INEFICIÊNCIA DA ANVISA ATRASA LIBERAÇÃO DE CARGAS DA LINHA SAÚDE EM 67 DIAS NO AEROPORTO DE VIRACOPOS

25 de fevereiro de 2016.
A Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (ANVISA) deu início na última segunda feira a uma força
tarefa no Aeroporto Internacional de Viracopos para liberação de produtos da
linha saúde que estão nas câmaras frias do terminal de Carga do aeroporto há 67
dias, que envolvem insumos farmacêuticos, produtos perecíveis  e diversas substâncias químicas para a
indústria de cosméticos. A força tarefa segue até amanhã, mas devido a grande
quantidade de produtos provavelmente não conseguirá dar conta da liberação. A
falta de fiscais na Anvisa teria culminado nessa situação, no entanto, no
aeroporto Internacional de Guarulhos a situação é bem diferente. Lá esses
produtos são liberados em no máximo três dias. “O acúmulo de mercadorias chegou
a tal nível que, para reduzir sobrecargas nos equipamentos e evitar a operação
acima da capacidade de armazenamento, a concessionária foi forçada a locar,
emergencialmente, contêineres frigoríficos para garantir a refrigeração das
mercadorias”, disse o assessor de Assuntos Institucionais de Viracopos, Carlos
Alberto Alcântara.
Em setembro do ano
passado, Viracopos e a Subcomissão Permanente de Comércio Exterior da Câmara
dos Deputados Federais realizaram um evento em conjunto e cobraram medidas da
Anvisa para agilizar e dar mais eficiência no trâmite de volumes no aeroporto.
Na ocasião a Anvisa montou uma força tarefa e conseguiu reduzir de 40 dias  para até dois dias. Após a retirada da
força-tarefa pela Anvisa, os atrasos na liberação voltaram a crescer
gradativamente, principalmente na chamada linha saúde.
O diretor de Comércio
Exterior do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) regional
Campinas, Anselmo Riso, criticou a atuação da Anvisa na liberação desses
produtos. “A gente percebe o descaso com que os órgãos federais tratam essa
região, que é uma das regiões mais modernas do país. Um exemplo que nós sempre
tivemos aqui é o aeroporto internacional de Viracopos, que é um dos mais
modernos na área de procedimentos em comércio exterior, tanto que a Receita
Federal  quanto o próprio Ministério da
Agricultura vem procurando se modernizar, mas a Anvisa ao contrário, se fechou
de maneira a não receber as nossas reivindicações”, disse indignado.
O Ciesp está com um
grupo de trabalho muito forte 
desenvolvendo ações não somente na parte técnica, mas com o intuito de
encabeçar um movimento em parceria com a Câmara de Comércio Exterior de
Campinas e Região no sentido de desenvolver um movimento político envolvendo
prefeitos da região, parlamentares suprapartidários e movimentos sociais para
poder sensibilizar a Anvisa da necessidade de fazer com que os procedimentos de
liberação de cargas no aeroporto de Viracopos não fiquem em 67 dias, mas num
prazo de pelo menos 2 a 5 dias. As duas entidades pretendem marcar um grande
evento para divulgar ao público o que está sendo feito ao longo desses anos e
está sendo apresentado. “Nós não estamos só reclamando, pelo contrário, estamos
apresentando soluções. Nós temos que nos queixar de como a diretoria da Anvisa
e o Ministério da Saúde estão ajudando para que esse problema seja resolvido”,
diz.

Anselmo Riso
demonstra preocupação com os prejuízos causados por essa demora. “O primeiro
prejudicado é o consumidor porque todos esses 67 dias representam aumento de
custo com perda de material porque todos esses produtos que são insumos para
produtos farmacêuticos e químicos eles tem prazo de validade. Eles estão nas
câmaras frias modernas, mas que estão superlotadas no aeroporto de Viracopos,
mas nós não temos a garantia de que eles ficaram nas temperaturas corretas
porque já estão super cheias. A concessionária Aeroportos Brasil teve que
providenciar contêineres refrigerados para evitar perda de matéria prima. A
situação é bastante grave”, afirma.

Foto 1 – Câmara Fria do Terminal de Cargas do Aeroporto Internacional de Viracopos.
Crédito: Divulgação/Viracopos.
Foto 2 – Diretor de Comércio Exterior do Ciesp Campinas, Anselmo Riso.
Crédito: Roncon & Graça Comunicações.
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