tendo impacto direto nas receitas dos micro e pequenos
negócios: em maio de 2015, a receita para o universo das micro e pequenas
empresas paulistas foi de R$ 45,6 bilhões, o que significa R$ 5,2 bilhões
a menos do que em maio de 2014.
Analistas do
Sebrae-SP avaliam que há mais gente sem emprego e os preços não param de subir,
corroendo o poder de compra. Com menos para gastar – ou medo de gastar porque o
que vem pela frente é incerto – o consumidor se retrai e toda a cadeia é afetada.
Tudo isso ajuda a explicar a queda observada no consumo.
Na micro e pequena
empresa ainda não se observa queda na ocupação, entretanto o rendimento dos
empregados declinou. No acumulado do ano (janeiro a maio), as MPEs paulistas
apresentaram aumento de 1,2% no total de pessoal ocupado em relação ao mesmo
período de 2014. No mesmo período, a folha de salários paga pelas MPEs caiu
1,4% (já descontada a inflação do período), e houve ainda redução de 1,5% no
rendimento real dos empregados (já descontada a inflação).
Para o segundo
semestre deste ano, 60% dos proprietários de MPEs aguardam estabilidade quanto
ao faturamento de sua empresa. Em relação à economia brasileira, 45% deles
esperam manutenção no nível de atividade, ante 49% em junho/14.
Outros 38% acreditam em piora no nível de atividade econômica no segundo
semestre de 2015. Em junho de 2014, o percentual que esperava
piora era de 22%. 
A pesquisa
Indicadores Sebrae-SP é realizada mensalmente, com apoio da Fundação Seade. São
entrevistados 2.700 proprietários de MPEs do Estado de São Paulo por mês. No
levantamento, as MPEs são definidas como empresas de comércio e serviços com
até 49 empregados e empresas da indústria de transformação com até 99
empregados, com faturamento bruto anual até R$ 3,6 milhões. Os dados reais
apresentados foram deflacionados pelo INPC-IBGE.
Foto: Unidade do regional do Sebrae-SP em Campinas.
Crédito: Divulgação.
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