INDÚSTRIA DA REGIÃO DE CAMPINAS DEMITE EM MARÇO

Pesquisa referente
ao índice do nível de emprego realizada pelo Centro das Indústrias do Estado de
São Paulo (Ciesp) regional Campinas junto às suas associadas mostra que no mês
de março houve 650 demissões, após 1.500 contratações em janeiro e 300 em
fevereiro. O saldo no acumulado do ano ainda está positivo em 1.150 admissões.
No entanto, para o diretor titular do Ciesp Campinas, José Nunes Filho, as perspectivas
não são muito boas para os próximos meses. “Nós não manipulamos números. Para
mim não interessa o ano de 2014. Me interessam os últimos 12 meses e nos
últimos 12 meses nós tivemos 5.100 demissões. Esse é o número que eu trabalho.
A gente tem muito receio que o desemprego aumente em 2015. Que a situação das
indústrias, principalmente as micro, pequenas e médias, passe a ser muito
difícil porque não vão ter como se manter com custos tão altos. Custos de
combustíveis, de energia tão altos, custo de emprego alto”, diz.
José
Nunes Filho considera uma equação perigosa a metodologia aplicada para o
reajuste do salário mínimo porque empurra os demais salários para cima gerando
uma sensação fora da realidade de salários maiores que não condizem com o nível
de produtividade da indústria. “Foi criada uma equação perigosa para reajustar
o salário mínimo, que faz com que os valores dos salários cresça acima do nível
de produtividade, ou seja, a indústria perde competitividade e a demagogia de
ganhar mais é realmente uma demagogia pois a pessoa perde o emprego. É pior.
Ela ganhando o justo, os aumentos de acordo com a produtividade ela tem a
garantia do emprego. Quando você ganha um salário artificial você gera o
desemprego”, destaca.
O
diretor titular do Ciesp Campinas destaca que as empresas precisam se basear em
planejamento e os números , principalmente os dados econômicos são manipulados.
“Para planejar a gente precisa saber o que está acontecendo, então nós
precisamos de índices , principalmente, na economia que sejam confiáveis e eles
não são. Eles são manipulados. Nós vivemos um mundo de fantasia, onde a realidade
é escondida. Você fala de desemprego. Qual o nível de desemprego do Brasil?
Ninguém sabe. O da Espanha é 26%. O nosso é 6%. Será que é? O critério deles é
diferente do nosso. Se adotar o critério que eles usam lá aqui o nosso é maior do
que o deles porque nós não pesquisamos o nível dos desempregados. Não é o IBGE
que vai na sua casa perguntar se você está empregado ou desempregado. Se você está
procurando emprego, está desempregado. Se você não está procurando  emprego, você não é desempregado mesmo que
esteja entregando pizza. O cara ficou um ano procurando emprego, Ele desiste,
então acaba saindo da lista de desempregados. É um absurdo. É um índice fajuto.
Não funciona. Nós estamos vendo aqui mês a mês cair o nível de emprego. Isso
não aparece no índice do governo por quê?, questiona.
Foto: Diretor titular do Ciesp Campinas, José Nunes Filho.
Crédito: Roncon & Graça Comunicações.

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