FESTAS NAS EMPRESAS

25 de dezembro de 2014.
COLUNA DA PROFESSORA E PSICÓLOGA ELINE RASERA

Época de comemorações, jantares,
família reunida, amigos e a festa de final de ano da empresa.
E como é saudável essa reunião na
organização onde abraços, troca de presentes, desejos de um ano melhor e
oportunidades de conhecer mais pessoas e de aprofundar laços de amizade com
quem passamos várias horas por dia, quase todo dia.
No entanto, ainda é a “festa da
empresa” e como tal, uma extensão da mesma. Requer cuidados e atenção para com
o comportamento.
Parece natural que nessa situação se
possa beber, comer, rir e abraçar à vontade. Pode, mas não à vontade. Esse é o
problema que muitos profissionais não percebem e acabam por extrapolarem na
diversão. E qual o problema?
O problema é que por ser, a festa,
uma extensão da empresa, ainda vale a preocupação com a autoimagem, muitos
aproveitam o momento para exagerar na bebida, falar mal de chefes, comportar-se
com certa intimidade com colegas do sexo oposto, enfim, atitudes que talvez não
chamassem muito a atenção caso ocorressem num bar, numa boate ou em casa de
amigos. Mas na festa da empresa, comportamentos fora do padrão, com toda
certeza vai fazer algum estrago na vida do profissional.
Algumas pessoas optam por não
participar, muitas vezes com desculpas, mas é preciso cuidado, pois o
profissional poderá ser interpretado como um antissocial, além de perder uma
ótima oportunidade de relacionar-se com outras áreas da empresa, estreitar
contatos interessantes, ser visto por diversos outros profissionais aumentando
a visibilidade e oportunidades futuras, alem de explicitar sua competência em
relacionamentos interpessoais.
Então se é um bom negócio participar
desses eventos, melhor ainda é “manter a classe”, ou seja, seguir as
regras  mesmo na festa.
Não se mistura amizade profissional
com intimidade. Nada de tentar se aproximar mais daquela pessoa que sempre
chamou a atenção e até despertou certo interesse. Se quer fazer isso, nunca no
ambiente empresarial, mesmo em dia de festa.
Também por mais que o gestor seja
“legal”, ele não é um amigo íntimo, portanto, evite abraçar, beijar ou brincar
de forma exagerada. Isso vale para toda a hierarquia da organização. E
aproveitando a aproximação com diretores, presidente, definitivamente não é o
momento para se promover e tentar mostrar suas competências profissionais.
E com os colegas de trabalho, evitar
brincadeiras de mal gosto do tipo que conta situações constrangedoras, erros
cometidos pelos colegas ou aqueles famosos “apelidos” que acabam às vezes por
magoar e ferir as pessoas.
E quanto ao que vestir, claro que não
há necessidade de ser o mesmo estilo do dia-a-dia de trabalho. Pode ser mais
alegre, moderno, mas, para as mulheres, nunca exagerado quanto ao brilho,
decote e transparência. Bom senso sempre.
Comportamentos extrapolados, bebidas
em excesso, intimidades e demais atitudes que excedem podem até causar
demissão, e quando isso não acontece, tende a “manchar” a carreira do
profissional. Resgatar a imagem pode ser mais difícil do que se imagina.
Divertir-se, conversar com todos,
aproveitar e conhecer melhor as pessoas, ampliar as relações com profissionais
de outros setores, de maneira descontraída e alegre.
E deixe para extrapolar com família e
amigos íntimos. Afinal, é mais difícil ser demitido por eles.
E boas festas!
Eline
Rasera, psicóloga, coach e professora do curso de Pós-graduação em
Administração de Empresas da IBE-FGV.
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